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Saude Bucal

SAÚDE BUCAL

Deus é brasileiro e é dentista. Esse é o ditado que corre entre os cirurgiões dentistas. Seria cômico se não fosse trágico. Há alguns anos assistimos à explosão do  culto ao corpo. Academias, clubes e parques são atrações em uma sociedade na qual beleza significa a saúde dos músculos delineados e roupas da moda. Entretanto, nos deparamos ainda com um quadro crítico da saúde bucal dos brasileiros. A boca é a porta de entrada do corpo e muitas doenças produzem sintomas na cavidade bucal. Possíveis alterações  nos dentes, mucosa bucal, língua ou garganta podem promover uma mastigação deficiente, dificultando o processo de deglutição e, consequentemente, a digestão e a absorção de alimentos tornam-se comprometidas. Uma simples dor-de-cabeça impertinente ou uma infecção , podem estar relacionadas com um foco bucal. Em virtude disso, faz-se cada vez mais necessário a promoção de campanhas que abordem o assunto de maneira objetiva e massificada, a fim de atender as dúvidas e anseios da população.

A educação em saúde bucal deve começar em casa, procurando desenvolver inicialmente, principalmente nas crianças, o hábito de escovar os dentes após as principais refeições. A falta de recursos não pode servir como desculpa. Escovar os dentes corretamente é tão simples como usar o sabonete. Assim como a criança aprende desde cedo a importância de tomar banho e vestir roupa limpa, deve também aprender a cuidar dos dentes. Atualmente, o alto índice de crianças carentes que são submetidas à extração dentária (devido à cárie que poderia ser tratada) e os índices de câncer de boca resumem o grau de necessidade da população brasileira em relação à atenção na saúde bucal.

Devemos estar atentos a possíveis alterações dos dentes e tecidos bucais (coloração, bolhas e feridas), consultando o cirurgião dentista no que diz respeito à prevenção e tratamento das doenças da boca. A prevenção ainda é o melhor caminho e milhões de reais seriam economizados. Afinal de contas, o sorriso é o nosso cartão de visitas e o real sintoma da saúde plena.

 

Márcia Angélica Romañach

DÚVIDAS FREQUENTES:

Tratar Canal deixa o(s) dente(s) mais fracos?
A técnica de tratamento de canal é um procedimento cirúrgico odontológico que remove os conteúdos do interior dos canais, normalmente nos casos de polpa viva (nervo) são tecidos semelhantes a carne, logo são estruturas de pouca resistência física. Limamos e dilatamos o canal para melhor podermos obturar esta cavidade, a raiz permanece com a mesma estrutura de dureza da dentina. Os procedimentos que usamos em nada enfraquecem o remanescente radicular. Na fase final que é a obturação, usamos dois materiais, um sólido, que são os cones de guta percha, outro os cimentos que endurecem após horas. Podemos concluir, que após  obturados os canais os dentes até ficam mais resistentes do antes de perderem a vitalidade de suas polpas. Um fato que hoje não mais discutimos cientificamente é quanto à hidratação, ou seja, no passado achávamos que este fator era o responsável pela fragilidade dos dentes tratados, sabemos que a integração de uma raiz ou dente aos tecidos que o sustentam permanece inalterada. Os casos de quebra ou fratura ocorrem independente do dente ou raiz ter ou não tratado o canal. Concluímos que dentes ou raízes após tratamento de canal não ficam mais fracos.

 

Tratar Canal muda a cor do dente?
As mudanças de cor são mais encontradas nos dentes anteriores de canino a canino, em ambas arcadas. Ocorrem nas outras peças dentárias, porem pela localização, estrutura e condições de iluminação da cavidade oral não apare cem com tanta agressão estética. A mudança é marcada por diferentes tonalidades, que se iniciam do amarelo fraco passando até marrom podendo chegar ao cinza, produzindo efeitos estéticos localizados desagradáveis no conjunto facial, O quadro clínico é devido geralmente a hemorragias internas derivadas da polpa (nervo) ou de restos orgânicos, materiais indesejáveis de tratamentos de canal com técnica deficiente na toalete final. O sangue ex posto após a coagulação começa a sofrer reações químicas em sua degradação, com formação de óxidos ao seu final. São os óxidos os responsáveis pelas modificações de cor nos dentes e raízes. O processo é de longa duração, contínuo e cada vez mais agressivo no que se refere a estética dentária da bateria labial. Cuidados técnicos precisos na fase de limpeza final da câmara pulpar, prevenção através da busca de trabalhos de diagnóstico precoce de morte pulpar, principalmente após acidentes que envolvam trauma ou batidas nos dentes. Nos casos já manifestos é pela técnica de clareamento que conseguimos o retomo estético desejável. O Clareamento consiste em reações químicas, com produção de gás que são ávidos por óxidos que com reações de combinação removem os detritos dos canalículos mais inacessíveis da dentina, O Clareamento é uma técnica que em poucas sessões resulta na volta da tonalidade característica dos demais dentes vizinhos. A mudança de cor é uma anormalidade técnica no tratamento de canal ou a morte pulpar por trauma sem tratamento e a técnica de Clareamento é a solução usada.

 

Instrumentos de Canal fraturados causam algum mal?
O instrumental usado nos tratamentos de canal é forjado em aço possuindo diferentes formas anatômicas, com estrias, farpas, ranhuras, que servem para rasparem os canais. Os especialistas no trabalho cirúrgico promovem movimentos de raspagem, rotação, torção, transição que podem involuntariamente produzir a fratura ou ruptura do instrumental. No arsenal moderno à disposição dos especialistas em endodontia encontramos o Ultra Som, que muito tem contribuído para remoção ou passagem destes obstáculos no interior dos canais. O instrumental atual é seguramente mais resistente às rupturas, novas ligas de compostos mais eficazes nos asseguram dados estatísticos menores com referência a este acidente. A complexidade de cada caso é identificada pelo tipo de instrumento (faipado/estriado) ou a altura no conduto em que ocorreu o acidente. A missão do endodontista é remover ou passar pelo fragmento, após alargando o possível para que a obturação seja concluída. Nos casos em que não conseguirmos passar pelo obstáculo e que não houver lesão apical presente, devemos obturar até o obstáculo e preservarmos em 90/180 dias com controle radiográfico. Nos casos em que existe lesão apical devemos optar num primeiro momento por uma observação radiológica em 90 dias após a obturação, não se observando reversão do quadro, fica a indicação da cirurgia peri apical como atitude final. A presença física de um instrumento de canal no interior de um conduto radicular assim como sua permanência não causa nenhuma mal a saúde geral. Instrumentos fraturados são obstáculos na execução da técnica de tratamento de canal. No geral as suas permanências nos canais não causam distúrbios à saúde dos pacientes portadores.

TRATAMENTO ORTODÔNTICO COM E SEM EXTRAÇÕES

É necessário extrair dentes para fazer tratamento ortodôntico?

Sim… e Não! Em alguns casos, para que se consigam os melhores resultados, tanto estéticos quanto funcionais, é necessário extrair dentes. Não é certo generalizar, tanto para o lado das extrações quanto para não extrações. Cada caso é um caso e isto é sempre avaliado com extremo critério pelo especialista em ortodontia.

Por que extrair dentes em alguns casos?

A evolução da espécie humana vem diminuindo o tamanho das arcadas dentárias. E os dentes não diminuem na mesma proporção. Desta forma falta espaço para que os dentes acomodem-se, devidamente alinhados, nos seus suportes ósseos da maxila e da mandíbula. É verdade que o número de dentes está diminuindo, 50 % das pessoas têm ausências congênitas de um ou mais dos terceiros molares (sisos). Quando não ocorre a ausência dos dentes do siso, geralmente há falta de espaço para todos os dentes, incluindo os sisos. Extrair os terceiros molares é uma boa alternativa. Porém, neste caso, já é um caso com extrações… E sendo necessárias extrações, pode ser mais conveniente e vantajoso, para o paciente, extrair outros dentes ao invés dos sisos.

Há profissionais que conseguem fazer tratamento ortodôntico sem extrair?

Os especialistas em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares procuram, sempre que possível, fazer os tratamentos sem extrair nenhum dente. Um dos recursos para isto é expandir as arcadas dentárias com ou sem expansão das bases ósseas (ver expansão das arcadas dentárias). Também, principalmente em adultos, recorre-se a “slicers”, pequenos desgastes nas faces proximais dos dentes, os quais não causam mal e, somados, podem provir os poucos milímetros que sejam necessários. Desta forma é possível evitar as extrações. Porém a expansão das arcadas dentárias não pode ultrapassar o limite das bases ósseas. E os “slicers” restringem-se a poucos milímetros. Desta forma há casos em que se impõem as extrações como a melhor solução e não extrair acarretará outros problemas mais graves.

E como ficam os terceiros molares (sisos) em casos de não extrações?

Quando os sisos estão presentes, de uma maneira geral, é crítico o espaço para a erupção destes dentes. Se o tratamento é feito com o propósito de levar os dentes para trás, isto irá tornar ainda mais crítica a possibilidade de erupção dos terceiros molares. Os ortodontistas e ortopedistas dispõem de recursos para avaliarem o espaço de erupção dos terceiros molares. Se há presença dos terceiros molares e o tratamento propõe-se a levar os dentes para trás, quase certamente os sisos não terão espaço para erupcionarem e terão de ser extraídos. Então o caso é com extrações. E deve ser muito bem avaliado. Pois sendo um caso extrações. E é necessário que se faça um balance das vantagens e desvantagens, de cada caso, extrair terceiros ou extrair pré molares. Acontecem casos de ser mais vantajoso, para o paciente, extrair pré molares do que os sisos.

Por que pode ser preferível extrair pré molares do que sisos?

Os pré molares são os dentes mais fracos que temos. E se os terceiros molares estando bem posicionados e com espaço para irromperem, eles são mais valiosos que os pré molares, por serem mais fortes. Também a extração de pré molares é simples enquanto que extrair terceiros é sempre uma manobra mais complicada. Além disto, extraindo-se os pré molares, que podem ser os segundos, o espaço é aproveitado em parte para alinhar os anteriores e outra parte para trazer os molares para frente e assim conseguir lugar para os terceiros.

 

DOR DE CABEÇA AGORA É PROBLEMA PARA DENTISTA !

Enxaqueca, dor de cabeça ao acordar, dor no pescoço, dor nos ombros, muita gente padece com esses problemas ao longo dos anos e não acha uma solução! Você sabia que essa solução pode ser encontrada dentro de um consultório odontológico? Dores como essas podem possuir sua causa no “stress” muscular ou mesmo emocional e por funcionamento inadequado do sistema mastigatório (uma para função). O problema possui crescimento do tipo “bola de neve”, ou seja, vai aumentando com o tempo podendo criar raízes emocionais que levem a uma depressão! O problema, muitas vezes, pode ser resolvido de forma simples, dependendo unicamente do correto diagnóstico.

O bruxismo (ranger de dentes) ou o imbricamento dentário (apertamento) levam a um “stress” da musculatura envolvida (são horas seguidas de funcionamento muscular anormal!) que pode resultar numa fadiga muscular ou mesmo num processo inflamatório. A fadiga provoca acúmulo de ácido lático e causa a conhecida dor de cansaço muscular: dor de queimação. Um dos principais músculos envolvidos é o masseter e a dor costuma se localizar na região das têmporas (entre o final das sobrancelhas e o ouvidos). Estou falando apenas das dores, nem comentei sobre o desgaste dentário decorrente da para função que é terrível! No caso de processo inflamatório as dores são piores e o inchaço, inerente à inflamação, pode pressionar um conhecido nervo que fica na região, o trigêmeo e causar a tão temida neuralgia (e não nevralgia!) do trigêmeo.

A dor é intensa e difusa! O diagnóstico correto é fundamental,  pois há casos de exodontia (extração) de todos os dentes devido às dores, sendo que o problema poderia ser resolvido de maneira muito mais simples. Placas de relaxamento muscular são capazes de solucionar os principais distúrbios causados pelas para funções do sistema mastigatório. O problema do ronco (ruído causado na respiração ao dormir) e o quadro de apneia obstrutiva do sono (paralisações na respiração por obstrução da passagem de ar) também podem ser resolvidos no consultório dentário! Esses distúrbios do sono possuem consequências trágicas que vão desde a separação do casal ao risco de morte súbita! Quer dor de cabeça maior do que anos mal dormidos devido ao barulho do(a) companheiro(a) ou anos de sono (se é que pode ser assim chamado) que não descansam?

O problema é sério e não se esqueça: o ronco incomoda, a apneia pode matar! Esses problemas, corretamente diagnosticados, também podem possuir simples soluções no consultório odontológico. Os dispositivos intra orais são pequenos aparelhos usados na hora de dormir que resolvem a maioria dos casos (cerca de 90%). Eles podem trazer de volta um prazer a muito tempo perdido, o de dormir bem!

A abordagem odontológica para esses problemas é razoavelmente recente e talvez por isso não seja tão conhecida. Em contato com profissionais familiarizados com esses problemas, é possível reconquistar prazeres fundamentais ao bem estar, muitas vezes a tempo perdidos!

Acidente, queda de dente, o que fazer? AVULSÃO

Avulsão é a queda de um ou mais dentes por acidente com a saída total do alvéolo da peça dentária. As agressões na face têm como local mais frequente de consequências os dentes anteriores superiores e em segundo plano os inferiores. Os pacientes jovens são as maiores vítimas, pelo comportamento mais agressivo nas brincadeiras, pelo estágio de evolução dos dentes em relação a idade. Ocorrido o acidente e constatada a avulsão deve a vítima ou o socorrente recolher o(s) dente(s) se possível recolocando-o no alvéolo, nas situações em que não for possível, deve-se acondicionar em lenço ou pano o(s) dente(s) umedecidos e limpos em saliva do próprio acidentado ou do socorrente, água ou leite até o local de atendimento.

Outro fator importante no atendimento é a rapidez de recolocação no alvéolo, deve ser o mais rápido possível. Nos casos em que não houver condições de atendimento imediato por razões de saúde do paciente, devemos manter o(s) dente(s) em leite, sendo recomendável o reimplante até 24h após o acidente. A tomada de decisão de realizar a recolocação, sempre recomendada pelas razões psicológicas pós-acidente, pois ocorre à restauração da parte perdida, como a permanência do dente acidentado em seu alvéolo, produz uma cicatrização de melhor futuro para estética do paciente. Aconselhamos para este atendimento os trabalhos de um Cirurgião Dentista, sempre que possível, as fases pós-acidente de trata mento tem na especialidade de Endodontia a melhor opção de resultados.

Nas avulsões a busca de atendimento deve ser rápida e o(s) dente(s) devem ser protegidos e umedecidos com saliva, leite ou água. O reimplante deve ser sempre realizado.

Trauma facial com Avulsão dentária

O progresso industrial, as grandes comunidades, a falta de educação, são hoje responsáveis pelo elevado número de acidentes, em que a cabeça, e em especial a face, recebem as consequências. Novos inventos, competição mais acirrada, o fascínio pelo incontrolável levam em especial os jovens a traumas graves com intercorrências de complicadas soluções. A mais grave agressão é sem dúvida a Avulsão, ou seja, a extração de uma ou mais peças dentárias. Seguidamente observamos sequelas nas estruturas anexas de suporte como osso alveolar, mucosas e gengivas.

O primeiro atendimento é muito importante que é normalmente feito em local especializado, esta fase pode selar o sucesso da restauração dentária e facial. Suturas grosseiras, dentes mal recolocados certamente responderão como insucesso final de sequelas estéticas irreversíveis, O cirurgião dentista especializado em cirurgia possui conhecimentos para buscar o melhor resultado final. O atendimento ao traumatizado não cessa após esta fase, é importante e vital a colaboração e acompanhamento do Endodontista nas fases de manutenção e final do caso. Do momento do acidente ao primeiro atendimento os fatores, tempo, cuidados com a(s) peça(s) dentárias, contenção, cuidados endodônticos, determinam o prognostico do caso.

Atualmente os especialistas retardam os processos de rejeição, quanto mais rápida for a primeira intervenção e boa manutenção, mais retardo, ou seja, mais tempo de vida na cavidade oral acidentada. Os casos sem estas regras, sempre resultam em mu dança de cor dos dentes, reabsorções violentas, mobilidade, fistulas entre outras ocorrências.

Trauma facial seguido de Avulsão dentária, deve sempre, após o primeiro atendimento, receber acompanhamento do Endodontista.

 

Dentes decíduos:

Orientações aos pais

A promoção da saúde, até recentemente considerada como um serviço médico é hoje reconhecida como uma atividade social, sinônimo de qualidade de vida que deve ser fomentada e facilitada não apenas pelas ações dos profissionais da saúde, mas pelas estratégias das instituições governamentais e pelas atividades da comunidade e das pessoas (OMS, 1997).

Atualmente, a Odontologia como todas as Ciências da saúde, está voltada para a educação, a promoção e a prevenção, sendo esta filosofia de fundamental importância, principalmente em se tratando de crianças.

A cárie dentária e a doença periodontal que são os principais problemas odontológicos, frequentemente, começam na infância e suas sequelas podem ser devastadoras física, emocional e socialmente. Embora severas, essas doenças podem ser facilmente prevenidas pela adoção de hábitos adequados de alimentação e de higiene bucal, mas o sucesso dessas ações depende da participação ativa dos pais, das crianças e dos profissionais da saúde.

Ciente de que a promoção de saúde depende da participação da população bem informada e, que a maioria dos pais desconhece que as crianças na primeira infância também podem desenvolver severos problemas bucais, pretendo, neste ensaio, oferecer aos leitores algumas orientações necessárias para a manutenção da saúde e prevenção dessas doenças nas crianças.

Os dentes decíduos começam sua formação por volta da sexta semana de vida embrionária e, a partir do sexto mês de vida extrauterina, inicia-se o processo de erupção dentária, sendo os incisivos inferiores os primeiros dentes a irromperem. Seguem a sequência de erupção, os incisivos centrais e laterais superiores com um intervalo aproximado de dois meses.

Os primeiros molares superiores e inferiores aparecem aos 15 e 16 meses de vida respectivamente, aos 17 meses irrompem os caninos e aos 18 meses erupcionam os segundos molares inferiores seguidos pelos segundos molares superiores, aos 24 meses. Desta forma, aos trinta meses de vida, o processo de erupção da dentição decídua estará completo e as crianças terão 20 dentes na boca, isto é, oito incisivos, quatro caninos e oito molares (Figura 1).

Figura 1 – Cronologia de erupção dos dentes decíduos

Fonte: McDONALD, R. E.; AVERY, D. R. Odontopediatria. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

Como o processo de formação e erupção dentaria é complexo e começa na vida embrionária, medidas de prevenção devem ser instituídas mesmo antes do nascimento do bebê. Durante a gestação, os pais devem ser instruídos e incluídos em um programa de Odontologia preventiva que enfatize a importância de adquirir bons hábitos de alimentação e de higiene bucal e como esses hábitos favorecerão a saúde bucal de seus filhos.

Durante a amamentação, recomenda-se aos pais higienizar a cavidade bucal do bebê assim que irromper o primeiro dente, utilizando para tanto, dedeiras especiais, escovas dentárias para bebês ou então, gaze umedecida. Em muitas crianças, a erupção dos dentes decíduos é precedida pelo aumento da salivação e irritabilidade durante o dia. Nesta época, a criança pode intensificar o hábito de chupar o dedo ou de friccionar a gengiva, perder o apetite ou apresentar alterações gengivais.

Com a erupção de mais dentes, os pais devem passar a fazer uso da escova dental para higienizar a cavidade bucal de seus filhos, após as refeições, começando em uma área determinada da boca e prosseguindo de forma ordenada até remover e desorganizar a placa bacteriana. Se os dentes adjacentes estiverem em contato, indica-se o uso do fio dental nessas áreas, sempre motivando as crianças a participarem deste processo.

Embora as crianças desenvolvam a habilidade motora necessária para utilizar a escova dental, é indispensável que os pais supervisem esta atividade e assumam a responsabilidade de escovar e usar o fio dental nos dentes de seus filhos. À medida que a criança adquire destreza manual, essa responsabilidade pode ser transferida para os filhos, mas enquanto o cirurgião-dentista não observe esta habilidade na criança, essa tarefa deverá ser executada por um adulto.

O profissional deve instruir aos pais sobre os métodos de escovação dentária, sobre as técnicas para o uso do fio dental e sobre o uso do flúor e dos agentes reveladores de placa bacteriana. Desta forma, quando a criança tentar a remoção da placa, os pais podem promover a aprendizagem pelo uso de substâncias reveladoras, mostrando à criança as áreas em que é preciso melhorar a higiene bucal.

Conforme foi exposto, a manutenção da saúde e a prevenção da cárie e da doença periodontal dependem da participação ativa dos profissionais da saúde e do grupo familiar “…certamente está nas mãos dos pais prevenir a cárie nas crianças: a experiência ensinará a sua utilidade, o hábito tornar-se-á natural e os pais sentir-se-ão enormemente recompensados, apesar de todo o trabalho” (SANOUDOS; CHRISTEN, 1999).

Contudo, o sucesso destes programas de prevenção está intimamente relacionado à atitude da equipe odontológica que propicia um ambiente agradável tanto para as crianças quanto para os pais e demonstra interesse e respeito pela autonomia e individualidade do grupo familiar.

AMAMENTAÇÃO:

COMO TUDO COMEÇA

Todo ser humano nasce com a capacidade de respirar pelo nariz. Além disso, também necessita se alimentar.

No bebê, o ato de se alimentar acontece através da sucção que é o primeiro estímulo responsável pelo crescimento facial. A mandíbula se desenvolverá devido ao estímulo que a sucção oferece. Quando o bebê suga, ele exercita toda sua musculatura orofacial. É esta mesma musculatura que, mais tarde, ele utilizará para articular os fonemas.

Com o passar dos meses, o bebê começará a se alimentar de sólidos. Então, inicia-se o processo de mastigação que é um ato aprendido após a erupção dos dentes decíduos. A mastigação é a função mais importante do sistema estomatognático e deve ser estimulada com o consumo de alimentos duros, secos e fibrosos. Por volta dos quatro anos de idade, a criança terá sua mastigação amadurecida. Isto significa que ela se realizará através de movimentos rotatórios de mandíbula, alternados e deve ser bilateral. Se a mastigação for unilateral, poderá causar assimetria facial e alteração oclusal.

Sendo assim, o desenvolvimento da musculatura facial ocorre em etapas, iniciando-se com a amamentação que é o primeiro estímulo. No caso da amamentação através da mamadeira, não há tanta força de sucção como no seio materno. Além disso, não ocorrerá o vedamento labial, o que estimula a respiração oral. Quanto à respiração, deve ser nasal, pois a oral causará alterações em todo o organismo. Algumas das consequências da respiração oral são: maxila estreita e palato ogival; mordida cruzada posterior; mau hálito; sono agitado; postura corporal incorreta.

Por esses motivos, desde o nascimento, o bebê deve ter sua musculatura orofacial estimulada de modo correto, já que é esta musculatura que realiza funções tão fundamentais como a respiração, mastigação, deglutição e fala. Se estas funções se desenvolverem de maneira adequada, as crianças também terão um crescimento facial adequado.

Então, devemos nos conscientizar que é extremamente importante a prevenção para que não haja desequilíbrios em todo o organismo.

Tomar Remédios: Um Ato que Requer Responsabilidade

Em muitas situações, os profissionais de saúde lançam mão de auxiliares medicamentosos importantes para trazer conforto aos seus clientes. Na área de Odontologia os medicamentos mais receitados são os analgésicos, antinflamatórios e antibióticos. Sabemos que as doenças mais comuns que atingem esta região são de origem, geralmente, inflamatórias ou infecciosas. A evolução das técnicas mais apuradas, devido a descoberta de novas bactérias, vírus, fungos, tem obrigado a medicina ao uso de novos remédios, com custos elevados de pesquisa e pelas complexidades químicas, no geral, causam mais contra indicações nos seus usos. Isto significa que, ao necessitarmos de um medicamento temos que ser mais responsáveis quanto ao uso, principalmente os antibióticos. Devemos evitar as medicações indicadas pelos amigos, leigos, pois geralmente serviram em uma condição e certamente não serão efetivas no geral.

Tomar medicamento deve ser sempre no sentido de combate a uma doença, obedecendo regras, como a dose, tempo ou intervalos e duração até debelar o quadro. Ao tomarmos um analgésico, passado um tempo e não obtivermos resposta, duas situações estão acontecendo, ou o analgésico é contra indicado para a doença ou a dose está baixa. Não adianta encher-se de comprimidos, pois outras consequências certamente aparecerão.

Com os antinflamatórios, a situação é a mesma já descrita, com ações secundárias mais graves pela complexidade dos medicamentos. Com antibióticos, o compromisso é mais sério, pois a resistência bacteriana é uma realidade dura e pode levar, em alguns casos, até a morte, do indivíduo. Quem esta usando antibiótico deve cuidar a dose, o tempo ou intervalo e principalmente a duração total do uso. É muito comum ouvirmos, após tomada de algumas cápsulas e como o quadro melhorou, ocorre a decisão de parar, isto provoca a resistência dos micróbios patogênicos. A sucessão destes quadros resultará em prejuízos futuros graves. Concluindo: o ato de medicar-se requer responsabilidade!

ESTÁ CERTO AUTOMEDICAR-SE?

A necessidade de medicar-se é um sinal de que existe doença e que o organismo não conseguiu superar a patologia. Nas ações técnicas em Endodontia o uso de medicamentos tem aplicação muito especifica em relação aos estados local e geral do paciente. A experiência clínica tem demonstrado que a melhor conduta é o ato cirúrgico do profissional, que resolve e alivia o sofrimento, porém existem fases do tratamento em que devemos usar medicamento como complemento auxiliar. Cabe aos profissionais fazerem o diagnóstico, planejarem a rotina do atendimento, seja ela medicamentosa ou cirúrgica. A automedicação ou o seu uso por recomendação, geralmente resultam em gasto sem recompensa, e mais ainda, podemos nos intoxicar ao receber uma droga sem efetividade.

Tomar medicamento, principalmente os antibióticos, requer conhecimento do que estamos combatendo, ou seja, que tipo bacteriano é o causador, qual a dose para o quadro existente. Enfim, é consagrado o conhecimento de que um medicamento mal indicado causa problemas como o de não debelar o quadro atual e deixar o paciente sensível para o futuro.

A dose indicada é fator importante na administração de qualquer medicamento. Medicamento é uma forma que os profissionais de saúde usam para auxiliar na solução de uma patologia. A automedicação é condenada porque geralmente é inócua, promove gastos, podendo gerar hipersensibilidades indesejáveis.

Infância

Bons dentes começam com odontologia preventiva desde a infância

Cuidados com a dentição da criança garantem o sorriso do adulto.

Quando o assunto é saúde bucal infantil, prevenção é o melhor caminho, principalmente na fase em que acontece a troca de dentição, quando a criança perde os dentes de leite e nascem os dentes permanentes.

Por isso, é fundamental o acompanhamento com visitas periódicas ao dentista, para aplicação de flúor e proteção dos novos dentes com aplicação de selante oclusal, uma película que evita a aderência de alimentos, atuando como aliada na proteção contra as cáries.

O dentista tem ainda papel fundamental para ensinar higiene bucal às crianças. Para que os pequenos sintam-se à vontade e não vejam o momento da escovação como uma simples obrigação, mas como uma necessidade de higiene, a Ápex Odontologia preparou um espaço dedicado a eles. Na sala de espera há brinquedos e jogos para a distração da garotada e a Ápex conta com um consultório infantil bastante lúdico, com decoração divertida, bem colorida, com brinquedos e personagens.

Assim, dentro do seu próprio ambiente, a criança participa da sessão de instrução de higiene bucal, onde aprenderá a maneira correta de usar a escova, o fio ou fita dental para remover a placa bacteriana da superfície do dente. Os pequenos ainda recebem esclarecimentos sobre horários de escovação, tipos de escova e pasta ideais, além de ganhar uma lembrança a cada sessão.

 

Odontologia Preventiva

Criança com cáries e reumatismo

A adoção de cuidados com a saúde bucal desde os primeiros meses de vida, é apontada por odontopediatras como o principal fator para evitar o surgimento da cárie, quando a criança for mais velha ou mesmo na idade adulta. Entre as crianças que têm cinco a seis anos de idade e não tiveram esses cuidados precoces, 82% já têm cárie, mas quando a mãe faz essa prevenção cerca de 85% das crianças dessa idade não tem cárie. Até os três
anos são os pais, os responsáveis por escovar os dentes dos filhos. Entre três e sete anos, é preciso supervisioná-los. Os cuidados com a limpeza da boca, controle da amamentação noturna e do consumo de açúcar, são a base da prevenção em bebês e crianças pequenas. O aleitamento noturno é considerado a principal causa da chamada “cárie
da mamadeira”, já que a salivação diminui à noite, e é a saliva que limpa a boca. O ideal é não alimentar o bebê enquanto ele dorme. A criança bem alimentada antes de dormir não precisa de mamadeira à noite. O problema de freqüentar o dentista para fazer a prevenção é econômico.
D. K. Benn, professor na Faculdade de odontologia, da Universidade da Flórida, afirma que 30% da população americana, em geral, não têm assistência dentária, correspondendo a 32 milhões de pessoas que já têm problemas dentários, e precisariam de cuidados imediatos. Afirma que somente 1% do total das crianças americanas faz um exame odontológico antes de 12 meses de idade. Como nos Estados Unidos os dentistas têm grandes clínicas privadas, ele sugere que as autoridades sanitárias obriguem os dentistas a darem vagas correspondentes a 5% do total de seus pacientes atendidos por ano, para o atendimento dessa população. Já houve ocasião em que se acreditava que os dentes com cáries causavam reumatismo, e se extraía os mesmos como forma de prevenção. Hoje, sabe-se, que as infecções dentárias colaboram no aparecimento de placas de arteriosclerose dentro das artérias do coração. O reumatismo infeccioso, que causa a chamada febre reumática, ataca as válvulas do coração, que se localizam mais nas amígdalas, e é uma doença que está em declínio no Brasil e no mundo, devido a profilaxia feita com a penicilina.

Hoje é possível associar o tratamento dentário a uma atividade prazerosa. Segundo a Dra Lúcia, que atua como odontopediatra há dez anos, “é importante criar para os pequenos clientes um ambiente totalmente dedicado a eles, com jogos de montar, televisão, videogames, gibis e brinquedos”.

Medo? Este é um sentimento que o odontopediatra deve minimizar na vida de seus clientes. Para isso, deve desenvolver uma maneira toda especial de lidar com suas crianças.Firme no objetivo de contribuir para uma “geração cárie-zero”, Dra. Lúcia ressalta que a prevenção é o primeiro passo para a construção de uma saúde bucal perfeita.

“Muitas vezes, as mães são aconselhadas a encaminhar seus filhos ao dentista, somente a partir dos quatro anos de idade. Isso é um erro, já que o cuidado com os dentinhos deverá ocorrer assim que os mesmos começarem a nascer, ou seja, a primeira visita deverá ser por volta dos seis meses de idade. O que alguns pais não sabem é que, várias crianças, na faixa etária entre dois e cinco anos, já nos chegam com cáries grandes nos dentes de leite, que podem apresentar comprometimento da polpa (nervo), e com isso havendo necessidade de tratamento de canal. Esta infecção no dentinho de leite poderá prejudicar a formação dos futuros dentes permanentes”, explica.

Para se ter uma idéia da importância em preservar a saúde dos primeiros dentinhos, vale dizer que, a perda precoce dos mesmos, seja devido à cárie ou a possíveis traumas ocasionados por quedas, pode comprometer a situação da arcada dentária da criança, obrigando-a ao uso de aparelhos ortodônticos no futuro.

“Sabemos que os bons hábitos adquiridos na infância, certamente perdurarão por toda a vida. Assim sendo, é fundamental o incentivo de uma boa higiene bucal e de uma dieta pouco cariogênica”, ressalta a odontopediatra.


Combatendo as cáries


Todos sabemos que, numa dieta alimentar, onde o consumo de açúcar (balas, refrigerantes, bolachas e chocolate) seja excessivo e freqüente, poderá representar um dos principais motivos para o surgimento das cáries. O que muitos pais desconhecem é que, a aparição de cáries agudas, como por exemplo, a de mamadeira, pode ocorrer em crianças com dois e três anos, causando dor e possíveis infecções.

Para que isso não aconteça, a Odontopediatra recomenda uma boa higiene bucal, aliada a uma dieta alimentar balanceada, além da suspensão de mamadas noturnas. A aplicação tópica de flúor também é um dos recursos preventivos utilizados, bem como a indicação do selante que consiste numa resina fluída que sela pequenos pontos situados na face de mastigação dos dentes posteriores, diminuindo assim o acúmulo de alimentos nesta região e com isso evitando as cáries.

O selante, quando indicado poderá ser aplicado em crianças a partir dos quatro anos de idade.

Abordagem eficiente

Para o tratamento dentário de uma criança que já apresenta cáries, a abordagem psicológica deverá ser feita de maneira tranqüila, cuidadosa e eficiente.

Segundo a Dra. Lucia, o condicionamento psicológico é muito importante, pois prepara esta criança para o tratamento, evitando assim traumas futuros. Este condicionamento deverá ser gradativo, normalmente em três sessões, familiarizando o pequeno cliente com o consultório, seus instrumentais e os aparelhos, fazendo com que a criança confie no profissional e mantenha com ele uma relação amigável.

Traumatismo dentário

Normalmente, quando as crianças começam a dar seus primeiros passos, é comum a ocorrência de quedas, seguidas de batidas na região da boca. Tais acontecimentos poderão traumatizar os dentinhos de leite, principalmente os da frente, trazendo assim conseqüências mais sérias.

Dependendo da intensidade do trauma, tais dentinhos poderão apresentar mobilidade, sangramento gengival, escurecimento imediato ou tardio e, em casos mais graves, a completa perda do dente.

Por esta razão, o mais indicado é que, logo após a batida, os pais encaminhem a criança a um Odontopediatra, para que seja feita uma radiografia, bem como um acompanhamento clínico periódico, o que evitará o comprometimento deste dente e garantirá o desenvolvimento normal do dente sucessor permanente.


“Quando ocorre a perda total do dentinho de leite (avulsão), normalmente em quedas de crianças entre dois e cinco anos, o mesmo poderá ser reposto através de uma prótese fixa, completamente adaptada a este paciente. Isto reabilitará as funções do dentinho e não comprometerá a estética bucal da criança, dando a esta a oportunidade de sorrir novamente”, frisa a dentista.

Carinho acima de tudo

Olhando a criança como um todo, a Clínica Dra. Lúcia Coutinho Porto, orienta as mães sobre todos os fatores que culminarão numa boa saúde bucal. Esta orientação vai desde a prevenção propriamente dita, até o tratamento de cáries, uso de aparelhos ortodônticos, maus hábitos que devem ser controlados (uso do dedo e chupeta) e questões relacionadas à respiração e à fala. Todos esses tópicos serão trabalhados para que a criança possa se desenvolver dentro dos padrões de normalidade.

No entanto, a base da metodologia adotada pela Dra. Lucia está calcada, antes de tudo, no carinho e respeito para com seus pacientes.

“É primordial que o Odontopediatra faça com que as crianças sintam prazer em ir ao consultório. Deve-se criar um ambiente apropriado para elas, além é claro, de propiciar às mesmas, tratamentos sem traumas”, finaliza.

A preservação da saúde bucal das crianças deve ser levada em conta desde muito cedo, assim sendo, hoje a Odontologia para Bebês é uma feliz realidade!

Quando a criança precisa corrigir algum problema com os dentes, os odontologistas não costumam aconselhar o uso de aparelhos antes dos 11, 12 anos. É que até essa idade as raízes dos dentes não estão totalmente desenvolvidas e há risco de sofrerem alterações com a interferência de aparelhos que se fixam nos dentes. Mas aparelhos que utilizam o céu da boca e as gengivas como apoio não oferecem esse problema e podem ser usados em crianças que ainda têm dentes de leite. Essa é a vantagem da ortopedia funcional, técnica da odontologia que ganhou recentemente o título de especialidade no Conselho Federal de Odontologia. Na ortopedia funcional os aparelhos corrigem problemas como mordida cruzada ou dentes encavalados, causados por arcada dentária ou mandíbulas fora do lugar. A técnica pode ser usada em crianças pequenas porque modifica a estrutura da boca, diferente dos aparelhos empregados na ortodontia, que modificam a posição dos dentes. “Quando a arcada é pequena e os dentes se sobrepõem, por exemplo, aumentamos essa arcada com a ajuda de aparelhos, em vez de recorrer a soluções como extrair os dentes”, explica o cirurgião dentista Agnaldo Santos Bastos, especialista em ortopedia funcional.

 

Sem traumas

A paulista Célia Tahan descobriu a ortopedia funcional há poucos anos, quando notou que os dentes do filho Carlos Alberto estavam nascendo para fora. “Ele estava com 8 anos e parecia um coelhinho dentuço”, conta Célia. Ela procurou o dentista, mas teria de esperar o garoto completar 12 anos para iniciar a correção com aparelhos. “Comentei o caso com algumas pessoas e soube da ortopedia funcional. Meu filho começou o tratamento no mesmo mês e, em menos de um ano, seus dentes estavam normais”, comemora a mãe. A alternativa resolveu outro problema. Célia estava preocupada com as possíveis gozações que o filho teria de agüentar dos amigos se, com o tempo, os dentes piorassem mais. “Também fiquei muito aliviada com isso”, diz. O tratamento com a ortopedia é semelhante ao da ortodontia. Muitos profissionais associam as duas técnicas para trabalhar. Os aparelhos móveis, feitos de acrílico e metal, devem ser retirados apenas para comer e escovar os dentes. Quanto mais a criança usar, mais rápida será a correção. A cada 15 dias – ou em um período a combinar com o dentista – a criança deve ir ao consultório para fazer ajustes.

Seu filho precisa usar aparelho?Mostre a ele que arrumar os dentes é uma questão de saúde e de boa aparência. Previne problemas que podem até resultar em cirurgias mais tarde, e todo mundo gosta de ter um sorriso lindo.Explique que atos simples, como mastigar, podem ficar mais complicados se a boca não estiver em ordem.

Não force a criança a usar o aparelho toda hora. O risco é ela fazer o contrário só para chamar a atenção.

Cobre do dentista atitudes para incentivar seu filho a usar o aparelho a maior parte do tempo.

 

Odontologia para Bebês – antes do nascimento

Formação dos dentes do bebê

A dentição começa a se formar meses antes do nascimento. Os dentes de leite a partir da 6ª semana e os permanentes por volta do 5º mês de vida intra-uterina. Assim, condições desfavoráveis durante a gestação como: infecções, carência nutricional, medicamentos inadequados, etc, podem trazer problemas aos dentes em fase de formação e mineralização.

Favorecendo a saúde bucal do bebê

Hábitos saudáveis como a higiene bucal diária e a boa alimentação da gestante, são fundamentais. Uma dieta balanceada, rica em fósforo, cálcio e vitaminas A, C e D, nutre o bebê e assegura-lhe o desenvolvimento de uma boa estrutura dental. Alimentos com muito açúcar e carboidratos devem ser consumidos com moderação e, evitados entre as refeições, pois seu consumo freqüente favorece a formação de cáries.

Flúor na gravidez

A suplementação de flúor durante a gestação, através de gotas ou comprimidos, somente está indicada quando a água de abastecimento público da cidade não for fluoretada. Neste caso, o Obstetra ou o Dentista poderá prescrever a suplementação adequada.

Odontologia para Bebês – após o nascimento

Importância da amamentação para os dentes do bebê
A amamentação natural é fundamental para a saúde geral do bebê e prevenção de alterações bucais indesejadas. Além da importância afetiva e nutricional, o exercício muscular durante a sucção do seio, favorece a respiração nasal e ajuda na prevenção de problemas de posicionamento incorreto dos dentes e estruturas faciais.

Higiene bucal do Bebê

Apesar das bactérias que provocam cáries só aparecerem com a erupção dos dentes, uma higienização precoce treina o bebê a aceitar mais facilmente este hábito. Com uma gaze, ou ponta de fralda ou ainda uma dedeira de tecido, seca ou embebida em água filtrada e fervida ou soro fisiológico, os resíduos do leite materno são retirados, delicadamente, da boca do bebê. É interessante o uso do fio dental logo após o nascimento dos primeiros dentes para instituir o hábito nesta fase precoce.

Transmissibilidade da cárie

Beijos na boca do bebê, assoprar o alimento para esfriá-lo e o uso compartilhado de copos e talhares devem ser evitados desde cedo. Assim não se tornam costumes tão prejudiciais após o nascimento dos dentes, quando bactérias adquiridas por contato bucal, aderem aos dentes da criança favorecendo o aparecimento de cáries.

A primeira visita do bebê ao Odontopediatra

A Odontopediatria é uma especialidade da Odontologia que oferece aos bebês, crianças e adolescentes, um tratamento adequado a cada faixa etária. A primeira visita ao Odontopediatra deve ocorrer por volta dos seis meses, com o início da erupção dos primeiros dentinhos. Nesta visita, a mãe receberá orientações sobre: dieta, higiene, aplicação de flúor, transmissibilidade da cárie, uso adequado da mamadeira e chupeta e também, correção de maus hábitos como a sucção de dedo.


A importância dos dentes de leite

A presença dos dentes de leite é muito importante porque prepara o caminho (guia) para a erupção dos dentes permanentes, mantendo em equilíbrio harmônico o crescimento das estruturas da face (dentes, ossos e músculos); proporciona uma mastigação e deglutição adequadas dos alimentos e conseqüente digestão. Um dente de leite comprometido seriamente por um processo de cárie poderá levar a uma infecção, acarretando a má formação do dente permanente. Além disso, quando deparamos com crianças esteticamente comprometidas, percebemos que ocorrem nelas uma dificuldade de comunicação e integração social.

Nascimento dos dentes de leite

A idade média normal para o nascimento é por volta de seis meses de idade. Um atraso em torno de mais seis ou oito meses ainda poderá ser considerado dentro dos padrões da normalidade em nossa população. Também poderemos ter dentes de leite que erupcionam (nascem) antes do prazo médio, ou seja, logo após o nascimento (“dente natal”), ou por volta de dois a três meses de idade (“dente neonatal”). Se isso ocorrer, procure o odontopediatra. Ao nascimento dos dentes do bebê, poderão ocorrer alguns sintomas, como coceira e abaulamento da gengiva, com aumento da salivação, estado febril, e até as fezes podem ficar mais líquidas. Para ajudar o rompimento dos dentinhos e melhorar esse desconforto, deveremos oferecer ao bebê alimentos mais duros e mordedores de borracha para massagear a gengiva.

Higiene dos primeiros dentinhos

A escovação dos primeiros dentes deverá ser iniciada assim que estes estejam erupcionando, com escova infantil e de cerdas macias. Deve-se seguir uma ordem de seqüência para que todos os dentes sejam devidamente escovados bem como a língua da criança. É de extrema importância a escovação noturna, pois quando dormimos o fluxo salivar diminui e a proteção salivar quase não existe. Para crianças abaixo de três anos o creme dental recomendado não deve conter flúor, já a partir dos três anos recomendamos um creme dental desenvolvido para crianças e não para adultos, pois a concentração de flúor deste último é maior e com o desenvolvimento da deglutição ainda em formação a criança acaba ingerindo maior quantidade de flúor o que pode acarretar em uma doença chamada fluorose, ou seja, um excesso de flúor causando manchamento dos dentes permanentes sucessores.

Traumatismo Dental

Acidentes que provocam lesões na boca e dentes são comuns, principalmente com bebês e crianças que estão começando a andar. Em muitos casos ocorrem traumatismos que podem afetar dentes de leite ocasionando o seu “amolecimento” e graves conseqüências futuras, como o comprometimento da dentição permanente.
Muitas vezes, o dano é maior do que aparenta ser, por isso, é importante consultar o Odontopediatra tão logo seja possível. Freqüentemente há necessidade de se fazer radiografias e observar o dente durante determinado período.
É comum ocorrer, dois ou três dias após o acidente, mudança de cor ou escurecimento da coroa do dente, podendo ou não ser um indício de perda de vitalidade do dente. Neste caso, o dentista é quem irá indicar o tratamento mais adequado.
A fratura de um ou mais dentes, em conseqüência de traumatismo (tombos, quedas de bicicleta, skate, colisão, etc.), pode danificar o nervo do dente. Deve-se sempre consultar o dentista, para que ele possa avaliar a extensão do dano, tratar a fratura e prevenir eventuais problemas de vitalidade que possam ocorrer neste dente.
Quando há a quebra do dente (fratura), tanto nos dentes de leite quanto permanentes, deve-se, se possível, recolher o pedaço quebrado e levá-lo juntamente com a criança, para que o dentista possa fazer a “colagem” e assim reconstituir o dente com seu aspecto original.
Em certas circunstâncias, como impactos horizontais, é comum acontecer a perda total de um dente (avulsão). Se o dente for de leite, o reimplante não é indicado, pois a probabilidade de sucesso é mínima. No caso de dente permanente, no entanto, é aconselhável fazer o seu reimplante imediato, após delicada lavagem do mesmo com soro fisiológico e procurar o dentista, o mais rápido possível, para que seja feita sua fixação. Para que se aumentem as chances de sucesso do reimplante, é essencial que determinadas condutas sejam adotadas imediatamente após o acidente:

• Mantenha a calma e faça a criança morder uma gaze ou pano limpo, com pressão, para controlar o sangramento;
• Ache o dente;
• Pegue o dente somente pela coroa. Não toque a raiz;
• Limpe cuidadosamente o dente com soro fisiológico ou leite morno. Não esfregue;
• Coloque o dente de volta no seu lugar (no alvéolo) na boca da criança. A parte côncava do dente é voltada para a parte interna da boca. Faça a criança morder a gaze ou pano limpo, para que o dente se mantenha na posição. Procure, imediatamente, o dentista;
• Se não for possível colocar o dente em sua posição, mantenha-o, por ordem de preferência: em soro fisiológico ou leite morno, ou saliva da própria criança. A água é o meio menos indicado para armazenamento do dente avulsionado. Procure o dentista imediatamente, para que seja feita sua fixação e acompanhamento.

O resultado final do reimplante depende muito do período que o dente ficar fora do osso e da conservação do mesmo neste período. O dente deverá ficar fora do osso o menor tempo possível.
O dente reimplantado será “fixado” pelo dentista em sua posição e deverá ter o seu canal tratado; mesmo assim, com o decorrer do tempo poderá haver uma diminuição do tamanho da raiz. É necessário fazer um acompanhamento até que a oclusão se defina e novas condutas possam ser tomadas.
É possível prevenir alguns acidentes, principalmente entre crianças que usam aparelhos fixos e praticam esportes individuais ou coletivos como patins, skate, bicicleta, futebol, judô, vôlei, etc., usando protetores bucais que podem ser feitos pelo dentista.
Converse com o seu Odontopediatra a respeito. Prevenir acidentes sempre, a melhor opção!

Cárie de mamadeira

É um tipo de cárie que acomete os dentes de leite de crianças pequenas, que estão acostumadas a ter sua alimentação através de mamadeiras açucaradas, principalmente no período noturno. A criança quando adormece tem a diminuição do fluxo salivar, reduzindo a proteção natural que a saliva exerce sobre os dentes. O leite fica aderido à estrutura dentária provocando a formação de ácidos que destroem o esmalte que protege os dentes da criança. A cárie de mamadeira tem seu inicio com o aparecimento de manchas brancas quase imperceptível para os pais. Tem evolução muito rápida, e é extremamente dolorida.

Como Prevenir a Cárie de Mamadeira

- Não leve seu bebê para cama com uma mamadeira cheia de líquidos que contenham carboidratos. Isso inclui qualquer líquido com exceção da água. Mesmo suco de frutas ou leite diluídos em água podem aumentar o risco de cáries.
- Desmame seu bebê, com orientação de seu médico, quando ele tiver entre 12 e 24 meses de idade.
- Não use mamadeira durante o dia para confortar o bebê a menos que esteja cheia de água.
- Não mergulhe a chupeta do bebê em açúcar ou líquidos açucarados.
- Não adicione açúcar aos alimentos de seu filho.
- Limpe os dentes e gengivas do bebê após cada amamentação.
- Leve o bebê ao dentista assim que os primeiros dentes irromperem.
- Ensine o bebê a beber de uma caneca antes do primeiro aniversário.
- Certifique-se de que seu bebê esteja recebendo a quantidade certa de flúor. Se em sua cidade a água não for fluoretada, peça orientações ao médico ou dentista sobre suplementos.
- Aplicação de técnicas de escovação adequadas para cada idade;
- Uso do fio dental
- Bochechos com substâncias anti-cariogênicas (a partir dos seis anos de idade)
- Adoção de uma dieta equilibrada e regular;
- Mamadeiras noturnas ou ingestão de bebidas e alimentos açucarados sempre seguidos de higienização;
- Utilizar selantes de fóssulas e fissuras

Flúor

A aplicação de flúor no consultório dentário deverá ser iniciada já na dentição de leite (dentição decídua), assim que esta esteja completa por volta de dois anos e meio a três anos de idade. O flúor é um dos agentes importantes na redução da cárie dentária (que é uma doença infecto-contagiosa), em conjunto com outros métodos de prevenção, tais como a escovação e a dieta equilibrada, além do consumo de água fluoretada.

Uso de Chupeta

A chupeta ou a sucção do dedo, leva a um desequilíbrio das arcadas dentárias e à má posição dos dentes. O hábito da chupeta deverá ser interrompido por volta dos dois anos de idade, quando a criança já está consciente de suas vontades e não requer mais a compensação de sugar. Portanto, devemos encorajá-la a deixar o hábito, sendo, às vezes, uma troca agradável e consciente. A retirada do hábito de sucção do dedo requer mais consciência por parte da criança, força de vontade e sua colaboração, que poderá acontecer um pouco mais tarde. Nos casos mais severos, a avaliação de um psicólogo é recomendável.

Uso de Antibióticos

O antibiótico que mais poderá levar a manchas nos dentes de leite é a tetraciclina, quando administrada durante a gestação em grande quantidade e longa duração. O mesmo pode acontecer para os dentes permanentes quando administrado à criança logo após o nascimento.

Respirador Bucal

A criança que respira pela boca poderá apresentar sérias alterações na arcada dentária, por isso, o odontopediatra tem um papel primordial neste caso.
Devemos estar atentos na primeira consulta, para avaliar a arcada dentária, a estrutura muscular da face e suas funções como mastigação, respiração, deglutição e a fala. É preciso perguntar às mães tópicos primordiais como: se a criança respira bem, dorme de boca aberta, ronca à noite, baba no travesseiro, tem dificuldade num esporte que exija esforço físico intenso, sonolência e falta de concentração na escola.
Quando essas características estiverem presentes, provavelmente estaremos diante de uma criança que respira pela boca, fato que costuma contribuir para uma alteração, com falta de crescimento da arcada dentária. Neste caso, deve-se encaminhá-la para uma avaliação, com um otorrinolaringologista, que determinará as causas da respiração bucal e orientará qual o melhor tratamento para que ela volte a respirar pelo nariz.
Geralmente, os aparelhos ortodônticos propostos, quando existe a mordida cruzada, com falta de crescimento da arcada superior, são aparelhos removíveis, chamados de Placas Expansoras, que poderão ser utilizados em crianças a partir dos cinco ou seis anos de idade. A criança troca os dentes e não a arcada, por isso, essa deverá ser corrigida antes de surgirem os primeiros dentes permanentes.
No consultório, os senhores pais recebem orientações sobre medidas preventivas em diversos aspectos, entre eles: Higiene bucal, tipos de escovas e cremes dentais, uso de mamadeira e chupeta, dieta cariogênica, aplicação de flúor e selantes, enfim, tudo que possa contribuir para a formação de uma Geração “Cárie Zero”; pois sabemos que todo bom profissional deve ensinar às mães a manter a boa saúde bucal de seus filhos, desde a prevenção propriamente dita, até o tratamento de cáries, uso de aparelhos ortodônticos, maus hábitos (uso do dedo e chupeta) e questões relacionadas à respiração e à fala. Todos esses tópicos devem ser trabalhados para que o pequeno paciente se desenvolva dentro dos padrões de normalidade.
Essa filosofia de trabalho parte da premissa de que não basta amar a criança. É preciso gostar de cuidar da criança como um todo além de fazer-se amar por ela. É possível ter uma infância livre de cáries, quando hábitos saudáveis de prevenção são adotados precocemente. A base da metodologia adotada em nosso trabalho está presente em todos os profissionais que amam o que fazem, isto é, exercer a profissão com prazer e alegria, transmitindo à garotada todo o afeto e segurança de que necessitam. Nosso objetivo é contribuir para o surgimento de uma nova geração, feliz, saudável e, principalmente, sem medo de ir ao dentista.

Escovação

MÉTODO DE ESCOVAÇÃO DENTAL

FORÇA EXCESSIVA NA ESCOVAÇÃO CAUSA SENSIBILIDADE DENTAL
Muita força na escovação dos dentes pode deixá-los sensíveis, alertam especialistas

Escovar os dentes com muita força e o consumo excessivo de alimentos e bebidas ácidas são os principais fatores que levam à sensibilidade dos dentes, segundo dentistas da Academy of General Dentistry dos Estados Unidos. Uma pesquisa com 700 especialistas apontou que um terço dos dentistas indica que o consumo de alimentos ácidos é a principal causa dos dentes sensíveis, seguido da técnica de escovação.

Resultado da irritação do nervo do dente, a sensibilidade dos dentes é caracterizada pelo desconforto ou dor súbita e acentuada em um ou mais dentes, principalmente quando se consome alimentos ou bebidas quentes ou frias demais, quando se inspira ar frio, ou com a pressão sobre o dente. Segundo a Academia, ela afeta pelo menos 40 milhões de americanos adultos.

Segundo o especialista Van B. Hayward, da Escola de Odontologia do Medical College of Georgia, a escovação agressiva e as substâncias ácidas podem desgastar o esmalte dos dentes e afetar também as gengivas. “Quando a camada protetora do esmalte é corroída ou as linhas da gengiva recuam, um tecido mais sensível no seu dente – chamado dentina – pode ficar exposto”, explicou o dentista. “A dentina se conecta ao centro do nervo interno do dente, então, quando ela está desprotegida, o centro nervoso pode ser deixado sem escudo e vulnerável a sensações, incluindo a dor”.

Além dessas duas causas principais citadas na pesquisa, os dentistas relataram que alguns cremes dentais, enxaguantes bucais e produtos para branquear os dentes, além de dentes quebrados ou rachados, bulimia e refluxo, podem contribuir para a sensibilidade dos dentes.

Para aliviar o problema, os especialistas recomendam: usar um creme dental especial para dentes sensíveis; usar uma escova de cerdas macias; ter boa prática de higiene oral, usando fio dental regularmente e escovando os dentes pelo menos duas vezes por dia durante dois ou três minutos; manter a escova em ângulo de 45 graus, escovando delicadamente em movimentos circulares, com a escova na ponta dos dedos, e não na palma da mão; e evitar alimentos e bebidas ácidas, como refrigerantes e alimentos cítricos.

Fonte: Academy of General Dentistry. Press release. Novembro de 2009.

 

CUIDADOS COM A ESCOVA DENTAL E SUA SUBSTITUIÇÃO
Como posso cuidar da minha escova dental?
Para preservar a sua escova dental e a sua saúde, certifique-se de deixá-la secar completamente entre um uso e outro. As escovas podem ser meios de cultura para germes, fungos e bactérias, que depois de um tempo podem se multiplicar em níveis significantes. Depois de usar sua escova, agite-a vigorosamente sob água corrente e guarde-a em pé, de forma que possa secar.
Para evitar que os vírus da gripe e resfriado se propaguem de uma escova para outra, tente evitar que sua escova se encoste em outras quando guardada. Um porta-escovas tradicional com fendas para manter diversas escovas em pé é um investimento valioso para a saúde de sua família.
Com que frequência devo trocar minha escova dental?
A maioria dos dentistas concorda que você deve trocar sua escova dental a cada três meses. Estudos mostram que após três meses de uso normal, as escovas são muito menos eficientes na remoção da placa dos dentes e gengivas em comparação com escovas novas. As cerdas se deformam e perdem a eficiência para limpar todos aqueles cantinhos capciosos ao redor dos dentes.
Também é importante trocar de escova após resfriado, gripe, infecção na boca ou dor de garganta. Isso porque os germes podem se alojar nas cerdas da escova e levar à reinfecção. Mesmo se você não esteve doente, fungos e bactérias podem se desenvolver nas cerdas da sua escova – outra razão para trocar sua escova regularmente.
Como posso proteger minha escova durante viagens?
Uma caixa plástica para escova evitará que as cerdas fiquem espremidas ou achatadas no seu kit de viagem. Após a escovação, no entanto, você deve deixar a escova secar exposta ao ar, para ajudar a reduzir a proliferação de germes.

 

A ESCOLHA DA ESCOVA DENTAL CORRETA

Que tipo de escova devo usar?

Não é fácil decidir qual o tipo de escova usar, já que o mercado oferece inúmeros tipos, formas e tamanhos. Contudo, lembre-se de que:

  • A maior parte dos dentistas concorda que as escovas macias são mais eficientes para remover a placa bacteriana e os resíduos de alimentos. De preferência, a escova deve também ter cabeça pequena para poder mais facilmente alcançar todas áreas da boca, como, por exemplo, os dentes posteriores.
  • Com relação ao tipo de cabo (por exemplo, flexível ou não), formato da cabeça da escova (retangular, cônica, etc.) e estilo de cerdas (com pontas planas, arredondadas, em diferentes níveis, etc.), escolha o que for mais confortável para você. O importante mesmo é usar uma escova que se ajuste bem à sua boca e alcance todos os dentes.
  • Para muitas pessoas, especialmente aquelas que têm dificuldades para escovar ou destreza manual limitada, a escova elétrica é uma boa alternativa, porque limpa melhor os dentes.

Quando devo trocar minha escova dental?

Troque sua escova de dentes a cada três meses ou quando perceber que ela começa a ficar desgastada. Além disso, é muito importante trocar de escova depois de uma gripe ou resfriado para diminuir o risco de nova infecção por meio dos germes que aderem às cerdas.

Quando gasta (na foto, a escova de cima), a escova pode danificar a gengiva. Use uma escova dental nova a cada três meses ou troque quando perceber que as cerdas estão deformadas ou gastas.

 

SAIBA COMO SURGIU A ESCOVA DENTAL? 

Manuscritos encontrados nas escavações de Ur, na Babilônia, em 3.500 a.C., o meio utilizado para a limpeza dos dentes eram palitos de ouro. Entretanto, os auxiliares mais primitivos na limpeza dos dentes foram pedaços de ramos ou gravetos, que eram esfregados ou atritados sobre os dentes.

Em 3.000 a.C., Heri-Ré, tido como o primeiro cirurgião-dentista conhecido na história recomendava os dedos para a limpeza dos dentes. A literatura chinesa menciona, em 1.600 a.C., o “datuna”, que era uma haste de madeira macia que as pessoas mastigavam para higienizar os dentes.

No início da Era Cristã, os romanos demonstravam preocupação com a higiene da boca e, por volta de 100 d.C, Plínio, o Jovem, estabeleceu alguns conceitos sobre o tipo de material utilizado para a confecção da primeira escova dental. Ele alertava que escovas confeccionadas com penas de urubu não eram aconselháveis, por causar mau hálito, sendo o ideal escovas com cerdas de porco-espinho.

Em 1488, no Reino Unido, James IV adquiriu duas escovas de ouro com uma corrente para usar ao redor do pescoço. Devido ao alto custo, as escovas constituíam um privilégio das classes sociais mais abastadas, sendo consideradas obras de arte, com cabos ornamentados por metais e pedras preciosas.

Por volta desta época, eram confeccionadas na China escovas que tinham por matéria-prima pelo de porco e cerdas feitas de crina ou cauda de cavalo, fixados em um osso bovino ou marfim.

A escova dental parecida com as atuais surgiu em 1780 feita por Addis em um cabo de osso com pelos naturais introduzidos em buracos feitos em uma das extremidades e presos por arame.

A primeira patente da escova foi feita em 1857 por Wadsworth e em 1880 começaram a ter seus cabos feitos de plástico.

 

Alimentação

“SAÚDE BUCAL : ALIMENTAÇÃO “

No intuito de manter a boca livre de infecções e sem doenças, devemos procurar ter uma alimentação balanceada, evitando alimentos prejudiciais à nossa saúde e ingerindo alimentos saudáveis.

O açúcar é o principal alimento das bactérias causadoras da placa bacteriana, que causa a cárie e outras doenças.

Sendo assim devemos evitar a ingestão de balas, chocolates e alimentos doces (com muito açúcar) no período entre as refeições.

No entanto se não for possível evitar devemos escovar os nossos dentes após comermos um destes alimentos.

Existem alimentos que são considerados não cariogênicos (não provocam cáries), sendo eles os vegetais , frutas, proteínas entre outros.

Estes alimentos são importantes para a manutenção da saúde geral e oral das pessoas.

Também podemos citar a existência de alimentos que são considerados detergentes, ou seja, alimentos que têm o poder de eliminar, durante a sua mastigação, resíduos de outros alimentos que ficaram aderidos à superfície dental.

Como exemplo destes alimentos podemos citar, a maçã, a laranja, a pera, a cenoura e demais frutos carnosos.

Devemos manter uma dieta balanceada e uma higiene perfeita, assim estaremos evitando o desenvolvimento de doenças tanto sistêmicas quanto locais (orais).

Que efeitos podem a alimentação ter na minha saúde bucal?
Além de influenciar a saúde geral, a alimentação adequada é requisito básico para a manutenção de dentes e gengivas saudáveis. Uma alimentação balanceada dá aos tecidos da gengiva e dos dentes os nutrientes e minerais de que necessitam para permanecerem fortes e resistirem a infecções que podem levar à gengivite. Além disso, os alimentos fibrosos (como as verduras e frutas) ajudam a limpar os dentes e tecidos gengivais. Os alimentos moles e pegajosos tendem a ficar presos entre os dentes, produzindo mais placa bacteriana.
Quando você consome alimentos e bebidas que contêm açúcar e amido, as bactérias da placa produzem ácidos que atacam seus dentes durante 20 minutos ou mais. Para reduzir o dano ao esmalte dos dentes, limite o consumo de alimentos e bebidas entre as principais refeições. E quando você comer entre as refeições, escolha alimentos nutritivos como queijo, verduras cruas, iogurte natural ou frutas.

Qual é a importância da alimentação na saúde bucal da criança?
Para que seu filho desenvolva dentes resistentes, é necessário que ele tenha uma alimentação equilibrada. Sua alimentação deve conter uma ampla variedade de vitaminas e sais minerais, cálcio, fósforo e níveis adequados de flúor.
Assim como o flúor é o maior protetor dos dentes do seu filho, as guloseimas são seu maior inimigo. Os açúcares e amidos que fazem parte de vários tipos de alimentos e de bolachas, biscoitos, doces, frutas secas, refrigerantes e batata frita combinam-se com a placa bacteriana produzindo substâncias ácidas. Estas substâncias atacam o esmalte e podem formar cáries.
Cada “ataque” pode durar até 20 minutos, após o término da ingestão do alimento. Até as “beliscadas” podem criar ataques ácidos da placa. Portanto, é recomendável não comer entre as refeições.

Dieta e saúde bucal

A última década trouxe tremendas mudanças na nossa maneira de pensar a respeito da relação entre dieta e saúde bucal. Como exemplo, compare os conselhos sobre dieta que os dentistas – inclusive eu – demos alguns anos atrás e os que damos hoje. Não muito tempo atrás, nós pensávamos que o açúcar era o bandido quando aparecia a cárie. Evitem doces, nós dizíamos, especialmente os pegajosos e grudentos como os caramelos. Se você não ouviu os últimos pensamentos sobre dieta ainda, você terá uma grande surpresa. Você é o que você come, mas….. Exceto pelos benéficos fluoretos micronutrientes, os outros nutrientes contidos nos alimentos que você ingere provavelmente pouco atuarão no sentido de se formarem ou não cavidades nos seus dentes. Uma boa nutrição certamente contribui para um estado geral de saúde, mas não pode assegurar que seus filhos desenvolvam dentes fortes, sadios, resistentes à doença. Muitos fatores determinam se seus filhos irão desenvolver cárie, e a dieta não importa muito se você der a atenção necessária aos passos importantes das praticas de limpeza bucal, fornecer flúor suficiente todo o dia e solicitar que o seu dentista aplique o selante protetor nos dentes de trás.

Alimentos e cárie dental

Vamos esclarecer uma coisa: os alimentos sozinhos não causam cárie. Muito daquilo que comemos – incluindo alguns alimentos de grande valor segundo o ponto de vista nutricional humano – dão condições para que as bactérias bucais se alimentem. Elas por sua vez, secretam ácidos que podem corroer o esmalte e levar à formação da cárie. Nós alimentamos as bactérias em nossas bocas toda a vez que comemos carboidratos. Esses podem vir em dois tipos: açúcares (carboidratos simples) e amido cozido (carboidratos complexos) como o pão e as bolachas. Uma vez na boca, os amidos cozidos começam a ser quebrados em açúcares pelas enzimas da saliva.

Doces como bolo, cookies e balas não são imensuravelmente piores para os seus dentes do que uma boa refeição de macarronada, pão, salada de frutas e um copo de leite. O açúcar refinado, sacarose, é o que as pessoas normalmente entendem como “açúcar”. Mas derivados de leite contém uma forma de açúcar chamada lactose, as frutas contêm outro tipo de açúcar, frutose; e os amidos cozidos como massas e pães são quebrados na boca para formar outros açúcares, glicose e maltose.

Uma pesquisa recente mostrou que algumas balas são potencialmente menos destrutivas para os dentes que os pães, cookies, e que algumas frutas (como as maçãs e as peras), previamente consideradas como seguras ou até mesmo preventivas contra a cárie, podem na verdade promover cárie. Para as bactérias da sua boca, açúcar é açúcar, não importando a “embalagem” em ele venha. Assim, as balas e os doces não são “ruins” para seus dentes, assim como maçãs não são “boas” para eles também.

Alimentação desregrada: do jeito que as bactérias gostam

Dois fatores importantes na nossa discussão a respeito de alimentos e cárie são com que frequência você come e por quanto tempo um tipo específico de comida fica na sua boca após você tê-lo comido.

Para sobreviver num ambiente como o da boca, as bactérias devem tirar vantagem do alimento que está disponível. Então, da mesma forma que você consegue dar partida no seu carro se o tanque estiver cheio ou quase vazio, as bactérias na sua boca se tornam ativas se você comer uma boa refeição ou apenas algumas uvas. E elas permanecerão ativas – produzindo ácidos que podem causar cárie – por pelo menos 30 minutos após você ter comido. Isso explica o porquê da frequência das suas refeições ser um fator que contribui para a formação da cárie.

Outro fator é a retentividade de um alimento, por exemplo, quanto tempo um alimento permanece na boca depois de você come-lo. Se as bactérias pudessem lhe dizer o que comer, elas provavelmente pediriam alimentos que ficassem sobre e entre os dentes por horas depois de terminadas a refeição.

Qual é a comida mais grudenta que se conhece? Caramelos? Balas puxa-puxa? Eles parecem grudentos quando você os pega e duro de mastigar quando você os põe na boca… Mas, no que diz respeito à retentividade, nossa percepção táctil sobre o que é grudento não é muito apurada. Na verdade, alimentos como bolachas, bolos e batatas fritas – todos eles amidos cozidos – permanecem muito mais tempo na boca que um caramelo. O caramelo é quase todo açúcar, que se dissolve na saliva e deixa a boca relativamente rápido. Por outro lado, os amidos cozidos não se dissolvem na saliva permanecendo na boca até que as enzimas salivares os transformem em açúcares simples. Esse processo geralmente leva horas e, enquanto isso, as bactérias bucais se fazem de porcos microscópicos e secretam ácido destruidor de esmalte.
Considere o que significa se você:

  • Comer uma bolacha que grude nos seus dentes por mais de uma hora.
  • Ficar bebericando um refrigerante durante toda a tarde.
  • Tentar aliviar a garganta inflamada chupando pastilhas açucaradas, uma atrás da outra.

Alimentos anti cáries

Ao mesmo tempo que as idéias mudaram sobre quais alimentos promovem cárie, nós aprendemos mais sobre certos alimentos que parecem ajudar a proteger os dentes da cárie. Queijo – especialmente cheddar curado, Monterey Jack e suíço – estimulam o fluxo salivar e essa estimulação pode até ajudar a reparar pequenas áreas no esmalte dental onde a cárie havia começado a se formar. Sirva queijo como petisco, lanche ou também no final das refeições. De qualquer forma, você está sujeitando seus dentes à exposição prolongada de ácidos potencialmente prejudiciais.

Resultado: a dieta é apenas parte do quebra-cabeça

Tendo lido até aqui, você pode estar se perguntando se eu estou advogando pelo jejum como o preço infeliz que você deve pagar, para evitar cárie. Dificilmente. Eu acredito que há um lado positivo nisso tudo: uma vez que seus filhos não estejam constantemente “beliscando”, nós podemos parar de chamar a atenção deles a respeito da seleção dos alimentos (pelo menos no que concerne aos dentes).

Estudos numerosos dos anos 60 mostraram que a diferença mais consistente na dieta entre as crianças com muita cárie e aquelas com pouca ou quase nenhuma não era a quantidade de carboidrato dos alimentos ingeridos, mas sim a frequência com que eles eram comidos. Nos anos 60 também foi introduzido o flúor no creme dental; por volta de 1990 o número de pessoas que utilizavam pasta de dentes havia crescido dramaticamente, e mais de 95% de todas as pastas de dente encontradas no mercado continham flúor.

Grudento, mais grudento, o mais grudento

Aqui você encontra um guia para os “grudentos”. Ele mostra como 21 alimentos estudados pelas pesquisas odontológicas classificam-nos em termos de sua aparente habilidade de se fixar aos dentes e a partir daí contribuir para a formação de cárie.

  • Poucos grudentos: maçãs, bananas, sundaes, barras de chocolate ao leite. Moderadamente grudentos: pão branco, caramelos, bolo com recheio.
  • Mais grudentos: figo seco, balas de goma, doughnuts simples, uva-passa
  • Os mais grudentos: barras de cereais, granola, cookies de aveia, batata frita, bolachas salgadas, cereais de aveia, bolacha recheada, bolacha com creme de amendoim.

Como a maioria da população utilizando pasta fluoretada afora, mesmo a questão de frequência de alimentação se tornou menos significante do que era no passado. Como eu indiquei no início deste capítulo, conceitos sobre dieta e cárie têm mudado dramaticamente. Hoje, há uma ênfase decrescente em aconselhamento sobre dieta como estratégia mais eficaz na prevenção de cárieem crianças. Oconselho tradicional de se evitar doces grudentos e lanches entre as refeições não está sendo dado com tanta rigidez a crianças que estão livres da doença cárie, que estão expostas ao flúor e a um cuidado especial na higiene bucal. Muitas crianças precisam desses ” lanchinhos”, diariamente, par ajudar nas suas necessidades de nutrientes, e os pais devem escolher e oferecer esses lanches adequadamente. A maioria das crianças pode seguramente comer entre as refeições principais3 a4 vezes ao dia.

Esse número deve ser inofensivo à saúde bucal para a criança que:

  • Escova seus dentes duas vezes ao dia com pasta fluoretada
  • Obtém flúor suficiente de fontes como a água potável da cidade, pastas de dente fluoretadas, e tratamento de flúor tópico realizados pelo dentista
  • Tem selante protetor aplicado nas superfícies mastigatórias dos dentes
  • Faz visitas regulares ao dentista.