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Saliva

                                     SALIVA

 

Saliva, a grande amiga da boca   

Dra. Ana Bastos
Data: 2007-08-27

Mais do que incómoda, a boca seca é lesiva para a saúde oral. Cáries, alterações do paladar e da voz são algumas das suas consequências. Idosos, pessoas que tomam antidepressivos e fumadores são mais propensos a padecerem deste mal, que pode, no entanto, ser tratado.

Xerostomia. É esta a designação clínica de boca seca. Em situações ocasionais, resulta simplesmente da ansiedade ou nervosismo. Noutros casos, quando a secura é crónica, exige uma consulta médica e um tratamento adequado.

O poder da saliva  

A grande e mais básica função da saliva é manter a boca húmida. Para além disso é responsável na ajuda da digestão, lubrificação e regulação do pH, funciona como barreira protetora e tem uma ação antibacteriana e antifúngica. Ao ajudar a eliminar os restos de alimentos e a placa bacteriana, a saliva previne a cárie dentária devido aos minerais que contém, limita o crescimento de bactérias que danificam o esmalte dos dentes, neutraliza os ácidos prejudiciais ao equilíbrio da boca e potencia-nos o paladar. Por isso, uma pessoa com xerostomia pode sofrer de alterações de voz e do paladar, disfagia (dificuldade de engolir), candidíase (fungo), dificuldade na retenção de próteses e maior formação de tártaro.

Idosos são grupo de risco  

A secura da boca é mais frequente nos idosos, pois as glândulas salivares vão produzindo menos saliva à medida que a idade avança. Ainda assim, não são o único grupo de risco. As pessoas que tomam antidepressivos (que são cada vez mais no nosso país), antihistamínicos, antidiabéticos orais (biguanidas), medicamentos para a hipertensão ou para a incontinência estão mais predispostas a sofrerem deste mal.

Tabaco, álcool e café       

Há, no entanto, fatores que podem despoletar a doença facilmente evitáveis, como o consumo de tabaco, bebidas alcoólicas e café em excesso. O ressonar e os respiradores bocais são também grandes responsáveis pela xerostomia. As glândulas salivares também podem ser afetadas por alguns tratamentos, sobretudo de oncologia. A quimioterapia pode alterar a qualidade e quantidade da saliva produzida e a radioterapia, principalmente se incidir na cabeça e pescoço, pode danificar as próprias glândulas salivares.

Tratamento existe!

A boa notícia é que a boca seca tem tratamento. Se tiver estes sintomas, deve consultar o seu médico ou dentista. Informe-o sobre os medicamentos que está a tomar, pois por vezes um ajustamento da dosagem de algum deles pode melhorar a quantidade de saliva. Se a causa é um deficiente funcionamento das glândulas salivares, pode ser prescrito um fármaco que estimule a produção de saliva. Os estimuladores de produção de saliva, os sialogogos, a saliva artificial incluem-se também no tratamento. Sobretudo, não se esqueça: a saliva é amiga da saúde oral e não deve ser desprezada.

Truques!

Para manter a boca húmida, há também alguns cuidados básicos. Aumente a ingestão de líquidos, principalmente água, evite elixires com álcool, mastigue pastilhas e chupe rebuçados duros. Mas atenção, estes produtos não devem ter açúcar!

TESTE

Sofre de xerostomia? Faça o teste e descubra.

Costuma ter a boca seca:
a) todos os dias
b) de vez em quando
c) raramente

Está na faixa etária:
a) mais de 60 anos
b) entre 40 e 60 anos
c) menos de 40 anos

Costuma fumar:
a) dois maços por dia
b) menos de um maço por dia
c) não fumo

Consome álcool:
a) todos os dias
b) com muita frequência
c) raramente

Costuma beber:
a) mais de três cafés por dia
b) até três cafés por dia
c) esporadicamente

Resultados:

Maioria respostas A: recomenda-se que consulte o seu médico.

Maioria respostas B: deve ter maior atenção ao consumo de álcool, tabaco ou café. Pode não ter ainda um problema, mas esteja atento aos fatores de risco.

Maioria respostas C: Não sofre de boca seca, mas atenção que o risco aumenta com a idade.

Pesquisa aponta um novo fator associado ao problema que atinge 30% dos brasileiros

O mau hálito pode ser provocado por diversos aspectos já conhecidos por especialistas. Um estudo inédito realizado por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) acaba de acrescentar um novo fator associado a esse problema, que os dentistas chamam de halitose: a saliva viscosa.

A pesquisa, concluída em março deste ano, teve a participação de 34 adultos de ambos os sexos, entre 20 e 70 anos, sem queixa específica de mau hálito. Escolhida de forma aleatória, a maioria não apresentava problemas de higiene bucal e foi submetida a diferentes testes. Entre os pacientes com saliva viscosa, 73% tinham mau hálito; entre aqueles sem viscosidade, o índice era de 57%.

“O resultado mostra que há uma maior chance de se encontrar um paciente com saliva viscosa e halitose do que um paciente com saliva viscosa e sem esse problema”, explica dentista Denise Falcão, autora do estudo. “Mas é importante frisar que a viscosidade da saliva não é um fator preditivo para o diagnóstico do mau hálito.”

A saliva viscosa é caracterizada pela grande quantidade de mucina – sustância que favorece a fixação de bactérias, restos alimentares e células descamadas da boca. As bactérias, ao metabolizarem as células descamadas, que são ricas em aminoácidos com enxofre, liberam essa substância que provoca o mau hálito.

Para saber se a saliva é viscosa, a especialista sugere um simples teste. Ao colocar um pouco dela na palma da mão, o indivíduo deve pressionar com o dedo indicador da outra mão a saliva e depois afastar aos poucos. Se o “fio” formado por ela for maior que 4 centímetros, pode-se considerar que se trata de uma saliva viscosa. Uma maneira mais eficaz de verificação é realizada por meio de equipamentos específicos utilizados pelos dentistas, como o chamado Neva meter, ainda pouco comum no país.

Falcão explica que a alta viscosidade está relacionada ao consumo excessivo de proteínas e tabagismo, baixa ingestão de água, processos alérgicos, além de alterações hormonais. Até pessoas que têm uma pequena intolerância à lactose (ingrediente característico do leite animal ou derivados) podem apresentar uma alteração na saliva, que a deixa mais grossa. “Apenas um profissional bem treinado pode identificar as causas e os tratamentos adequados”, lembra a pesquisadora.

Entre as causas da halitose, estão fatores de origem bucal, como alterações dos padrões salivares, doenças gengivais, descamação excessiva das células epiteliais (maioria das ocorrências). Entretanto, a halitose pode se manifestar em decorrência de fatores fisiológicos como a menstruação, fatores psicossomáticos como ansiedade e depressão e, alterações patológicas de origem gástrica e até intestinal. Neste último caso, o mau hálito está associado a deficiências no processo digestivo, tanto para quem sofre de prisão de ventre quanto os que têm alergia à lactose: o enxofre presente nas fezes e nos gases, quando absorvido na corrente sanguínea, passa para o pulmão e é exalado com odor bem desagradável.

Durante os testes, a equipe verificou com ajuda de aparelhos a quantidade de enxofre presente no fluxo expiratório dos participantes e também a viscosidade da saliva. Um terceiro teste foi avaliado por meio do olfato humano, feito pela dentista, um assistente e um técnico em higiene bucal. “Esse foi um trabalho de pesquisa piloto”, conta Falcão. “Pretendemos ampliá-lo no próximo ano, em um estudo com 200 participantes.”

Segundo a dentista, a identificação do problema por seu portador não é uma tarefa fácil, porque o olfato humano se acostuma em poucos segundos com o próprio hálito. Mas ela recomenda algumas dicas para evitar esse mal: “beber pelo menos dois litros de água durante o dia, não permanecer longos períodos em jejum, comer alimentos ricos em fibras, como cereais, frutas e verduras cruas, pois ativam as glândulas salivares, além de favorecerem o bom funcionamento intestinal“, completa a pesquisadora.

 

Boca Seca

 BOCA SECA

O que é boca seca?

Boca seca (xerostomia) significa que você não produz saliva o suficiente para manter sua boca úmida. Todos podemos ter a boca seca, vez ou outra, especialmente se estamos apreensivos, tristes ou sob estresse. Mas se você tem a boca seca sempre ou a maior parte do tempo, isto pode ser desconfortável, causando problemas de saúde mais sérios ou ainda indicar a existência de uma doença mais grave. Isto porque a saliva faz mais do que simplesmente manter a boca úmida – ela ajuda a digerir o alimento, proteger os dentes das cáries, prevenir infecções ao controlar as bactérias da boca e tornar possível a mastigação e a deglutição.

Há várias razões que levam as glândulas que produzem saliva, chamadas de glândulas salivares, não funcionarem adequadamente. São elas:

  • Efeitos colaterais de alguns medicamentos: — Mais de 400 remédios podem causar boca seca, incluindo anti-histamínicos, descongestionantes, analgésicos, diuréticos e remédios para pressão alta e depressão.
  • Doenças — doenças que afetam as glândulas salivares tais como diabetes, doença de Hodgkins, mal de Parkinsons, HIV/AIDS e síndrome de Sjögren, podem causar boca seca.
  • Radioterapia — as glândulas salivares podem ser danificadas se sua cabeça ou pescoço forem expostos à radiação durante o tratamento de câncer. A perda da saliva pode ser total ou parcial, permanente ou temporária.
  • Menopausa — muitos fumantes de cachimbo, charuto e cigarro apresentam boca seca.

Como saber se tenho boca seca?

Todos têm a boca seca de vez em quando. Mas, quando esta sensação persiste, você pode estar com um problema na produção de saliva. Os sintomas de boca seca incluem:

  • Sensação de secura e pegajosidade em sua boca;
  • Dificuldade de deglutição;
  • Sensação de queimação em sua língua;
  • Sensação de secura em sua garganta;
  • Lábios rachados;
  • Paladar reduzido ou um gosto metálico em sua boca;
  • Feridas na boca;
  • Mau hálito frequente;
  • Dificuldade de mastigar/falar.

Como tratar a boca seca?

A única maneira definitiva de curar a boca seca é tratando sua causa. Se o seu problema é resultado de medicação, seu médico poderá mudar sua prescrição ou dosagem. Se suas glândulas salivares não funcionam normalmente, mas ainda produzem alguma saliva, seu médico poderá lhe dar um medicamento que ajude as glândulas a funcionarem melhor.

Se a causa de sua boca estar seca não puder ser eliminada você poderá restaurar a umidade de sua boca de diversas maneiras. Seu dentista pode recomendar hidratantes bucais, como substitutos de saliva. Enxagues com soluções bucais especialmente formuladas para diminuir a secura também podem aliviar o problema. Você também pode:

  • Beber água ou bebidas sem açúcar com frequência;
  • Evitar bebidas com cafeína, como café, chá ou alguns refrigerantes, que também podem causar a secura da boca;
  • Mascar gomas sem açúcar ou chupar balas duras sem açúcar para estimular o fluxo de saliva (se houver alguma glândula salivar funcionando);
  • Não utilizar tabaco ou álcool, que ressecam a boca;
  • Estar ciente de que alimentos condimentados ou salgados podem causar dor em uma boca seca;
  • Utilizar um hidratante bucal no quarto, durante a noite.

Fonte: colgate.com

Boca Seca, Xerostomia, Hipossalivação e Hipossialia: o que são e quais as diferenças.

A Boca seca é também conhecida como Xerostomia (xeros = seco, stoma= boca), assialia (a = sem; sialia = saliva), hipossalivação , hipossialia (hipo = diminuição; sialia = saliva), secura da boca ou ainda, secura bucal. Ela é um sintoma que pode ou não estar relacionado à falta de saliva, ou seja, nem sempre a boca seca indica uma real falta ou diminuição na produção de saliva.

Para diferenciar se a queixa de boca seca representa uma diminuição na produção salivar é preciso consultar um profissional habilitado que deverá realizar um consulta detalhada e testes específicos para avaliar os padrões salivares (qualitativamente e quantitativamente) para assim poder fazer um diagnóstico correto. Assim, é fundamental identificar, através de um exame clínico detalhado e de um teste chamado sialometria (que pode ser realizado com um Kit para medir a produção de saliva), se a queixa de sentir a boca seca está ou não associada a uma real diminuição na produção de saliva.

Utilizamos o termo xerostomia  quando há a sensação de boca seca, porém sem uma real diminuição na produção de saliva, e os termos hipossalivação ou hipossialia, quando há uma diminuição real na produção salivar.

As causas mais frequentes que levam à xerostomia são fatores que desidratam a boca e ressecam a mucosa bucal. Entre estes fatores encontramos a respiração bucal e o ronco, utilizar excessivamente a fala devido à profissão e a desidratação corporal excessiva. No entanto, outras causas mais raras podem provocar esta sensação, que deverão ser investigadas e tratadas, se for o caso.

As causas da hipossalivação , que ocorre no caso de uma real diminuição na produção salivar, decorre de inúmeros fatores como o estresse excessivo e prolongado, doenças como a Síndrome de Sjögren, Diabetes Mellitus, doenças das glândulas salivares, como consequência da radioterapia de cabeça e pescoço e frequentemente como consequência da ingestão prolongada de medicações específicas, que diminuem a produção de saliva como efeito colateral. Estima-se que existam mais de 400 medicações que podem causar a hipossalivação , sendo as mais comuns os antidepressivos, antialérgicos, calmantes, diuréticos e anti-hipertensivos.

A queixa de “boca seca” é uma queixa comum e pode causar um grande desconforto.Quem sofre com o problema relata dificuldade de falar, de engolir e até mesmo de sentir o gosto dos alimentos e, em casos mais raros e severos, ardência bucal e gosto amargo constante. Ou seja, esta situação afeta a qualidade de vida das pessoas.

Os textos das páginas deste site são de autoria do Dr. Maurício Duarte da Conceição, proprietário da Clínica Halitus, www.clinicahalitus.com.br, que atua há mais de 15 anos no tratamento da Halitose, com mais de 4.000 tratamentos pessoalmente realizados, tendo desenvolvido uma linha de produtos exclusivos para um Hálito fresco e agradável e para a Boca seca, que podem ser encontrados na loja virtual do site www.halitofresco.com.br.

Caso exista interesse na reprodução parcial de algum conteúdo deste site, entre em contato ou coloque como fonte do texto reproduzido uma referência ou link ao site www.bocaseca.com.br.

Fonte: Boca Seca
Autor: Dr. Maurício Duarte da Conceição