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Uma Organização Não Governamental, sem fins lucrativos que presta atendimento odontológico especializado principalmente a pacientes especiais, no bairro de Vila Isabel no Rio de Janeiro / RJ.

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Sorrir é um Direito de Todos

SAÚDE BUCAL

Deus é brasileiro e é dentista. Esse é o ditado que corre entre os cirurgiões dentistas. Seria cômico se não fosse trágico. Há alguns anos assistimos à explosão do  culto ao corpo. Academias, clubes e parques são atrações em uma sociedade na qual beleza significa a saúde dos músculos delineados e roupas da moda. Entretanto, nos deparamos ainda com um quadro crítico da saúde bucal dos brasileiros. A boca é a porta de entrada do corpo e muitas doenças produzem sintomas na cavidade bucal. Possíveis alterações  nos dentes, mucosa bucal, língua ou garganta podem promover uma mastigação deficiente, dificultando o processo de deglutição e, consequentemente, a digestão e a absorção de alimentos tornam-se comprometidas. Uma simples dor-de-cabeça impertinente ou uma infecção , podem estar relacionadas com um foco bucal. Em virtude disso, faz-se cada vez mais necessário a promoção de campanhas que abordem o assunto de maneira objetiva e massificada, a fim de atender as dúvidas e anseios da população.

A educação em saúde bucal deve começar em casa, procurando desenvolver inicialmente, principalmente nas crianças, o hábito de escovar os dentes após as principais refeições. A falta de recursos não pode servir como desculpa. Escovar os dentes corretamente é tão simples como usar o sabonete. Assim como a criança aprende desde cedo a importância de tomar banho e vestir roupa limpa, deve também aprender a cuidar dos dentes. Atualmente, o alto índice de crianças carentes que são submetidas à extração dentária (devido à cárie que poderia ser tratada) e os índices de câncer de boca resumem o grau de necessidade da população brasileira em relação à atenção na saúde bucal.

Devemos estar atentos a possíveis alterações dos dentes e tecidos bucais (coloração, bolhas e feridas), consultando o cirurgião dentista no que diz respeito à prevenção e tratamento das doenças da boca. A prevenção ainda é o melhor caminho e milhões de reais seriam economizados. Afinal de contas, o sorriso é o nosso cartão de visitas e o real sintoma da saúde plena.

 

Márcia Angélica Romañach

 

Desde o ano de 1987, a Dra. Marcia Romañach dedica mais de 15 horas do dia a seu trabalho como odontóloga, iniciando um atendimento humanitário que resultou na criação do Instituto Mario Romañach – uma homenagem à integridade e exemplos de seu tio – que tem por objetivo prioritário a atenção, sem fins lucrativos, a portadores de HIV, crianças com câncer e portadores de necessidades especiais, contando principalmente com a ajuda de voluntários. Um projeto que foi pioneiro no Brasil e que presta atendimento a cidadãos brasileiros e estrangeiros,  difundindo seu lema:  “Sorrir é um direito de todos”.

O trabalho social da Dra. Marcia lhe rendeu a indicação pelos Conselhos Federal e Regional de Odontologia (CFO e CRO-RJ) ao Prêmio “1000 Mulheres para o Nobel da Paz”, em 2005. Hoje, ela é uma das duas mil mulheres que fazem a diferença, em nome da “solidariedade, segurança humana e justiça”. Também recebeu uma Moção de Louvor e Congratulações da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, através do dedicado colaborador Deputado Estadual do Rio de Janeiro Roberto Dinamite, por tantos anos de serviços prestados em favor da solidariedade humana e cidadania.

Nesta jornada ela se espelha nos exemplos de Madre Teresa de Calcutá e de sua família Romañach. Todos os privilegiados que puderam conviver com esta mulher, sabem que ela trabalha com amor e se dedica a cada dia para receber sua maior recompensa: “o sorriso, carinho e amizade de seus pacientes mais que especiais”, como ela costuma dizer.

Este exercício, como todo trabalho social e humanitário, necessita de apoio para sua sustentação e aprimoramento. Existem várias formas de cooperar com o Instituto Mário Romañach. Colabore da sua forma ou nos contate.

“Vem sentir a emoção que é doar um pouco do seu coração.”

 

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Saude Bucal

SAÚDE BUCAL

Deus é brasileiro e é dentista. Esse é o ditado que corre entre os cirurgiões dentistas. Seria cômico se não fosse trágico. Há alguns anos assistimos à explosão do  culto ao corpo. Academias, clubes e parques são atrações em uma sociedade na qual beleza significa a saúde dos músculos delineados e roupas da moda. Entretanto, nos deparamos ainda com um quadro crítico da saúde bucal dos brasileiros. A boca é a porta de entrada do corpo e muitas doenças produzem sintomas na cavidade bucal. Possíveis alterações  nos dentes, mucosa bucal, língua ou garganta podem promover uma mastigação deficiente, dificultando o processo de deglutição e, consequentemente, a digestão e a absorção de alimentos tornam-se comprometidas. Uma simples dor-de-cabeça impertinente ou uma infecção , podem estar relacionadas com um foco bucal. Em virtude disso, faz-se cada vez mais necessário a promoção de campanhas que abordem o assunto de maneira objetiva e massificada, a fim de atender as dúvidas e anseios da população.

A educação em saúde bucal deve começar em casa, procurando desenvolver inicialmente, principalmente nas crianças, o hábito de escovar os dentes após as principais refeições. A falta de recursos não pode servir como desculpa. Escovar os dentes corretamente é tão simples como usar o sabonete. Assim como a criança aprende desde cedo a importância de tomar banho e vestir roupa limpa, deve também aprender a cuidar dos dentes. Atualmente, o alto índice de crianças carentes que são submetidas à extração dentária (devido à cárie que poderia ser tratada) e os índices de câncer de boca resumem o grau de necessidade da população brasileira em relação à atenção na saúde bucal.

Devemos estar atentos a possíveis alterações dos dentes e tecidos bucais (coloração, bolhas e feridas), consultando o cirurgião dentista no que diz respeito à prevenção e tratamento das doenças da boca. A prevenção ainda é o melhor caminho e milhões de reais seriam economizados. Afinal de contas, o sorriso é o nosso cartão de visitas e o real sintoma da saúde plena.

 

Márcia Angélica Romañach

DÚVIDAS FREQUENTES:

Tratar Canal deixa o(s) dente(s) mais fracos?
A técnica de tratamento de canal é um procedimento cirúrgico odontológico que remove os conteúdos do interior dos canais, normalmente nos casos de polpa viva (nervo) são tecidos semelhantes a carne, logo são estruturas de pouca resistência física. Limamos e dilatamos o canal para melhor podermos obturar esta cavidade, a raiz permanece com a mesma estrutura de dureza da dentina. Os procedimentos que usamos em nada enfraquecem o remanescente radicular. Na fase final que é a obturação, usamos dois materiais, um sólido, que são os cones de guta percha, outro os cimentos que endurecem após horas. Podemos concluir, que após  obturados os canais os dentes até ficam mais resistentes do antes de perderem a vitalidade de suas polpas. Um fato que hoje não mais discutimos cientificamente é quanto à hidratação, ou seja, no passado achávamos que este fator era o responsável pela fragilidade dos dentes tratados, sabemos que a integração de uma raiz ou dente aos tecidos que o sustentam permanece inalterada. Os casos de quebra ou fratura ocorrem independente do dente ou raiz ter ou não tratado o canal. Concluímos que dentes ou raízes após tratamento de canal não ficam mais fracos.

 

Tratar Canal muda a cor do dente?
As mudanças de cor são mais encontradas nos dentes anteriores de canino a canino, em ambas arcadas. Ocorrem nas outras peças dentárias, porem pela localização, estrutura e condições de iluminação da cavidade oral não apare cem com tanta agressão estética. A mudança é marcada por diferentes tonalidades, que se iniciam do amarelo fraco passando até marrom podendo chegar ao cinza, produzindo efeitos estéticos localizados desagradáveis no conjunto facial, O quadro clínico é devido geralmente a hemorragias internas derivadas da polpa (nervo) ou de restos orgânicos, materiais indesejáveis de tratamentos de canal com técnica deficiente na toalete final. O sangue ex posto após a coagulação começa a sofrer reações químicas em sua degradação, com formação de óxidos ao seu final. São os óxidos os responsáveis pelas modificações de cor nos dentes e raízes. O processo é de longa duração, contínuo e cada vez mais agressivo no que se refere a estética dentária da bateria labial. Cuidados técnicos precisos na fase de limpeza final da câmara pulpar, prevenção através da busca de trabalhos de diagnóstico precoce de morte pulpar, principalmente após acidentes que envolvam trauma ou batidas nos dentes. Nos casos já manifestos é pela técnica de clareamento que conseguimos o retomo estético desejável. O Clareamento consiste em reações químicas, com produção de gás que são ávidos por óxidos que com reações de combinação removem os detritos dos canalículos mais inacessíveis da dentina, O Clareamento é uma técnica que em poucas sessões resulta na volta da tonalidade característica dos demais dentes vizinhos. A mudança de cor é uma anormalidade técnica no tratamento de canal ou a morte pulpar por trauma sem tratamento e a técnica de Clareamento é a solução usada.

 

Instrumentos de Canal fraturados causam algum mal?
O instrumental usado nos tratamentos de canal é forjado em aço possuindo diferentes formas anatômicas, com estrias, farpas, ranhuras, que servem para rasparem os canais. Os especialistas no trabalho cirúrgico promovem movimentos de raspagem, rotação, torção, transição que podem involuntariamente produzir a fratura ou ruptura do instrumental. No arsenal moderno à disposição dos especialistas em endodontia encontramos o Ultra Som, que muito tem contribuído para remoção ou passagem destes obstáculos no interior dos canais. O instrumental atual é seguramente mais resistente às rupturas, novas ligas de compostos mais eficazes nos asseguram dados estatísticos menores com referência a este acidente. A complexidade de cada caso é identificada pelo tipo de instrumento (faipado/estriado) ou a altura no conduto em que ocorreu o acidente. A missão do endodontista é remover ou passar pelo fragmento, após alargando o possível para que a obturação seja concluída. Nos casos em que não conseguirmos passar pelo obstáculo e que não houver lesão apical presente, devemos obturar até o obstáculo e preservarmos em 90/180 dias com controle radiográfico. Nos casos em que existe lesão apical devemos optar num primeiro momento por uma observação radiológica em 90 dias após a obturação, não se observando reversão do quadro, fica a indicação da cirurgia peri apical como atitude final. A presença física de um instrumento de canal no interior de um conduto radicular assim como sua permanência não causa nenhuma mal a saúde geral. Instrumentos fraturados são obstáculos na execução da técnica de tratamento de canal. No geral as suas permanências nos canais não causam distúrbios à saúde dos pacientes portadores.

TRATAMENTO ORTODÔNTICO COM E SEM EXTRAÇÕES

É necessário extrair dentes para fazer tratamento ortodôntico?

Sim… e Não! Em alguns casos, para que se consigam os melhores resultados, tanto estéticos quanto funcionais, é necessário extrair dentes. Não é certo generalizar, tanto para o lado das extrações quanto para não extrações. Cada caso é um caso e isto é sempre avaliado com extremo critério pelo especialista em ortodontia.

Por que extrair dentes em alguns casos?

A evolução da espécie humana vem diminuindo o tamanho das arcadas dentárias. E os dentes não diminuem na mesma proporção. Desta forma falta espaço para que os dentes acomodem-se, devidamente alinhados, nos seus suportes ósseos da maxila e da mandíbula. É verdade que o número de dentes está diminuindo, 50 % das pessoas têm ausências congênitas de um ou mais dos terceiros molares (sisos). Quando não ocorre a ausência dos dentes do siso, geralmente há falta de espaço para todos os dentes, incluindo os sisos. Extrair os terceiros molares é uma boa alternativa. Porém, neste caso, já é um caso com extrações… E sendo necessárias extrações, pode ser mais conveniente e vantajoso, para o paciente, extrair outros dentes ao invés dos sisos.

Há profissionais que conseguem fazer tratamento ortodôntico sem extrair?

Os especialistas em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares procuram, sempre que possível, fazer os tratamentos sem extrair nenhum dente. Um dos recursos para isto é expandir as arcadas dentárias com ou sem expansão das bases ósseas (ver expansão das arcadas dentárias). Também, principalmente em adultos, recorre-se a “slicers”, pequenos desgastes nas faces proximais dos dentes, os quais não causam mal e, somados, podem provir os poucos milímetros que sejam necessários. Desta forma é possível evitar as extrações. Porém a expansão das arcadas dentárias não pode ultrapassar o limite das bases ósseas. E os “slicers” restringem-se a poucos milímetros. Desta forma há casos em que se impõem as extrações como a melhor solução e não extrair acarretará outros problemas mais graves.

E como ficam os terceiros molares (sisos) em casos de não extrações?

Quando os sisos estão presentes, de uma maneira geral, é crítico o espaço para a erupção destes dentes. Se o tratamento é feito com o propósito de levar os dentes para trás, isto irá tornar ainda mais crítica a possibilidade de erupção dos terceiros molares. Os ortodontistas e ortopedistas dispõem de recursos para avaliarem o espaço de erupção dos terceiros molares. Se há presença dos terceiros molares e o tratamento propõe-se a levar os dentes para trás, quase certamente os sisos não terão espaço para erupcionarem e terão de ser extraídos. Então o caso é com extrações. E deve ser muito bem avaliado. Pois sendo um caso extrações. E é necessário que se faça um balance das vantagens e desvantagens, de cada caso, extrair terceiros ou extrair pré molares. Acontecem casos de ser mais vantajoso, para o paciente, extrair pré molares do que os sisos.

Por que pode ser preferível extrair pré molares do que sisos?

Os pré molares são os dentes mais fracos que temos. E se os terceiros molares estando bem posicionados e com espaço para irromperem, eles são mais valiosos que os pré molares, por serem mais fortes. Também a extração de pré molares é simples enquanto que extrair terceiros é sempre uma manobra mais complicada. Além disto, extraindo-se os pré molares, que podem ser os segundos, o espaço é aproveitado em parte para alinhar os anteriores e outra parte para trazer os molares para frente e assim conseguir lugar para os terceiros.

 

DOR DE CABEÇA AGORA É PROBLEMA PARA DENTISTA !

Enxaqueca, dor de cabeça ao acordar, dor no pescoço, dor nos ombros, muita gente padece com esses problemas ao longo dos anos e não acha uma solução! Você sabia que essa solução pode ser encontrada dentro de um consultório odontológico? Dores como essas podem possuir sua causa no “stress” muscular ou mesmo emocional e por funcionamento inadequado do sistema mastigatório (uma para função). O problema possui crescimento do tipo “bola de neve”, ou seja, vai aumentando com o tempo podendo criar raízes emocionais que levem a uma depressão! O problema, muitas vezes, pode ser resolvido de forma simples, dependendo unicamente do correto diagnóstico.

O bruxismo (ranger de dentes) ou o imbricamento dentário (apertamento) levam a um “stress” da musculatura envolvida (são horas seguidas de funcionamento muscular anormal!) que pode resultar numa fadiga muscular ou mesmo num processo inflamatório. A fadiga provoca acúmulo de ácido lático e causa a conhecida dor de cansaço muscular: dor de queimação. Um dos principais músculos envolvidos é o masseter e a dor costuma se localizar na região das têmporas (entre o final das sobrancelhas e o ouvidos). Estou falando apenas das dores, nem comentei sobre o desgaste dentário decorrente da para função que é terrível! No caso de processo inflamatório as dores são piores e o inchaço, inerente à inflamação, pode pressionar um conhecido nervo que fica na região, o trigêmeo e causar a tão temida neuralgia (e não nevralgia!) do trigêmeo.

A dor é intensa e difusa! O diagnóstico correto é fundamental,  pois há casos de exodontia (extração) de todos os dentes devido às dores, sendo que o problema poderia ser resolvido de maneira muito mais simples. Placas de relaxamento muscular são capazes de solucionar os principais distúrbios causados pelas para funções do sistema mastigatório. O problema do ronco (ruído causado na respiração ao dormir) e o quadro de apneia obstrutiva do sono (paralisações na respiração por obstrução da passagem de ar) também podem ser resolvidos no consultório dentário! Esses distúrbios do sono possuem consequências trágicas que vão desde a separação do casal ao risco de morte súbita! Quer dor de cabeça maior do que anos mal dormidos devido ao barulho do(a) companheiro(a) ou anos de sono (se é que pode ser assim chamado) que não descansam?

O problema é sério e não se esqueça: o ronco incomoda, a apneia pode matar! Esses problemas, corretamente diagnosticados, também podem possuir simples soluções no consultório odontológico. Os dispositivos intra orais são pequenos aparelhos usados na hora de dormir que resolvem a maioria dos casos (cerca de 90%). Eles podem trazer de volta um prazer a muito tempo perdido, o de dormir bem!

A abordagem odontológica para esses problemas é razoavelmente recente e talvez por isso não seja tão conhecida. Em contato com profissionais familiarizados com esses problemas, é possível reconquistar prazeres fundamentais ao bem estar, muitas vezes a tempo perdidos!

Acidente, queda de dente, o que fazer? AVULSÃO

Avulsão é a queda de um ou mais dentes por acidente com a saída total do alvéolo da peça dentária. As agressões na face têm como local mais frequente de consequências os dentes anteriores superiores e em segundo plano os inferiores. Os pacientes jovens são as maiores vítimas, pelo comportamento mais agressivo nas brincadeiras, pelo estágio de evolução dos dentes em relação a idade. Ocorrido o acidente e constatada a avulsão deve a vítima ou o socorrente recolher o(s) dente(s) se possível recolocando-o no alvéolo, nas situações em que não for possível, deve-se acondicionar em lenço ou pano o(s) dente(s) umedecidos e limpos em saliva do próprio acidentado ou do socorrente, água ou leite até o local de atendimento.

Outro fator importante no atendimento é a rapidez de recolocação no alvéolo, deve ser o mais rápido possível. Nos casos em que não houver condições de atendimento imediato por razões de saúde do paciente, devemos manter o(s) dente(s) em leite, sendo recomendável o reimplante até 24h após o acidente. A tomada de decisão de realizar a recolocação, sempre recomendada pelas razões psicológicas pós-acidente, pois ocorre à restauração da parte perdida, como a permanência do dente acidentado em seu alvéolo, produz uma cicatrização de melhor futuro para estética do paciente. Aconselhamos para este atendimento os trabalhos de um Cirurgião Dentista, sempre que possível, as fases pós-acidente de trata mento tem na especialidade de Endodontia a melhor opção de resultados.

Nas avulsões a busca de atendimento deve ser rápida e o(s) dente(s) devem ser protegidos e umedecidos com saliva, leite ou água. O reimplante deve ser sempre realizado.

Trauma facial com Avulsão dentária

O progresso industrial, as grandes comunidades, a falta de educação, são hoje responsáveis pelo elevado número de acidentes, em que a cabeça, e em especial a face, recebem as consequências. Novos inventos, competição mais acirrada, o fascínio pelo incontrolável levam em especial os jovens a traumas graves com intercorrências de complicadas soluções. A mais grave agressão é sem dúvida a Avulsão, ou seja, a extração de uma ou mais peças dentárias. Seguidamente observamos sequelas nas estruturas anexas de suporte como osso alveolar, mucosas e gengivas.

O primeiro atendimento é muito importante que é normalmente feito em local especializado, esta fase pode selar o sucesso da restauração dentária e facial. Suturas grosseiras, dentes mal recolocados certamente responderão como insucesso final de sequelas estéticas irreversíveis, O cirurgião dentista especializado em cirurgia possui conhecimentos para buscar o melhor resultado final. O atendimento ao traumatizado não cessa após esta fase, é importante e vital a colaboração e acompanhamento do Endodontista nas fases de manutenção e final do caso. Do momento do acidente ao primeiro atendimento os fatores, tempo, cuidados com a(s) peça(s) dentárias, contenção, cuidados endodônticos, determinam o prognostico do caso.

Atualmente os especialistas retardam os processos de rejeição, quanto mais rápida for a primeira intervenção e boa manutenção, mais retardo, ou seja, mais tempo de vida na cavidade oral acidentada. Os casos sem estas regras, sempre resultam em mu dança de cor dos dentes, reabsorções violentas, mobilidade, fistulas entre outras ocorrências.

Trauma facial seguido de Avulsão dentária, deve sempre, após o primeiro atendimento, receber acompanhamento do Endodontista.

 

Dentes decíduos:

Orientações aos pais

A promoção da saúde, até recentemente considerada como um serviço médico é hoje reconhecida como uma atividade social, sinônimo de qualidade de vida que deve ser fomentada e facilitada não apenas pelas ações dos profissionais da saúde, mas pelas estratégias das instituições governamentais e pelas atividades da comunidade e das pessoas (OMS, 1997).

Atualmente, a Odontologia como todas as Ciências da saúde, está voltada para a educação, a promoção e a prevenção, sendo esta filosofia de fundamental importância, principalmente em se tratando de crianças.

A cárie dentária e a doença periodontal que são os principais problemas odontológicos, frequentemente, começam na infância e suas sequelas podem ser devastadoras física, emocional e socialmente. Embora severas, essas doenças podem ser facilmente prevenidas pela adoção de hábitos adequados de alimentação e de higiene bucal, mas o sucesso dessas ações depende da participação ativa dos pais, das crianças e dos profissionais da saúde.

Ciente de que a promoção de saúde depende da participação da população bem informada e, que a maioria dos pais desconhece que as crianças na primeira infância também podem desenvolver severos problemas bucais, pretendo, neste ensaio, oferecer aos leitores algumas orientações necessárias para a manutenção da saúde e prevenção dessas doenças nas crianças.

Os dentes decíduos começam sua formação por volta da sexta semana de vida embrionária e, a partir do sexto mês de vida extrauterina, inicia-se o processo de erupção dentária, sendo os incisivos inferiores os primeiros dentes a irromperem. Seguem a sequência de erupção, os incisivos centrais e laterais superiores com um intervalo aproximado de dois meses.

Os primeiros molares superiores e inferiores aparecem aos 15 e 16 meses de vida respectivamente, aos 17 meses irrompem os caninos e aos 18 meses erupcionam os segundos molares inferiores seguidos pelos segundos molares superiores, aos 24 meses. Desta forma, aos trinta meses de vida, o processo de erupção da dentição decídua estará completo e as crianças terão 20 dentes na boca, isto é, oito incisivos, quatro caninos e oito molares (Figura 1).

Figura 1 – Cronologia de erupção dos dentes decíduos

Fonte: McDONALD, R. E.; AVERY, D. R. Odontopediatria. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

Como o processo de formação e erupção dentaria é complexo e começa na vida embrionária, medidas de prevenção devem ser instituídas mesmo antes do nascimento do bebê. Durante a gestação, os pais devem ser instruídos e incluídos em um programa de Odontologia preventiva que enfatize a importância de adquirir bons hábitos de alimentação e de higiene bucal e como esses hábitos favorecerão a saúde bucal de seus filhos.

Durante a amamentação, recomenda-se aos pais higienizar a cavidade bucal do bebê assim que irromper o primeiro dente, utilizando para tanto, dedeiras especiais, escovas dentárias para bebês ou então, gaze umedecida. Em muitas crianças, a erupção dos dentes decíduos é precedida pelo aumento da salivação e irritabilidade durante o dia. Nesta época, a criança pode intensificar o hábito de chupar o dedo ou de friccionar a gengiva, perder o apetite ou apresentar alterações gengivais.

Com a erupção de mais dentes, os pais devem passar a fazer uso da escova dental para higienizar a cavidade bucal de seus filhos, após as refeições, começando em uma área determinada da boca e prosseguindo de forma ordenada até remover e desorganizar a placa bacteriana. Se os dentes adjacentes estiverem em contato, indica-se o uso do fio dental nessas áreas, sempre motivando as crianças a participarem deste processo.

Embora as crianças desenvolvam a habilidade motora necessária para utilizar a escova dental, é indispensável que os pais supervisem esta atividade e assumam a responsabilidade de escovar e usar o fio dental nos dentes de seus filhos. À medida que a criança adquire destreza manual, essa responsabilidade pode ser transferida para os filhos, mas enquanto o cirurgião-dentista não observe esta habilidade na criança, essa tarefa deverá ser executada por um adulto.

O profissional deve instruir aos pais sobre os métodos de escovação dentária, sobre as técnicas para o uso do fio dental e sobre o uso do flúor e dos agentes reveladores de placa bacteriana. Desta forma, quando a criança tentar a remoção da placa, os pais podem promover a aprendizagem pelo uso de substâncias reveladoras, mostrando à criança as áreas em que é preciso melhorar a higiene bucal.

Conforme foi exposto, a manutenção da saúde e a prevenção da cárie e da doença periodontal dependem da participação ativa dos profissionais da saúde e do grupo familiar “…certamente está nas mãos dos pais prevenir a cárie nas crianças: a experiência ensinará a sua utilidade, o hábito tornar-se-á natural e os pais sentir-se-ão enormemente recompensados, apesar de todo o trabalho” (SANOUDOS; CHRISTEN, 1999).

Contudo, o sucesso destes programas de prevenção está intimamente relacionado à atitude da equipe odontológica que propicia um ambiente agradável tanto para as crianças quanto para os pais e demonstra interesse e respeito pela autonomia e individualidade do grupo familiar.

AMAMENTAÇÃO:

COMO TUDO COMEÇA

Todo ser humano nasce com a capacidade de respirar pelo nariz. Além disso, também necessita se alimentar.

No bebê, o ato de se alimentar acontece através da sucção que é o primeiro estímulo responsável pelo crescimento facial. A mandíbula se desenvolverá devido ao estímulo que a sucção oferece. Quando o bebê suga, ele exercita toda sua musculatura orofacial. É esta mesma musculatura que, mais tarde, ele utilizará para articular os fonemas.

Com o passar dos meses, o bebê começará a se alimentar de sólidos. Então, inicia-se o processo de mastigação que é um ato aprendido após a erupção dos dentes decíduos. A mastigação é a função mais importante do sistema estomatognático e deve ser estimulada com o consumo de alimentos duros, secos e fibrosos. Por volta dos quatro anos de idade, a criança terá sua mastigação amadurecida. Isto significa que ela se realizará através de movimentos rotatórios de mandíbula, alternados e deve ser bilateral. Se a mastigação for unilateral, poderá causar assimetria facial e alteração oclusal.

Sendo assim, o desenvolvimento da musculatura facial ocorre em etapas, iniciando-se com a amamentação que é o primeiro estímulo. No caso da amamentação através da mamadeira, não há tanta força de sucção como no seio materno. Além disso, não ocorrerá o vedamento labial, o que estimula a respiração oral. Quanto à respiração, deve ser nasal, pois a oral causará alterações em todo o organismo. Algumas das consequências da respiração oral são: maxila estreita e palato ogival; mordida cruzada posterior; mau hálito; sono agitado; postura corporal incorreta.

Por esses motivos, desde o nascimento, o bebê deve ter sua musculatura orofacial estimulada de modo correto, já que é esta musculatura que realiza funções tão fundamentais como a respiração, mastigação, deglutição e fala. Se estas funções se desenvolverem de maneira adequada, as crianças também terão um crescimento facial adequado.

Então, devemos nos conscientizar que é extremamente importante a prevenção para que não haja desequilíbrios em todo o organismo.

Tomar Remédios: Um Ato que Requer Responsabilidade

Em muitas situações, os profissionais de saúde lançam mão de auxiliares medicamentosos importantes para trazer conforto aos seus clientes. Na área de Odontologia os medicamentos mais receitados são os analgésicos, antinflamatórios e antibióticos. Sabemos que as doenças mais comuns que atingem esta região são de origem, geralmente, inflamatórias ou infecciosas. A evolução das técnicas mais apuradas, devido a descoberta de novas bactérias, vírus, fungos, tem obrigado a medicina ao uso de novos remédios, com custos elevados de pesquisa e pelas complexidades químicas, no geral, causam mais contra indicações nos seus usos. Isto significa que, ao necessitarmos de um medicamento temos que ser mais responsáveis quanto ao uso, principalmente os antibióticos. Devemos evitar as medicações indicadas pelos amigos, leigos, pois geralmente serviram em uma condição e certamente não serão efetivas no geral.

Tomar medicamento deve ser sempre no sentido de combate a uma doença, obedecendo regras, como a dose, tempo ou intervalos e duração até debelar o quadro. Ao tomarmos um analgésico, passado um tempo e não obtivermos resposta, duas situações estão acontecendo, ou o analgésico é contra indicado para a doença ou a dose está baixa. Não adianta encher-se de comprimidos, pois outras consequências certamente aparecerão.

Com os antinflamatórios, a situação é a mesma já descrita, com ações secundárias mais graves pela complexidade dos medicamentos. Com antibióticos, o compromisso é mais sério, pois a resistência bacteriana é uma realidade dura e pode levar, em alguns casos, até a morte, do indivíduo. Quem esta usando antibiótico deve cuidar a dose, o tempo ou intervalo e principalmente a duração total do uso. É muito comum ouvirmos, após tomada de algumas cápsulas e como o quadro melhorou, ocorre a decisão de parar, isto provoca a resistência dos micróbios patogênicos. A sucessão destes quadros resultará em prejuízos futuros graves. Concluindo: o ato de medicar-se requer responsabilidade!

ESTÁ CERTO AUTOMEDICAR-SE?

A necessidade de medicar-se é um sinal de que existe doença e que o organismo não conseguiu superar a patologia. Nas ações técnicas em Endodontia o uso de medicamentos tem aplicação muito especifica em relação aos estados local e geral do paciente. A experiência clínica tem demonstrado que a melhor conduta é o ato cirúrgico do profissional, que resolve e alivia o sofrimento, porém existem fases do tratamento em que devemos usar medicamento como complemento auxiliar. Cabe aos profissionais fazerem o diagnóstico, planejarem a rotina do atendimento, seja ela medicamentosa ou cirúrgica. A automedicação ou o seu uso por recomendação, geralmente resultam em gasto sem recompensa, e mais ainda, podemos nos intoxicar ao receber uma droga sem efetividade.

Tomar medicamento, principalmente os antibióticos, requer conhecimento do que estamos combatendo, ou seja, que tipo bacteriano é o causador, qual a dose para o quadro existente. Enfim, é consagrado o conhecimento de que um medicamento mal indicado causa problemas como o de não debelar o quadro atual e deixar o paciente sensível para o futuro.

A dose indicada é fator importante na administração de qualquer medicamento. Medicamento é uma forma que os profissionais de saúde usam para auxiliar na solução de uma patologia. A automedicação é condenada porque geralmente é inócua, promove gastos, podendo gerar hipersensibilidades indesejáveis.

menina

Sorrir é um Direito de Todos


Somos o Instituto Mário Romanach, uma Ong que tem como principal objetivo, prestar atendimento odontológico à pacientes soropositivos para HIV, portadores de câncer ou quaisquer outras alterações físicas ou neurológicas que os tornem especiais. Esse trabalho vem sendo desenvolvido no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, sem fins lucrativos, desde o ano de 1987.

Além disso, promovemos a melhoria da qualidade de vida para esses pacientes, bem como, fornecer-lhes o necessário apoio psicológico e social.

É um projeto social de grande relevância para o atendimento desta parcela da população,  caracterizando-se também pela possibilidade de oferecer treinamento específico, apoio e suporte técnico aos profissionais das áreas afins, promovendo aprimoramento profissional através das atuais parcerias com Universidades, Entidades de Classe, Hospitais, Centros de Referência em DST/AID, Oncologia e Apoio a Deficientes, Centros de Estudos e Entidades Civis.