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Pacientes Especiais

TERMINOLOGIA PACIENTES ESPECIAIS

A terminologia “pacientes com necessidades especiais (PNE)” vem substituindo os já tão conhecidos e utilizados termos “portadores de deficiência” e excepcionais. Vem sendo evitada também  a palavra portadores. A definição de pacientes especiais já está formulada de comum acordo entre as associações de diversos países como a IADH (International Association of Dentirtry for the Handicapped) . O objetivo é a desmistificação de que estas pessoas apresentam deficiência como sinônimo de incapacidade de participação e integração na comunidade como um todo. Serve de alerta para que a sociedade respeite suas limitações e de que elas apresentam necessidades especiais diferenciadas, mas são capazes de oferecer sua parcela a sociedade da qual participam.

Segundo Fourniol (1998), a visão do excepcional foi fixada em indivíduos com deficiência mental e paralisia cerebral, associada ou não a outras deficiências. O termo excepcional continua com raízes fortes, porque exprime a ideia de que alguém necessita de ajuda para sua reabilitação à sociedade e disso são capazes, dependendo de suas potencialidades. A palavra excepcional tem influências altamente significativas perante a sociedade, é necessário esclarecer quem é o excepcional, o que ele faz, o que ele é capaz de fazer, suas capacidades e necessidades especiais. Mudar um termo consolidado é muito difícil, seria necessária uma ampla mobilização e divulgação. Ainda são encontradas na literatura algumas definições utilizando o termo excepcionais,  aqui entendido como pessoas com necessidades especiais. Faz parte do grupo de pacientes com necessidades especiais na odontologia aquelas pessoas que tem alguma doença ou situação clínica que necessitem um atendimento odontológico diferenciado. O especialista na área está capacitado para prestar uma odontologia de alta qualidade cercada dos cuidados necessários à cada situação específica.

Pacientes Especiais em Odontologia

Ultimamente, na Odontologia existe um movimento maior no entendimento e na prática clínica oferecida a pessoas com necessidades especiais. Foi regulamentada pelo Conselho Federal de Odontologia a especialidade de Odontologia em Pacientes com Necessidades Especiais. Segundo Sabbagh Haddad, 2007, os pacientes com necessidades especiais podem ser classificados conforme segue abaixo:

Classificação pacientes com necessidades especiais

  Deficiência mental
  Deficiência física   Anomalias congênitas (deformações, síndromes)?
  Distúrbios comportamentais (autismo)
  Transtornos psiquiátricos
  Distúrbios sensoriais e de comunicação
  Doenças sistêmicas crônicas (diabetes, cardiopatias, doenças hematológicas, insuficiência renal crônica, doenças auto imunes, doenças vesículo bolhosas, etc)
  Doenças infectocontagiosas (hepatites, HIV, tuberculose)
  Condições sistêmicas (irradiados, transplantados , oncológicos, gestantes, imunocomprometidos)

 

O atendimento ambulatorial deve ser sempre realizado em conjunto com a família e por profissional capacitado. Estas pessoas têm uma necessidade aumentada para o cuidado preventivo odontológico; para prevenção de cárie e doenças periodontais. A maioria destes pacientes não apresenta plena capacidade de realizar seus cuidados bucais necessitando da ajuda de demais pessoas. A participação de familiares ou responsáveis nestes cuidados é fundamental para o sucesso do tratamento odontológico e para promoção da saúde bucal do paciente.

A primeira abordagem odontológica deve ser composta de uma aproximação com o paciente e os familiares assim como o conhecimento das condições médicas preexistentes.  Salienta-se que muitos destes pacientes apresentam complicações orgânicas. O melhor atendimento exige uma integração das áreas odontológica, médica, psicológica, social, etc. O dentista especialista realiza o exame buco dentário, avalia o comportamento do paciente, dos familiares, e o relacionamento entre ambos. Para pessoas com deficiência ou doença mental, da mesma forma que para crianças normais, faz-se o condicionamento psicológico do paciente especial, para que se obtenha sua cooperação, antes de quaisquer outros recursos. A contenção física ou química somente é utilizada diante da ineficiência dos métodos psicológicos. Segundo Gargione, (1998), o atendimento odontológico em pacientes especiais, atualmente, pode ser feito em três modalidades: a normal, que é o atendimento em que existe a cooperação por parte do paciente, alternando-se somente o tipo de ambiente, instrumental e material odontológico a ser empregado; o condicionado, que utiliza técnicas de demonstração com todo o aparato odontológico, para que o paciente saiba, antes de ser atendido, o que será utilizado em sua boca, incluindo as de vibrações e ruídos que farão parte do atendimento proposto; e o sob contenção (mecânica, química, hipnose). Os pacientes que apresentem problemas graves no que se refere à cooperação e ao manejo devem ser considerados dentro do grupo com indicação para a contenção química e anestesia geral. Todo tratamento odontológico é considerado como parte de um programa permanente de saúde bucal. Dentro desse programa, as medidas preventivas e as restauradoras devem estar perfeitamente integradas, ficando na dependência de cada paciente, a predominância de umas sobre as outras. Os locais para o atendimento da população de pacientes especiais devem, preferencialmente, estar junto às instituições que oferecem tratamentos globais para as deficiências abordadas. Nelas, o CD integra uma equipe de trabalho multi e interdisciplinar.

 

PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Quais os cuidados Odontológicos que se deve ter o Paciente com necessidades Especiais (PNE).

Na odontologia os cuidados são os mesmos para todos os pacientes sejam ou não portadores de necessidades especiais. Além de todos estes cuidados, alguns PNE necessitam outras atenções, em acordo com suas deficiências e potencialidades. Aqueles que têm dificuldade motora precisam de ajuda de outras pessoas para realizarem higiene bucal. Outros, que têm dificuldade de entendimento, precisam de instruções repetitivas de higiene, até que possam assimilar estas tarefas.

Em que idade deve ser levado ao Odontólogo?

Na erupção do primeiro dente, é recomendável ir ao consultório dentário, onde será analisada as atenções especiais deste paciente, segundo suas necessidades.

Quais as possibilidades de um PNE ter dentição normal?

Apenas alguns PNE com certas características especiais (síndromes) apresentam alterações de forma e número dentário. A maioria tem dentição semelhante a outros pacientes, que pode ser normal ou anormal, segundo suas características genéticas ou adquiridas.

Um PNE com fissura palatina, operado com 7 meses, e depois com 5 anos, quais são as probabilidades para sua dentição permanente?

Todos os pacientes com fissura palatina devem ser acompanhados por cirurgiões, ortodontistas e fonoaudiólogos entre outras áreas da saúde. Existe alteração de posicionamento dentário, principalmente nos fissurados totais, em que a fissura palatina se estende até o lábio. Se tratados precocemente desde os primeiros dias de vida e orientando a forma correta da amamentação os problemas diminuem.

Câncer de Boca

 

Câncer de boca

Este tipo é um de câncer dos menos frequentes, representando menos de 5% do total da incidência de câncer no mundo.

No Brasil, ele assume importância por causa do câncer de lábio, uma vez que se trata de um país tropical que sustenta também em sua economia atividades rurais nas quais os trabalhadores ficam expostos de forma continuada à luz solar.

O câncer de lábio é mais frequente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior.

O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra. Assim, é mais comum em indivíduos do sexo masculino acima de 50 anos, apesar do acentuado aumento de sua incidência em mulheres e adultos jovens.

Fatores de Risco

Os principais fatores de risco são o tabagismo (fumar cigarro de papel, palha ou cachimbos) e o consumo de bebidas alcoólicas associados ou não a trauma crônico (uso de próteses dentárias mal  ajustadas), má higiene oral, baixo consumo de caroteno e história familiar de câncer.

Sintomas

O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais com menos de2 cmde diâmetro e indolores, podendo sangrar ou não, e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade de fala, mastigação e deglutição, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (íngua no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.

  • Ferida nos lábios, gengiva ou no interior da boca, que sangra facilmente e não parece melhorar;
  • Um caroço ou inchaço na bochecha que você sente ao passar a língua;
  • Perda de sensibilidade ou sensação de dormência em qualquer parte da boca;
  • Manchas brancas ou vermelhas na gengiva, língua ou qualquer outra parte da boca;
  • Dificuldade para mastigar ou para engolir;
  • Dor sem razão aparente ou sensação de ter algo preso na garganta;
  • Inchaço que impede a adaptação correta da dentadura.
  • Mudança na voz. 

Prevenção e Diagnóstico Precoce

O auto exame da boca deve ser realizado a cada seis meses. Homens com mais de 40 anos de idade, fumantes e portadores de próteses mal ajustadas e dentes fraturados devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados, realizar o auto exame da boca e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.

Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa).

O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.

A ligação entre o fumo, o câncer pulmonar e as doenças cardíacas já foi estabelecida.  O fumo também afeta sua saúde geral, tornando mais difícil o combate a infecções e a reparação de ferimentos ou de cirurgias. Em adultos jovens, este hábito pode retardar o crescimento e dificultar o desenvolvimento. Muitos fumantes afirmam não sentir mais o odor ou sabor tão bem como antes. O fumo também pode causar mau hálito e manchar os dentes.

Sua saúde bucal está em perigo cada vez que você acende um cigarro, um charuto ou um cachimbo. Com esta atitude, suas chances de desenvolver câncer na laringe, na boca, na garganta e no esôfago aumentam. Como muitas pessoas não notam ou simplesmente ignoram os sintomas iniciais, o câncer bucal muitas vezes se espalha antes de ser detectado.

Mascar tabaco: O hábito de mascar tabaco eleva em 50 vezes a possibilidade de se desenvolver o câncer bucal.

O melhor a se fazer é não fumar nem usar quaisquer outros produtos derivados do tabaco. Quando uma pessoa para de usar esses produtos, mesmo depois de vários anos de consumo, o risco de contrair câncer bucal se reduz significativamente. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas também aumenta o risco de câncer bucal. A combinação fumo/álcool torna esse risco ainda muito maior.

O Auto Exame da Boca

O auto exame deve ser feito em um local bem iluminado, diante do espelho. O objetivo é identificar lesões precursoras do câncer de boca. Devem ser observados sinais como mudança na cor da pele e mucosas, endurecimentos, caroços, feridas, inchações, áreas dormentes, dentes quebrados ou amolecidos e úlcera rasa, indolor e avermelhada.

Atenção!
Lave bem a boca e remova próteses dentárias se for o caso.

De frente para o espelho, observe a pele do rosto e do pescoço. Veja se encontra algum sinal que não tenha notado antes. Toque suavemente com as pontas dos dedos todo o rosto.

Puxe com os dedos, o lábio inferior para baixo, expondo a sua parte interna (mucosa). Em seguida, apalpe todo o lábio. Puxe o lábio superior para cima e repita a palpação.

 

 

 

 

 

 

 

Com a ponta do dedo indicador, afaste a bochecha para examinar a parte interna da mesma. Faça isso nos dois lados.

Com a ponta do dedo indicador, percorra toda a gengiva superior e inferior.

 

 

 

 

 

 

 

 Introduza o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do queixo e procure palpar todo o assoalho da boca.

Incline a cabeça para trás e abrindo a boca o máximo possível, examine atentamente o céu da boca. Palpe com o dedo indicador todo o céu da boca. Em seguida diga ÁÁÁÁ… E observe o fundo da garganta.

 

 

 

 

 

 

 

 Ponha a língua para fora e observe a parte de cima. Repita a observação com a língua levantada até o céu da boca. Em seguida puxando a língua para esquerda, observe o lado esquerdo da mesma. Repita o procedimento para o lado direito.

Estique a língua para fora, segurando-a com um pedaço de gaze ou pano, apalpe em toda a sua extensão com os dedos indicadores e polegar da outra mão.

Examine o pescoço. Compare os lados direito e esquerdo e veja se há diferenças entre eles. Depois, apalpe o lado esquerdo do pescoço com a mão direita. Repita o procedimento para o lado direito, palpando com a mão esquerda. Veja se existem caroços ou áreas endurecidas.

Finalmente, introduza o polegar por debaixo do queixo e apalpe suavemente todo o seu contorno inferior.

O que procurar?

  • Mudanças na aparência dos lábios e da porção interna da boca
  • Endurecimentos
  • Caroços
  • Feridas
  • Sangramentos
  • Inchações
  • Áreas dormentes
  • Dentes amolecidos ou quebrados

Faça o auto-exame da boca mensalmente.

Prevenção

1 – evitar fumo e álcool;

2 – evitar exposição continuada aos raios solares;

3 – evitar traumas crônicos na mucosa bucal, tais como: prótese mal adaptada, coroas dentais fraturadas, raízes residuais, etc;

4 – manter higienização adequada, escovando os dentes no mínimo 4 vezes ao dia, principalmente após a ingestão de qualquer alimento, fazer uso do fio dental e se auto examinar continuadamente conforme descrição acima citada;

5 – fazer alimentação balanceada e completa evitando fazer uso do açúcar em excesso (prevenção da cárie) e, principalmente, fora das refeições;

6 – procurar seu Dentista ou Médico em caso de aparecimento de qualquer lesão que não regrida no espaço de 7/14 dias;

Diagnóstico

A confirmação diagnóstica é feita através de biópsia.

Os Raios X podem ser úteis para averiguar o comprometimento de ossos como a mandíbula.

Tratamento

A cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Em se tratando de lesões iniciais, ou seja, restritas ao local de origem, sem extensão a tecidos ou estruturas vizinhas e muito menos a linfonodos regionais (“gânglios”), e dependendo da sua localização, pode-se optar ou pela cirurgia ou pela radioterapia, visto que ambas apresentam resultados semelhantes, expressos por um bom prognóstico (cura em 80% dos casos).

Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, associada ou não à radioterapia.

Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos “gânglios”), indica-se o esvaziamento cervical do lado afetado, sendo o prognóstico do caso bastante reservado. A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu sobremaneira, com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, permitindo largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, são ainda grandes e o prognóstico dos casos, intermediário.

A quimioterapia é empregada nos casos avançados, visando à redução do tumor, a fim de possibilitar o tratamento posterior pela radioterapia ou cirurgia. O prognóstico nestes casos é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.

Que efeitos colaterais a radioterapia produz na boca?

Quando a radioterapia é usada na área de cabeça e pescoço, muitas pessoas experimentam irritação ou ressecamento da boca, dificuldade de deglutir e perda do paladar. A radiação também aumenta o risco de cáries e, por isso, é muito mais importante cuidar bem da boca e da garganta neste período.

Converse com seu dentista e seu médico oncologista sobre os problemas bucais que você possa ter durante ou depois do tratamento. Antes de começar a radioterapia, não se esqueça de discutir com seu dentista os possíveis efeitos colaterais e a forma de evitá-los.

 Como manter a saúde bucal durante a terapia?

Use uma escova macia depois das refeições e fio dental diariamente. Evite condimentos e alimentos ásperos como vegetais crus, nozes e biscoitos secos. Evite o fumo e o álcool. Para não ficar com a boca seca os doces e chicletes não devem conter açúcar.

Antes de começar a radioterapia, consulte seu dentista e faça uma revisão completa dos seus dentes e peça ao dentista para conversar com seu oncologista.

Fonte: Instituto Nacional do Câncer – Ministério da Saúde.

 

Segundo a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil para 2006, este tumor apresentará  10.060 casos estimados entre homens e 3.410 entre as mulheres. O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra.

Fatores de Risco
Os fatores que podem levar ao câncer de boca são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas.

Sintomas
O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.

Prevenção e Diagnóstico Precoce
Homens com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.

Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.

Exame Clínico da Boca
Deve-se considerar sua realização anual por profissional médico ou dentista, para indivíduos com alto risco para câncer de boca.


Tratamento
A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos).

As lesões iniciais são aquelas restritas ao seu local de origem e que não apresentam disseminação para gânglios linfáticos do pescoço ou para órgãos à distância. Mesmo lesões iniciais da cavidade oral, principalmente aquelas localizadas na língua e/ou assoalho de boca, podem apresentar disseminação subclínica para os gânglios linfáticos cervicais em 10% a 20% dos casos. Portanto, nestes casos, pode ser indicado o tratamento cirúrgico ou radioterápico eletivo do pescoço.

Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia. Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos ‘gânglios’), é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido. Nestes casos, o prognóstico é afetado negativamente.

A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, que permitiu largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, ainda são grandes e o prognóstico dos casos, intermediário. A quimioterapia associada à radioterapia é empregada nos casos mais avançados, quando a cirurgia não é possível. O prognóstico, nestes casos, é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.