Todos os posts de imr

Sobre imr

Uma Organização Não Governamental, sem fins lucrativos que presta atendimento odontológico especializado principalmente a pacientes especiais, no bairro de Vila Isabel no Rio de Janeiro / RJ.

Odontologia Desportiva

Odontologia Desportiva e o desempenho dos atletas

Dra. Ana Paula Falcão de Moura*

Ao contrário do que se pensa, a Odontologia Desportiva não é uma especialidade odontológica ligada à Educação Física, mas sim uma área de atuação da própria Odontologia. Ela visa oferecer cirurgiões-dentistas com visão esportiva, a fim de melhorar o rendimento dos atletas, promovendo a saúde bucal e prevenindo possíveis lesões decorrentes de atividades esportivas. Por ter um enfoque multidisciplinar, ela reúne uma equipe de profissionais das mais diversas especialidades odontológicas, tais como: periodontia (gengiva e estruturas de suporte dentário), endodontia (tratamento de canais), próteses e implantes (reposição de dentes perdidos), ortodontia/ortopedia (correção de dentes mal posicionados e alterações ósseas), cirurgia e traumatologia buco maxilo facial (traumatismos decorrentes da prática esportiva).
Apesar de não ser matéria curricular nas faculdades e de não existirem cursos de formação específicos, há aulas e palestras como atividades extra curriculares, que visam informar o cirurgião-dentista sobre este novo campo de atuação, com enfoque preventivo e curativo.

Embora a Odontologia Desportiva no Brasil seja ainda muito jovem, já foi criada a Associação Brasileira de Odontologia Desportiva (Abrodesp), que além de dentistas, é composta por médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas e psicólogos. Além disto, no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo existe uma Comissão de Odontologia Desportiva, e, no Ginásio do Ibirapuera, foi formado o 1º Centro de Odontologia Desportiva do Brasil.

O atleta, por exigir mais do seu físico em relação às demais pessoas, necessita estar sempre atento à sua saúde, e a saúde bucal não pode ficar fora deste contexto. Constatou-se que o rendimento de um atleta pode ser reduzido se ele tiver algum distúrbio na sua saúde bucal. E ainda, por outro lado, seu rendimento está intimamente relacionado com a vitória ou a derrota. Deste modo, visando uma melhoria no desempenho do atleta, faz-se necessário um exame odontológico minucioso, a fim de promover o tratamento de eventuais doenças ou mesmo atuar de forma preventiva. É preciso planejar bem o tratamento do atleta, pois cuidados diferenciados devem ser tomados. Por exemplo: restaurações metálicas não são indicadas, por isso devemos ter cautela na prescrição de medicamentos. A restauração metálica, por ser muito dura e resistente, pode levar à fratura de dentes devido ao impacto sofrido durante a prática esportiva. Desta forma, recomendamos a restauração em resina, que no impacto é mais fácil de ser quebrada do que o dente. Já com os medicamentos, temos de ter cuidado para não interferirem no exame anti dopping.

Alterações bucais também podem levar à redução do desempenho do atleta, tais como: má oclusão (engrenagem entre os dentes), respiração bucal, perdas dentárias, desordens na ATM (articulação temporo-mandibular), problemas nos canais, alterações gengivais/periodontais, cárie dentária, raízes residuais, etc. Podem levar também ao aumento do risco de lesões (nas articulações dos joelhos, por exemplo) e dificuldade para recuperação de lesões, como as musculares, bem como diminuição da capacidade aeróbica, não aproveitamento do alimento ingerido (comprometimento da mastigação e consequente digestão), alterações na postura e na visão, dores de cabeça, zumbidos, estafa e fadiga precoce.

Desta forma, o tratamento do atleta abrange diversas especialidades odontológicas, cujo objetivo principal é promover sua saúde bucal, e claro, reabilita-lo, o que interfere na estética e auto estima. Mas temos uma grande preocupação: prevenir um risco a que atletas são expostos, que são os traumas desportivos, visto que são a terceira maior causa dos traumas faciais. Buscamos prevenir as fraturas dos ossos da face e dos dentes bem como lesões de língua, lábios e bochechas. O traumatismo dental é um problema de saúde pública, pois pode levar à perda dentária imediata (no momento do acidente) ou mediata (no decorrer do tratamento ou anos após, devido à reabsorção das raízes dentárias). Mas caso o trauma desportivo ocorra, podemos intervir corrigindo o dano anatômico e o distúrbio funcional.
Quando falamos em prevenção na Odontologia Desportiva, aí pensamos nos protetores bucais para prática de esportes. As modalidades de maior risco são os de contato, ou de impacto, como: boxe, judô, karatê, jiu-jitsu, luta greco-romana, sumô, futebol, basquetebol, voleibol, handebol, mountain bike, motocross, hockey in line, patins in line, etc. Nestes esportes, as chances do atleta sofrer contusões orofaciais durante a carreira variam de 33% a 56% . Podem ocorrer choques, cabeçadas, cotoveladas, traumatismos crânio faciais, fraturas nasais, ferimentos corto-contusos e lacerantes, e até mesmo quedas acidentais ou agressões físicas como socos e pontapés.

Agindo preventivamente, os protetores bucais atuam de duas maneiras: protegendo os dentes de fraturas ou avulsões (arrancamentos) e prevenindo lesões nas bochechas, língua e lábios. Segundo a Academia Norte-Americana de Odontologia Desportiva, o uso de protetores bucais na prática esportiva reduz em até 80% o risco de perda dentária. Nos Estados Unidos e Europa, usar equipamentos de segurança é lei em inúmeras competições esportivas, mas no Brasil o uso de protetores bucais ainda é restrito à praticantes do boxe.

Existem três tipos de protetores bucais: os pré-fabricados (com tamanhos P, M e G), os termoplásticos (também pré-fabricados,) e os confeccionados pelo dentista. Os dois primeiros não têm boa adaptação à arcada dentária, interferem na fala, na respiração e na tensão muscular do atleta, que morde, aperta constantemente para não sair do lugar. O segundo leva o atleta a riscos de queimaduras na boca, pois é posto na pessoa após ser tirado de imersão na água quente para amolecer e melhor adaptar-se à arcada dentária, é o famoso “ferve e morde”. O terceiro tipo é definitivamente o melhor para o desempenho do atleta, pois é confeccionado após moldagem da arcada dentária, e é personalizado, pois não atrapalha na respiração e  se pode ingerir líquidos sem retirá-lo da boca. Os protetores duram em média 1 ano, devem ser lavados com água corrente após o uso e armazenados em estojos próprios. Devem ser trocados nas crianças e adolescentes com certa regularidade, devido ao crescimento ósseo, ou sempre que o atleta apresentar alterações drásticas de peso.

A atuação da Odontologia Desportiva no Brasil só tende a crescer, a exemplo do que já acontece nos Estados Unidos e Europa. A tendência é que academias, clubes, federações esportivas e escolas passem a divulgar e a solicitar a necessidade de meios de proteção para a prática de esportes de uma maneira geral, quer seja dos seus associados, atletas ou alunos. Além disso, encaminhar o atleta/aluno/associado para um exame odontológico, a exemplo do que ocorre em relação à avaliação física. Enfim, prevenir é o melhor caminho, pois é mais barato saudável. Portanto, vamos nos cuidar.

* Dra. Ana Paula Falcão de Moura é Cirurgiã Dentista Pós Graduada pela Universidade de São Paulo
___________________________________________________________________________________________

 

Odontologia Desportiva – O Esporte e a Saúde Bucal

Dra. Érika Sequeira
Cirurgiã Dentista

 

Os esportistas exigem muito do seu físico e por isto devem ter maiores cuidados com sua saúde e a saúde bucal não pode ficar fora deste conjunto.

A Odontologia, ciência que promove a manutenção de todo sistema estomatognático, começa a desenvolver uma nova área do conhecimento com grandes chances de crescimento e expansão: a Odontologia Desportiva.

Recente, ainda pouco conhecida e divulgada a Odontologia Desportiva não é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia e não é matéria oferecida na graduação, existindo apenas aulas e palestras extra curriculares.

É uma área de atuação da Odontologia ligada à Educação Física que se propõe a oferecer aos atletas, profissionais ou não, cirurgiões dentistas com uma visão esportiva a fim de melhorar os seus rendimentos através da manutenção da saúde oral e prevenindo e/ou tratando possíveis lesões decorrentes das atividades esportivas.

Sua atuação se dá em clubes, academias, federações e confederações esportivas, trabalhando em conjunto com a medicina esportiva, fisioterapia, educação física, nutrição, fonoaudiologia, psicologia esportiva e outras áreas ligadas ao esporte.

Quem pratica esportes deve ter condições físicas adequadas para competir sem riscos ou diminuição do rendimento físico.

Entre outros objetivos da Odontologia Desportiva está garantir uma excelente saúde bucal ao desportista, detectando fatores prejudiciais a ele, como: respiração bucal, posicionamento dos dentes inadequados e administração de medicamentos com substâncias que possam causar doping positivo.

O rendimento de um atleta pode diminuir por vários motivos, entre outros, estão:

 

Má oclusão – o que gera problemas de mastigação, podendo prejudicar a absorção dos nutrientes, assim como pode provocar desequilíbrios musculares e problemas na articulação temporo-mandibular.

 

Dor e desconforto – que são suficientes para prejudicar o desempenho e a concentração. Uma simples dor de dente pode fazer a diferença em um prova decisiva.

 

Foco infeccioso na boca – o que representa o comprometimento da saúde dos dentes (um canal aberto significa 17% de queda no condicionamento) e/ou no periodonto (gengiva e tecidos de sustentação) e de outros órgãos do corpo, espalhando-se através da corrente sanguínea, provocando risco para o coração, lesões nas articulações e dificuldade de recuperação em lesões musculares.

 

Respiração bucal - o que representa um atleta que pode ter um rendimento físico 21% menor se comparado com um que respira pelo nariz.

 

Hábitos viciosos (roer unhas, ranger dentes) – abrasão e desequilíbrio.

Geralmente os atletas (profissionais ou amadores) são tratados de forma convencional, o que é um equívoco, porque o tratamento de um esportista, principalmente aquele que compete deve ser diferenciado de uma pessoa comum. Como exemplo: as restaurações devem ser analisadas e substituídas por material metálico ou resinoso segundo o impacto que determinado esporte pode ocasionar.

Atletas precisam deste tratamento diferenciado, com um profissional preparado, não somente durante o tratamento, mas na prevenção e tratamento de traumas. Além de ter o atendimento local e encaminhamento ao tratamento ambulatorial ou hospitalar quando necessário.

Estes profissionais buscam prevenir as fraturas dos ossos da face e dos dentes, bem como lesões de língua, lábios e bochechas e avulsões (arrancamentos).

Os traumas esportivos mais comuns são: fraturas de coroas em vários níveis, com ou sem comprometimento pulpar, lesões de tecidos moles e de tecidos de sustentação como concussão, subluxação extrusiva, luxação lateral, luxação intrusiva e avulsão.

Os traumas desportivos correspondem ao terceiro atendimento de traumas na face e chegam a ser um problema de saúde pública, pois podem levar a perda dental imediata (momento do acidente) ou mediata (no decorrer do tratamento ou anos após).

Esportes radicais (mountain bike, motocross, hockey inline, patins inline, skate, etc), artes marciais (judô, jiu-jitsu, karatê), lutas (greco-romana, sumô) e esportes de quadra (voleibol, handebol, futebol de salão, etc.), são os que mais expõe os atletas a fraturas dentais. Nestes esportes o risco de sofrer contusões orofaciais durante a carreira variam de 33% a 56%, pois são esportes de contato e de grande competitividade.

Segundo a National Youth Sports Foundationm cerca de 5 milhões de dentes são perdidos por ano em atividades esportivas.

Segundo a ADA – American Dental Association, pelo menos 200 mil traumas são evitados devido as prevenção destes acidentes fazendo-se o uso de protetores bucais.

Os protetores funcionam como almofadas distribuindo as forças durante o golpe, prevenindo, assim, a laceração e equimose dos lábios e bochechas durante o impacto, protegendo as estruturas dentais e periodontais. Estes reduzem o número e a gravidade de danos as estruturas bucais causados por quedas e pancadas na região.

Segundo a Academia Americana de Odontologia Desportiva o uso deste aparelho diminui em até 80 % o risco de trauma dental. Cada desportista envolvido em um esporte de contato tem 10% de chance de desenvolver um acidente dental ou oral, sem o uso do protetor bucal personalizado e o risco de sofrer um ferimento nos dentes aumenta mais de 60 vezes. Sendo bem adaptado o protetor bucal não atrapalha a respiração do atleta, possibilitando uma fala fácil e a ingestão de líquidos sem que precise tirá-lo da boca.

Existem protetores bucais e placas de mordida que variam conforme o tipo de esporte. Eles são encontrados em lojas de materiais esportivos ou ainda melhores, podem ser confeccionados em consultório pelo cirurgião dentista de acordo com a necessidade de proteção do atleta.

Existem os seguintes tipos de protetores bucais:

 

Ferve e morde, que são de silicone-termoplásticos (ferve e coloca na boca, o que pode ocasionar queimaduras) e são vendidos em lojas de artigos esportivos (tamanho único ou hoje já existe P,M e G). Durante a prática do esporte o atleta tem que ficar com a boca fechada para não cair, há uma falsa sensação de segurança e como não se adapta perfeitamente à boca, pode causar ferimentos.

 

Personalizado, é uma placa de silicone, prensado sobre um modelo da arcada de gesso do atleta, bem mais sofisticado. Promove, mais conforto e maciez. Pode ser colorido ou transparente. Necessita de no mínimo duas consultas ao dentista: a primeira é para um exame clínico onde ocorre uma avaliação de suas condições bucais, tipo de mordida, se usa aparelho ortodôntico e outras informações, e para se fazer moldagem e escolher a cor.
A segunda é para a colocação (instalação do protetor) e ajustes, se necessário.

Os protetores bucais duram em média 01 ano, antes e após o uso devem ser lavados em água corrente e armazenados em estojos próprios.

Devem ser trocados nas crianças e adolescentes com certa regularidade (em período mais curto de tempo), devido ao crescimento ósseo ou sempre que o atleta apresentar mudanças significativas de peso.

É importante conscientizar o atleta que o uso do protetor bucal deve ser durante os treinamentos e competições e alertá-lo que haverá uma fase inicial onde seu rendimento poderá diminuir, mas que após a adaptação ele estará protegido e com seu desempenho normal.

Concluindo o trabalho do dentista na Odontologia Desportiva se faz no:

 

Diagnóstico em saúde oral (exame clínico, anamnese, exames complementares) na busca de focos de infecçoões bucais (dentárias ou periodontais – que podem vir a diminuir a resistência do atleta); desordens musculares; diagnóstico de lesões bucais; identificar maloclusões; hábitos viciosos; promover a melhoria estética e auto-estima; etc.

 

Atendimento emergencial, na busca de realizar intervenções imediatas a problemas de origem traumática.

 

Atendimento preventivo, na busca de prevenir acidentes, desordens ou problemas bucais; educação de técnicas adequadas de escovação; indicação de controle do consumo de alimentos cariogênicos; aplicação de fluorterapia e outros métodos preventivos e promover o estímulo para a realização do auto-exame na busca pela prevenção do câncer bucal.

A Odontologia trabalha e evolui a cada dia para poder que oferecer o que há de melhor ao atleta e a todos que buscam a saúde e o bem estar com qualidade de vida. Espero que a esta área da Odontologia cresça na medida em que lhe é dada à devida importância.

Bibliografia:

  1. Odontologia Desportiva – Atendimento odontológico aos jogadores das seleções brasileiras de futebol – Araújo, C.S.; Comark, E.F.; em http://www.odontologia.com.br (09/12/2004).
  2. Odontologia Desportiva – Souza, E.R.; em http://www.acdssv.com.br (09/12/2004).
  3. Odontologia Desportiva; em http://www.querosaude.net/noticias (09/12/2004).
  4. Ocorrência de traumatismo dental e nível de esclarecimento e uso do protetor bucal em diferentes grupos de esportistas – Ferrari, C.H.; Jr. Simi, J.; Medeiros, J. M. F. de; em http://www.odontologia.com.br (09/12/2004).
  5. Odontologia Desportiva – para ter um sorriso campeão; Tassitani, C.; em http://plasticaebeleza.terra.com.br/35/odontologia/desportiva.htm (09/12/2004).
  6. Odontologia Desportiva em ação; Seixas; L.; em http://www.odontologia.com.br (09/12/2004).
  7. Atletas que tratam os dentes têm maior desempenho esportivo (09/12/2004).
  8. Odontologia desportiva e o desempenho dos atletas; Moura, A.P.F.; em http://www.hospitalar.com/opiniao/ (09/12/2004).

Érika Sequeira
erikaseq@telemedicina.fm.usp.br
Cirurgiã-dentista.
Especialista em Prótese Dental.
Pós-graduada em Geriatria e Gerontologia.
Coordenadora da Teleodontologia da Telemedicina da FMUSP

O que é um Protetor Bucal?

O que é um protetor bucal?

Um protetor bucal é um aparelho que se encaixa nos dentes para protegê-los de qualquer tipo de impacto. Os protetores bucais devem ser usados sempre que a pessoa participa de atividades esportivas que envolvam a possibilidade de quedas, contatos físicos bruscos ou choques com objetos voadores, tais como futebol, basquetebol, beisebol, rugby, hóquei, skates, ginástica, ciclismo ou qualquer atividade que possa produzir ferimentos na área da boca.

Os protetores bucais geralmente cobrem os dentes superiores e são projetados para evitar a fratura de dentes, corte nos lábios ou qualquer outro dano à boca. Se você estiver usando aparelho ou prótese dentária na arcada inferior, é provável que seu dentista sugira o uso de protetor bucal nos dentes inferiores também. 

Que tipos de protetores bucais existem?

Independentemente do tipo, todo protetor bucal deve ser flexível, resistente à ruptura e cômodo de usar. Deve também adaptar-se na sua boca de forma a não restringir a fala ou respiração. Os três tipos de protetor bucal disponíveis no mercado são:

  • Protetores feitos sob medida: São diferentes para cada usuário e feitos pelo seu dentista ou por um laboratório. Por serem feitos sob medida, são extremamente confortáveis e oferecem excelente proteção. Para fazê-lo, o dentista tirará um molde de seus dentes e construirá o protetor em cima do molde. A maioria dos atletas prefere este tipo de protetor, pelo conforto que proporcionam. Mas, não se pode esquecer que infelizmente também são mais caros.
  • Protetores moldáveis em água quente: Todos os protetores deste tipo têm a mesma forma, que pode ser alterada. Para alterar a forma do protetor, coloque-o em água quente para amolecer e morda o plástico aquecido para conseguir um bom encaixe nos dentes. Este tipo de protetor pode ser adquirido em lojas de produtos esportivos e são mais confortáveis que os protetores comuns. Siga cuidadosamente as instruções para evitar ficar com um protetor que não se ajusta bem a seus dentes.
  • Protetores comuns: Baratos e pré-moldados, estes protetores são prontos para o uso. Contudo, muitas vezes não se ajustam bem aos dentes e chegam a dificultar a fala e a respiração. 

Quanto tempo dura um protetor bucal?

Ideal seria trocar seu protetor bucal a cada temporada porque, com o passar do tempo, se desgastam e o coeficiente de proteção se reduz. É importante que os adolescentes troquem seus protetores com certa freqüência porque tanto a boca quanto os dentes estão em fase de crescimento. Muitos esportistas pedem que seu dentista faça novos protetores sempre que fazem a revisão dentária, a cada seis meses.

Medo do Dentista

MEDO DE DENTISTA

Inacreditável, ininteligível e até inadmissível em pleno século XXI, o renitente “medo de dentista”, que é um indicador eloquente de que a Odontologia evoluiu muitíssimo tecnicamente e pouco na sua imagem exterior, sinais evidentes de que ela precisa ser mais divulgada e promovida em seus avanços.

Os vários fatores psíquicos, psicológicos e psicossomáticos envolvidos, desde o temor cultivado na infância (“se não comer vou te levar no dentista”) até a aceitação social da falta de dentes, são mais próprios para análise dos profissionais especialistas de cada área pertinente.

Vamos nos ater em pontos que podem ser minimizados ou contornados com iniciativas de marketing, para um melhor posicionamento da classe perante sua potencial clientela, algumas vezes distante exatamente por falta ou falha de comunicação, que embora simplistas, podem emprestar colaboração.

Indo direto ao ponto, um deles é o tempo de espera na sala de espera, que por este motivo deveria ter sua denominação trocada por ante sala, recepção, sala vip ou outro da preferência e conveniência de cada um, para não dar a ideia ao paciente, logo em sua chegada, de que irá ter de esperar.

Como boa parcela dos Cirurgiões Dentistas hoje trabalha com hora marcada, os pacientes imaginam que não deveriam esperar. Não por outro motivo, que não o martírio que para muitos significa momentos de estresse, angústia ou até pavor, principalmente quando alguns ruídos podem ser escutados.

Uma maneira de evitar atrasos poderia ser treinar melhor as atendentes responsáveis pela marcação da agenda, para balancear o agendamento, considerando e distribuindo os diferentes procedimentos durante o dia, como já abordamos nos livros Marketing Odontológico e Marketing para Atendentes.

Outra seria um trabalho constante, contínuo e incansável de desmistificar alguns, hoje, falsos mitos que podem levar medo aos atuais e futuros pacientes:
Motorzinho era o de corda, do tempo em que os aviões ainda tinham motor, já que hoje a maioria tem turbina, o que diminuiu consideravelmente o medo de avião … e de dentistas.

Picada da agulha era no tempo em que ainda não existia o pré-anestésico e de quando as agulhas não eram tri-biseladas e siliconizadas. Cadeira de dentista metia medo quando ainda era quadrada e dura. Hoje é sabido por todos os CD’s (pena que não pela população) ser a mais confortável dentre todas.

Dentro deste conceito de mudança de imagem, o próprio símbolo da Odontologia, a serpente, que boa parte não sabe bem o seu significado ou sentido e da qual a maioria tem medo, poderia ficar só para os impressos oficiais das entidades, sendo substituída pela imagem mais bonita e atrativa, que é justamente uma das razões de ser da profissão: o sorriso.

Para completar os retoques na imagem do Cirurgião Dentista, que outrora eram predominantemente masculinos e hoje alegremente mais femininos, antes sisudos e de pouco diálogo (até pelo paciente estar de boca aberta e necessidades do profissional pela biossegurança), o bom humor.

Esta mudança pode ser desenvolvida pela troca do corriqueiro “jogar conversa fora”, por algumas piadas ou estórias bem humoradas, que como contribuição reuni nos livros Odontopiadas e Odont’humor. Que se bem contadas, descontraem e ajudam a desmistificar a imagem do profissional.

A bem da verdade, todos nós gostamos mais de pessoas bem humoradas, que nos atendam com alegria e não raras vezes alguns radicalizam, não aceitando serem tratadas por pessoas que não o tenham. Tomara que em um dia não muito distante, muitos digam: “o meu dentista é muito legal, conta até umas piadas para distrair a gente”.

ODONTOFOBIA  – Ansiedade dentária e fobia de dentista.

ANSIEDADE DENTÁRIA

A maioria das pessoas tem algum receio de frequentar o consultório dentário.

Estima-se que 8% da população apresenta um quadro de ansiedade exacerbada em relação ao dentista, indo ao consultório com dificuldade, devido a um quadro agudo e doloroso. Apresentam ansiedade de antecipação, antecipando que algo muito ruim possa acontecer. O medo acentuado da dor aumenta a sensação subjetiva da mesma. Podem estar presentes sinais fisiológicos de ansiedade, como aumento da frequência cardíaca, respiração ofegante, sudorese, tremores, tensão muscular, entre outros.

Pode ser provocada por acontecimentos anteriores consigo ou com pessoas próximas, desinformação, medo do desconhecido, sensação de imprevisibilidade e outros. Porém, o melhor preditor para um quadro de ansiedade é a presença de outro quadro de ansiedade. Muitas dessas pessoas apresentam ansiedade em outras situações. Podem ter comportamentos obsessivo-compulsivos, serem portadores de transtorno de pânico, de outras fobias, de ansiedade crônica (um tipo de ansiedade caracterizada por preocupações excessivas e recorrentes), de ansiedade ou fobia social (um tipo de timidez altamente incapacitante).

A ansiedade dentária pode não impedir o tratamento, mas dificulta e muito o trabalho do profissional que deverá munir-se de paciência para a execução do mesmo.

FOBIA DE DENTISTA

O que define uma fobia e a diferencia da ansiedade “comum”?
 A presença da evitação, da esquiva para escapar do mal estar do estímulo fóbico e a exacerbada ansiedade de antecipação. Só de pensar em ir ao dentista estas pessoas apresenta intenso sofrimento.

Na fobia dentária pode ocorrer um autêntico ataque de pânico do cliente ao adentrar a sala do profissional. Diante do estímulo foiço a pessoa apresenta taquicardia, sufocação, ondas de frio ou de calor, sudorese, tensão muscular, pernas bambas. É acometido por violenta onda de terror e tem a sensação de que vai morrer, ter um ataque cardíaco, ficar louco ou perder o controle da situação. É uma das mais aterrorizantes sensações narradas pelo ser humano. Há casos de desmaio na cadeira do profissional.

O medo apresentado é desproporcional à situação e reconhecido como tal, mas inevitável. A pessoa “sabe”,  mas não consegue “deixar de sentir”. A mera sugestão de uma consulta, a pessoa apresenta pensamentos catastróficos. Sua autoestima está bastante comprometida. Para evitar o sofrimento psíquico a pessoa não vai ao dentista, com evidente prejuízo para sua saúde bucal que muitas vezes apresenta sérios prejuízos.

Entre os estímulos fóbicos mencionados pelos pacientes podemos citar a anestesia, vibração do motor, medo de injeção, anestesia, sangue, odor característico de materiais, roupa branca do dentista, entre outras.

Ocorre em 4% da população, aproximadamente.

Algumas formas de odontofobia podem suceder a um ataque de pânico. A pessoa sente medo de “ter aquilo de novo” e não ter como ser socorrida. Aqui teríamos um caso de agorafobia e não uma fobia de dentista. Mas isso fica para a próxima.

 

MEDO DE DENTISTA (crianças)

O tratamento dentário sempre causou muito medo às pessoas.

O equipamento, os instrumentais, os aparelhos usados antigamente causavam, no mínimo, um desconforto grande ao paciente, isto sem dizer da dor propriamente.

Não havia agulhas descartáveis. As utilizadas, precisavam ter grosso calibre para poderem suportar as diversas vezes em que eram desinfetadas nos ebulidores. Ao se aplicar uma anestesia, portanto, com uma agulha destas, é evidente que se traumatizava mais do que o necessário.

Para uma cavidade ser aberta, usava-se a caneta de baixa rotação e esta só funcionava bem sob pressão. Além da força, o paciente sentia também o trepidar até mesmo da cabeça toda. Um horror!

Estas práticas todas, comuns para a época, causavam, no entanto, muita dor ao paciente.

 

E foi assim que se espalhou a notícia de boca em boca: dentista passou a ser sinônimo de DOR.

As mães, por sua vez, alertavam seus pequenos:

“- Se não comer o espinafre com jiló, te levo ao dentista prá ele arrancar teu dente!”

O DESCONHECIDO

O paciente, criança ou adulto, vinha então ao consultório como quem vai para o matadouro. Certo, absolutamente certo que ia sofrer.

Este conceito foi se efetivando pelos motivos citados anteriormente e também porque, isto em especial para crianças, o consultório de um dentista, com todos aqueles equipamentos, todos aqueles instrumentais, tudo tão grande, tão atemorizante, representava o desconhecido e nós temos sempre medo do desconhecido!

Quando este desconhecido se torna conhecido, o medo desaparece (ou diminui muito).

Baseada neste princípio tão simples é que venho, há alguns anos, realizando um trabalho com mães e crianças, já que sou Dentista da rede pública de saúde.

DESSENSIBILIZAÇÃO

Dei este nome pomposo àquilo que faço e que, felizmente, tem surtido um efeito muito bom.
Consiste em 3 etapas:

1ª Etapa:

As crianças novas são marcadas todas para o mesmo dia, no mesmo horário. O número ideal é6 a7.

2ª Etapa:

Conversa com as mães: crianças e mães são reunidas em uma sala. Esta conversa tem como objetivo dar às mães as seguintes noções:

  O que é um dente: que partes o compõem
  A má higiene causando cárie e problemas endo periodontais.
  Como o dentista age para extrair um dente (desfazendo os ligamentos) e a mesma ação executada pelo tártaro.
  A importância da integridade da polpa.
  As duas dentições: quando nascem e sua importância.
  O valor do dente de leite
  A escova dental e a higienização bucal
  Perguntas mais frequentes que as mães fazem ao dentista:
     O antibiótico estraga os dentes?
     E o Sulfato Ferroso (tão indicado para anemias)?
     Dente decíduo, implantado ainda e já erupcionando o permanente
       (as mães entram em pânico quando isto acontece)
     Doces: o que fazer? Dar ou não?
     Chupeta ou dedo? Qual o menos ruim?

Esta conversa dura em média meia hora e é tida como objetivo de dar alguma orientação às mães para que possam perceber a importância de dentes sadios em seus filhos. E também para mudar a mentalidade de certas mães (e muitas até) de que, dente de leite cariou, é melhor extraí-lo já que ele não serve para nada.

Os termos usados nesta conversa devem ser os mais simples mesmo que se perceba presentes mães diferenciadas. É que, diferenciadas ou não, as pessoas quase nada sabem de dentes. Além do que ninguém está ali para uma aula técnica. As palavras devem, precisam ser de fácil entendimento.

O importante é que não se transforme em uma palestra, embora o quadro-negro deva ser utilizado (o que lembrará uma aula) mas tudo deve ser feito para incentivar perguntas. E o interessante é que as perguntas brotam como nem se imaginava.

As crianças estão também nesta sala. Geralmente não se manifestam mas é incrível observar, mais tarde, como informações que transmitimos nesta ocasião, foram assimiladas por elas.

3ª Etapa:
AS CRIANÇAS

Após a conversa, todos se dirigem para o consultório (mães e crianças). As mães são orientadas para ficar em silêncio, só observando. A ideia é fazer com que a criança se concentre mais no dentista. Aqui é que vai iniciar o contato entre o profissional e paciente: a amizade, a confiança, a simpatia.

As crianças então rodeiam a cadeira. O dentista inicia mostrando como ela sobe e desce. Cada paciente aperta o mesmo botão (ele está começando a dominar o “desconhecido”).

Pede-se alguém para sentar ali, algum voluntário. Neste momento o dentista já pode ir observando com que personalidades vai trabalhar. É muito comum ninguém querer sentar. Se isto acontecer, basta apenas convidar aquele que já demonstrou alguma “coragem”(geralmente os maiores). Neste capítulo é também bom lembrar que sempre se deve escolher a criança que possua cárie iniciante.

Não acho recomendável qualquer exodontia na primeira consulta.

Muito bem. A criança já está sentada e os outros estão à sua volta. O profissional mostra como funcionam os botões da seringa tríplice. Para que serve o ar, para que serve a água. Todos experimentam os botões, valendo até mesmo alguma brincadeira de lançar água um no outro.

Depois é a vez do sugador.

Pronto. Agora vamos para o alta rotação. Esta parte deve merecer cuidados. É a parte talvez principal. A caneta é demonstrada com histórias (cada dentista deve ter a sua). Eu falo do chuveirinho parecido com o que se temem casa. A broca é passada no dorso da mão de cada paciente. Explica-se a seguir que, apertando o pedal, vai sair água do chuveirinho. Costumo aqui, para “desarmar” a criançada, borrifar água no rostinho delas. Elas gostam!

Agora vamos à cárie. Passa-se o alta rotação, removendo a cárie o quanto possível para que não cause dor. Elas perguntam se está doendo e a resposta do paciente é sempre “não” porque o dentista soube escolher o dente.

Depois vem o fechamento da cavidade que pode ser com IRM ou amálgama. Todas participam, ajudando a preparar o material.

É só isto.

O interessante é observar que aquela pequena, mais arredia no início, já começa a se aproximar e depois do terceiro ou quarto ter sido atendido, é comum ela querer sentar também.

E para completar, cada criança ganha uma bola feita com as luvas que o dentista usou.

 

Halitose

MAU HÁLITO

O mau-hálito ou halitose (também conhecido como bafo, bafo de onça, bafo de bode e etc.) é o odor desagradável oriundo: dos pulmões, da cavidade bucal ou do estômago através da respiração.
Geralmente este odor não é percebido pelo paciente, pois o olfato se adapta rapidamente a qualquer odor constante, sendo assim é facilmente percebido por terceiros do que pelo próprio portador da halitose.

O mau-hálito ou halitose é um sinal de que existe algo de errado no organismo, ou seja, existe um desequilíbrio em seu organismo e ele deve ser identificado e tratado, a maioria dos casos de mau-hálito deve-se de problemas com origem bucal, mas existem outras que estão associadas a problemas de estômago, por exemplo.
Existem diversos tipos de halitose, uma delas é a halitose matinal, este tipo não é considerado um problema, pois acontece devido a uma leve hipoglicemia, à redução do fluxo salivar durante o sono e ao aumento da flora bacteriana.

Como posso saber se tenho mau hálito?
Existem vários testes para você fazer para detectar o mau hálito, como o auto exame, pegue um espelho e confira se existe uma saburra lingual (espécie esbranquiçada ou amarelada) que pode ser percebida na parte de trás da língua.
Pergunte a uma pessoa de confiança ou a uma criança se ela sente algum mau odor bucal.

Como posso me prevenir do mau hálito?    
- Passe o fio dental e escove bem os dentes, limpando também a língua sempre após qualquer refeição;
- Consulte regularmente um dentista;
- Realize bochechos com produtos antissépticos, pois eles ajudam a combater o mau hálito;
- Tenha uma dieta balanceada, evite ficar comendo besteiras a toda hora;
- Beba pelo menos dois litros de água por dia;
- Controle seu estresse, pois ele pode causar o mau hálito.
- Evite o excesso de comidas gordurosas, cigarros, café, frituras e etc.

O Tratamento varia de pessoa por pessoa, geralmente pode estar associados a problemas bucais como a cárie, mas é recomendável você consultar algum especialista que poderá auxiliá-lo na resolução do problema, entretanto você é a peça fundamental no combate ao mau hálito.

Você Sabia?
As pessoas que sofrem do mau hálito podem sofrer grandes constrangimentos sociais, afetivos e até profissionais, por isso é muito importante preveni-lo. Chicletes e Balinhas são apenas artifícios que mascaram o problema, mas possuem ação passageira.

Mau hálito Não há quem goste de conviver com o odor desagradável do mau hálito. Mas o grande problema é que quem sofre disso é sempre o último a perceber. Por essas e outras razões, são poucas as pessoas que realmente buscam auxílio de um dentista para tratar esse distúrbio.”Embora não seja uma doença, o mau hálito é a consequência de que algo está errado em nosso organismo e, portanto, deve ser identificado e tratado”, afirma o cirurgião-dentista e estomatologista, Jorge Scaff Júnior. O especialista diz ainda que 90% das causas do mau hálito começam na boca e os outros 10% no resto do organismo.

 

Existem inúmeros tipos de mau hálito, entre os quais um deles é comum e afeta todas as pessoas: o hálito da manhã que, assim como os demais tipos, é causado ela diminuição do fluxo de saliva na boca.

Veja as outras principais causas que podem estar atreladas ao mau hálito:

Jejum prolongado.

Dietas inadequadas, provocadas pela alimentação em excesso de alho, cebola, café, gorduras e frituras, cigarro e bebida alcoólica.

Uso de remédios que induzem à baixa produção de saliva, como antidepressivos, medicamentos contra diabetes, problemas cardíacos e remédios para dormir.

Sessões de radioterapia, por conta da incidência de câncer de boca, e quimioterapia.

Doenças provocadas pela falta de higienização, como gengivite e cáries, além de outros distúrbios, como diabetes, problemas no fígado, prisão de ventre e problemas renais.

Uso de prótese dental

Algumas pessoas podem ser resistentes a procurar um tratamento para mau hálito, mas é uma questão de cuidar da saúde como um todo e evitar constrangimentos sociais, afetivos e profissionais. “É sempre gostoso ter alguém do seu lado com hálito agradável e sorriso bonito. Isso torna a pessoa até mais simpática”, conclui Scaff.

Para prevenir e tratar essas causas, Scaff dá algumas dicas. “É fundamental que as pessoas visitem o dentista regularmente para evitar as doenças na boca e identificar se o fluxo salivar não está alterado”, ressalta. Ele aconselha também fazer uma boa higiene dos dentes, gengiva, prótese dental e língua. Além disso, não é recomendável fazer bochechos com produtos que contém álcool, nem ficar sem comer por muito tempo. O especialista sugere ainda, que as pessoas bebam bastante água e façam uma dieta rica em fibras, com alimentos como verduras, carnes e frutas.

 

Halitose

 

O que é?

Mau Hálito ou Halitose é o odor desagradável e, muitas vezes, repugnante do ar expelido pelos pulmões. Pode ter diversas causas, e varia com o período do dia e a idade da pessoa, agravando-se à proporção que a fome aumenta. É mais facilmente percebido por estranhos do que pela própria pessoa portadora de halitose.

O mau hálito matinal não é, no entanto, considerado um problema, pois é fisiológico, presente em 100% da população. Ele acontece devido a leve hipoglicemia, a redução fluxo salivar durante o sono, além do aumento da flora bacteriana anaeróbia proteolítica. Esses microrganismos atuam sobre a descamação natural da mucosa bucal e sobre proteínas da própria saliva, gerando componentes de cheiro desagradável (chamados de compostos sulfurados voláteis ou CSV).

Esta halitose matinal, no entanto deve desaparecer após a higiene dos dentes (com fio dental e escova), da língua e após a primeira refeição da manhã, caso contrário, pode realmente ser considerada mau hálito.

Causas

A halitose pode ser causada por diversos fatores: Bucais e não bucais, fisiológicos (que requerem apenas orientação) ou patológicos (que requerem tratamento).

Dentre os fatores bucais, a causa mais comum é a higiene oral deficiente e consequente formação de saburra lingual e placas dentárias. A higienização precária da língua (levando à formação de saburra), reentrâncias retentoras de alimentos, cáries, substâncias plásticas usadas na confecção de dentaduras e pontes (por infiltração de líquidos bucais), são outras causas bucais importantes.

A saburra é um material viscoso e esbranquiçado ou amarelado, que fica aderida ao dorso da língua, principalmente no terço posterior. A saburra equivale a uma placa bacteriana lingual, em que os principais microrganismos presentes são do tipo anaeróbios proteolíticos, os quais, conforme foi explicado para a halitose da manhã, produzem componentes de cheiro desagradável no final do seu metabolismo.

Já as causas extrabucais mais frequentes são as doenças da orofaringe, bronco-pulmonares, digestivas, alcalose, doenças hepáticas, perturbações do sistema gastrointestinal, diabetes (odor de acetona ou fruta), nefrite (odor amoniacal característico devido à concentração de ureia na saliva e sua decomposição em amoníaco pelas bactérias), tabagismo, doenças febris, deficiência de vitamina A e D, intestino preso, estresse e causas desconhecidas. Também são fontes de mau cheiro, as próteses mal adaptadas e as restaurações defeituosas. Hoje sabemos que o estômago tem pouca participação na gênese desse odor desagradável, o que pode ocorrer durante o vômito ou em casos de eructação.

Consequências

A simples presença de mau hálito, apesar de não ter grandes repercussões clínicas para a pessoa, pode, na maioria das vezes, provocar sérios prejuízos psicossociais. Os mais comumente relatados são a insegurança ao se aproximar das pessoas, a depressão secundária a isso, dificuldade em estabelecer relações amorosas, esfriamento do relacionamento entre o casal, resistência ao sorriso, ansiedade, e baixo desempenho profissional, quando o contato com outras pessoas é necessário.

Diagnóstico

O diagnóstico é facilmente feito, pela história clínica e constatação do mau cheiro característico. Inicialmente deve-se tentar eliminar as possibilidades de causas fisiológicas e halitose secundária a outras doenças.

A investigação inicial inclui o exame detalhado da boca, da língua e da parte dentária, em busca de sinais de higienização precária, gengivites e periodontite, além da saburra lingual.

Hoje já existem, no entanto, métodos complementares que auxiliam este diagnóstico. Dentre eles está a sialometria (medida do fluxo salivar) e a halimetria. Esta última é conseguida através de um moderno e portátil aparelho que mede, em partículas por bilhão, a quantidade dos compostos sulfurados voláteis, presentes na boca. O halurímetro permite uma avaliação da gravidade do problema, além do acompanhamento da evolução do tratamento e do diagnóstico de pacientes com halitose psicogênica.

Como se previne?

A prevenção é a medida mais importante no caso do mau hálito, e acaba sendo a principal forma de tratamento. Deve-se ter cuidado com a alimentação e, principalmente, com a higiene bucal.

No caso de tendência ao mau hálito, deve-se evitar carne gordurosa, fritura, repolho, brócolis, couve-flor, alho, cebola. Deve-se dar preferência ao leite desnatado e ao queijo branco ou ricota, evitar bebidas alcoólicas, fumo e medicamentos com cheiro acentuado.

A alimentação rica em cenoura, maçã, e outros alimentos fibrosos auxilia na promoção de uma limpeza total na parte dos dentes, na linha das gengivas.

Uma boa frequência de ingestão de água e de alimento que contenha algum carboidrato também é muito importante.

A higiene bucal e lingual deve ser caprichada. Os dentes devem ser bem escovados, sempre que necessário, principalmente após cada refeição. A língua deve ser limpa com raspadores específicos, a cada escovação de dentes, para a eliminação da saburra. O uso de fio dental e a realização de bochechos (com uma pitada de bicarbonato de sódio ou antissépticos bucais) melhoram significativamente este problema.

Também pode ser feita uma estimulação da produção de saliva de uma maneira fisiológica, com balas sem açúcar, gomas de mascar, gotas de suco de limão com um pouco de sal.

No entanto, consultas periódicas ao dentista são essenciais, principalmente para uma higienização mais profissional, única forma de remover a placa bacteriana ou o acúmulo de tártaro na região inferior dos dentes.

O que é o Mau Hálito?
Halitose significa simplesmente mau hálito, um problema que muitas pessoas possuem numa altura ou outra da vida. Está estimado que 40% da população sofram de halitose crónica numa dada altura.Várias condições podem causar mau hálito, incluindo:

  • Má Higiene Oral (escovação e uso do fio dental feito incorretamente)
  • Doença Gengival
  • Comer certos alimentos como cebola ou alho
  • Tabaco e produtos alcoólicos
  • Boca seca (causada por certos medicamentos, alterações médicas ou diminuição do fluxo salivar durante o sono – daí o termo “mau hálito ao acordar”)
  • Doenças sistémicas como o cancro, diabetes e doenças do fígado ou dos rins.

Como é que eu sei que tenho halitose?

Uma das formas de testar se você tem mau hálito é cobrir a sua boca e nariz com a sua mão, expirar e cheirar o seu hálito. Outra forma é perguntar a alguém em quem confie se tem ou não mau hálito. Tenha presente que muitas pessoas apresentam “mau hálito ao acordar” que resulta da redução do fluxo de saliva durante o sono, permitindo aos ácidos e outros restos alimentares apodrecerem na sua boca. Escovar e usar o fio dentário cuidadosamente antes de ir dormir e escovar os seus dentes e língua logo de manhã, provavelmente, irá eliminar o mau hálito pela manhã.

Como é que eu posso prevenir a halitose?

Além de evitar os alimentos que causam mau hálito, você pode reduzir as hipóteses de halitose através de:

  • Escovar cuidadosamente 2 vezes ao dia e usar o fio dental diariamente para remover a placa bacteriana e os restos alimentares. Escovar a língua também vai ajudá-lo a diminuir o mau hálito.
  • Retirar as próteses removíveis todas as noites e lavá-las bem antes de coloca-las novamente pela manhã.
  • Visitar o seu dentista regularmente para consultas de controle.

Se você tem um mau hálito persistente e não melhora com a escovação ou com o uso do fio dentário, visite o seu dentista para um exame dentário mais rigoroso porque pode ter um problema mais sério. Só o dentista pode dizer-lhe se você tem doença gengival, boca seca ou um excesso de acumulação de placa bacteriana e se estas condições podem ser a causa do mau hálito.

 

Implantes Dentais

Implante dental

O implante dental é uma estrutura de metal no formato de um parafuso que substitui a raiz de um dente extraído, ele servirá como um suporte para que a prótese seja instalada por cima, devolvendo ao paciente uma estética e uma condição de mastigar próxima a dos dentes naturais. O implante dental pode ser indicado tanto para casos de perda de apenas um dente, vários ou para situações de extração de todos os dentes.

Substituição de um dente perdido

A perda de um ou mais dentes leva a uma condição estética desfavorável, além de comprometer todo um equilíbrio que ocorre no sistema mastigatório, que causa problemas de mordida e favorece o aparecimento de outras disfunções, portanto é fundamental uma rápida reposição do espaço. Dentre todas as alternativas reabilitadoras existentes, o implante, quando indicado em condições adequadas, é a melhor opção para substituir dentes perdidos.

Vantagens do implante dental

O tratamento oferece benefícios ao paciente devolvendo principalmente a função da mastigação e a estética. Como o implante dental é instalado de maneira definitiva e fixa, não há desconforto causado por problemas de instabilidade de próteses parciais removíveis ou dentaduras e também não há necessidade de comprometer os dentes naturais adjacentes, situações muito comuns em pessoas que usam prótese. Além disso a extração de um dente promove um aspecto de envelhecimento com a perda de estrutura óssea e falta de suporte para os lábios e bochechas, o implante dental minimiza esses problemas melhorando a auto estima do paciente.

Quem pode se submeter ao tratamento com implante dental?

O implante dental é o tratamento ideal na maioria dos casos em que ocorreu a perda de alguns ou mesmo todos os dentes, porém há a necessidade de uma consulta com o dentista para avaliação das condições de saúde geral e oral do paciente.

O que são implantes dentários?

 

Implantes dentários são suportes ou estruturas de metal posicionadas cirurgicamente no osso maxilar abaixo da gengiva. Uma vez colocados, permitem ao dentista montar dentes substitutos sobre eles.

Como funcionam os implantes dentários?

Por serem integrados ao osso, os implantes oferecem um suporte estável para os dentes artificiais. Dentaduras parciais e próteses montadas sobre implantes não escorregarão nem mudarão de posição na boca, um grande benefício durante a alimentação ou a fala. Esta segurança ajuda as dentaduras parciais e pontes, assim como coroas individuais colocadas sobre implantes, que proporcionam uma situação mais natural do que pontes ou dentaduras convencionais.

Para algumas pessoas, as próteses e dentaduras comuns são simplesmente desconfortáveis ou até inviáveis, devido a pontos doloridos, ápices alveolares pouco pronunciados ou aparelhos. Além disso, as pontes comuns devem ser ligadas aos dentes em ambos os lados do espaço deixado pelo dente ausente. Uma vantagem dos implantes é não ser necessário preparar ou desgastar um dente natural para apoiar os novos dentes substitutos no lugar.

Para receber um implante, é preciso que você tenha gengivas saudáveis e ossos adequados para sustentá-lo. Você também deve comprometer-se a manter estas estruturas saudáveis. Uma higiene bucal meticulosa e visitas regulares ao dentista são essenciais para o sucesso a longo prazo de seus implantes.

Os implantes são, em geral, mais caros que outros métodos de substituição de dentes e a maioria dos convênios não cobre seus custos.

A Associação Dentária Americana considera seguros dois tipos de implantes. São eles:

Implantes ósseo integrado: estes são implantados cirurgicamente diretamente no osso maxilar. Uma vez cicatrizada a região da gengiva que o circunda, uma segunda cirurgia é necessária para conectar um pino ao implante original. Finalmente, um dente artificial (ou dentes) é conectado ao pino, individualmente, ou agrupado em uma prótese fixa ou dentadura.

  • Implantes sub periósticos: consistem numa estrutura metálica que é encaixada sobre o maxilar bem abaixo do tecido da gengiva. Assim que a gengiva cicatriza, a armação torna-se fixa ao maxilar. Pinos, que são ligados à armação, projetam-se através da gengiva. Assim como no implante ósseo integrado, dentes artificiais são, então, encaixados nos pinos.

Qual a durabilidade dos implantes?

Os implantes em geral duram de 10 a 20 anos, dependendo da sua localização e da colaboração do paciente em fazer uma boa higiene bucal e de suas visitas regulares ao dentista. Por sofrerem mais estresse e serem mais utilizados, os implantes dos molares não costumam durar tanto tempo quanto os implantes localizados na parte frontal de sua boca.

 

   

Os pinos são colocados cirurgicamente sob a gengiva.

Dentes artificiais, agrupados em uma ponte, são encaixados nos pinos.

   

Os implantes oferecem um encaixe bastante estável e firme.

Implantes servem de base para dentes substitutos isolados.

Contra indicações

O implante dental não deve ser colocado em situações que o paciente não pode se submeter a nenhuma cirurgia oral por problemas de saúde, ou nos casos onde não há uma quantidade de osso suficiente para a retenção do implante, apesar de que atualmente esse problema pode ser solucionado com técnicas de enxerto ósseo.

Colocação do implante dental

O procedimento básico para a colocação do implante dental é realizado em algumas fases, a primeira delas consiste em realizar uma pequena cirurgia no próprio consultório odontológico sob anestesia local, em que são instalados os implantes de titânio nos locais edentulos. Em seguida, há um período de cicatrização que dura cerca de 4 a 6 meses para o implante aderir ao osso e assim possibilitar a conclusão do processo com a confecção e instalação da prótese (coroa) sobre o implante. Atualmente já podem ser realizadas cirurgias com a imediata instalação da prótese. 

Etapas da colocação do implante dental

As fases do tratamento variam de acordo com as condições do paciente, complexidade e número de implantes utilizados em cada caso, mas basicamente é dividido em 4 fases:

1º Avaliação do paciente e planejamento, com exames radiográficos.

2º Instalação do implante através de uma cirurgia. Após essa fase é necessário esperar alguns meses, e pode-se optar por colocar uma prótese provisória.

3º Instalação da prótese definitiva sobre o implante.

4º Manutenção, com avaliações periódicas.

 

Gestantes e Bebês

 

Odontologia para Gestantes e Bebês

 

   

 

O cuidado com o pré-natal certamente garante uma gravidez saudável, bem como o desenvolvimento normal do futuro bebê. Integrado a estes cuidados, estão também os cuidados de saúde bucal. Os adultos, principalmente a mãe determinarão os padrões e hábitos que as crianças terão no futuro, pois a criança imita o adulto.

Assim sendo, é muito importante que a gestante seja esclarecida e motivada na manutenção de uma boa higiene bucal e dentes saudáveis.

Além disso, para garantir uma boa estrutura dental ao futuro bebê, a gestante deve consumir alimentos tais como: carne, ovos, verduras, frutas, leite e derivados. Os dentes de leite começam a se formar a partir da 6º semana de gestação e os dentes permanentes, a partir do 5º mês de vida intra-uterina. As carências nutricionais, infecções e uso de certos medicamentos podem acarretar problemas no desenvolvimento normal dos dentes que estão no período de formação.

Outro aspecto interessante é o desenvolvimento do paladar do bebê ainda no útero e, que esta diretamente ligado à dieta materna.

Assim, se houver um consumo exagerado de açúcar pela gestante, o futuro bebê terá despertado o gosto por alimentos açucarados.

O recém-nascido

O recém-nascido é nutrido exclusivamente com leite materno. Até o 4º ou 6º mês esta é a forma segura de manter sua saúde.

Após qualquer forma de alimentar o bebê (aleitamento materno ou uso da mamadeira) restos de alimentos ficam na boquinha e periodicamente é preciso higienizá-la (principalmente à noite) mesmo antes do aparecimento dos primeiros dentinhos. O leite materno é perfeitamente dosado em seus componentes, segundo as necessidades do bebê, funcionando como uma vacina diminuindo também, os riscos de desenvolvimento de processos alérgicos. Amamentar tem uma relação decisiva com a saúde bucal da criança, contribuindo para formação e posição correta dos dentes, bem como das demais estruturas da boca (osso e músculo). Os movimentos que a criança faz para sugar o seio constituem exercício importante. É necessário que a mãe saiba como lidar com os problemas mais comuns, que podem dificultar a amamentação evitando assim o uso precoce da mamadeira.

A dessensibilização precoce da boca do bebê faz com que ele posteriormente aceite melhor o procedimento de higienização com uma gaze umedecida, envolvendo o dedo do operador (mãe, babá, etc…) passando a referida gaze sobre a superfície, a fim de eliminar o resto de leite da mamada anterior. Atualmente, Empresa Privada, Universidades e Especialistas desta nova área, Odontologia para Gestantes e Bebês, preocupados com a improvisação e a inadequação desse meio de higienização da cavidade bucal do bebê, desenvolveram e patentearam uma escova só para bebê.

 

Este novo instrumento de higiene bucal do bebezinho é inteiramente adequado, pois foi projetado, e criado para melhor executar tão delicado e importante trabalho de: higiene, prevenção e formação de hábito para futura criança.

De grande importância é a higiene bucal. Maior importância ainda está na condição de formação de um bom hábito de higiene.

A escova do bebê

Dificilmente escovas específicas para bebês são encontradas no mercado. Assim mesmo, quando melhor observada a maioria, apesar dos cuidados de fabricação e boa intenção no propósito, não vão além de pequenas variações das escovas infantis.

A escova do bebê agora criada é inteiramente nova no formato, desempenho e segurança. Foi desenvolvida com forte embasamento científico. Nova, eficiente e acima de tudo SEGURA.

A parte ativa, aquela que vai à boca (é a parte mais importante de uma escova), contém as maiores inovações. Foi inteiramente criada com base em estudos craniométricos (anatomia), onde as dimensões da “cabeça da escova” (ou melhor, parte ativa) atendem às medidas de profundidade da cavidade bucal do bebê (recém-nascido) até idade estabelecida evitando e impedindo “acidentais e perigosas introduções do instrumento”.

O material utilizado é polímero atóxico, de extrema suavidade, e flexibilidade, tal como exige a delicada mucosa da boquinha do bebê. As hastilhas (substitutas das, algumas vezes, duras cerdas de nylon) são verdadeiras pirâmides triangulares que massageiam e proporcionam “limpeza extra” sem exigir o desconfortável aumento no rigor (atrito) da escovação. Além de macias e flexíveis existem ainda profundas inovações em outros detalhes, como um dispositivo de SEGURANÇA, o LIMITADOR de profundidade. Isto tranquiliza o operador (mãe ou babá), afastando o receio de uma introdução exagerada do instrumento de limpeza na garganta do bebê, o que poderia ser desastroso.

A Científica Baby exibe também – colo flexível (porção do instrumento que fica entre o cabo e a parte ativa) e que funciona como “amortecedor ” da força exagerada na escovação. Cabo com suave textura no dorso; em cores cítricas e fluorescentes são bastante atraentes.

Tratando-se de um instrumento de higiene bucal do bebê onde tudo precisa ser muito “limpo e ante germe”, foi optado, na produção da Científica Baby, o revolucionário processo de fabricação em monobloco (uma única peça sem emendas) porque em trabalho de pesquisa científica sobre “contaminação de escovas dentais”, foi aquele que se mostrou seguramente ” ante germe”. Entretanto, convém observar que a Científica Baby não poderá ser fervida ou escaldada. Apenas bem lavadas secas e guardadas em lugar arejado, as escovas poderão ser esterilizadas em soluções químicas, conforme indicação do médico pediatra.

O bebê de mais ou menos quatro meses, apesar de não ter dentinhos, já deverá estar se familiarizando com a higiene bucal, vendo os pais executarem a escovação diária. Se a gengiva do bebê for tocada com a escovação, está sendo iniciado no bebê o esperado hábito de higiene bucal, segundo especialistas na área de psicologia. Com base em tais informações, criamos a dupla de escovinhas. A menor é para o bebê “fazer sua higiene bucal” e a de cabo maior é para mamãe “corrigir a escovação”. A técnica completa do uso correto da Científica Baby é resumidamente o que segue:

1º Fase – Mamãe, quando for escovar seus dentes faça-o de maneira que o seu bebê veja. Isto servirá de exemplo para ele. Ao enxaguar a boca faça-o com bastante evidência. Seu bebê estará aprendendo…
2º Fase – Ao Escovar novamente seus dentes, dê ao bebê a escova Científica Baby (cabo menor – sem dentifrício). Escove normalmente seus dentes, e deixe seu Bebê imitá-la realizando sua higiene bucal”.
3º Fase – Corrija a “escovação” realizada pelo bebê utilizando para isso a Científica Baby (cabo longo), higienizando cuidadosamente tudo o que for possível tocar – Gengiva, língua e dentinhos (se tiver). Não tem perigo algum pois a escova é extremamente suave.

 

Segurança - As escovas Científica Baby possuem um limitador de profundidade que impede a introdução excessiva da escova na boca do bebê. Com o aparecimento dos primeiros dentinhos, obrigatoriamente deve ser realizada pelo menos uma vez por dia, a escovação cuidadosa dos mesmos. Finalmente, espera-se como benefício, além da higiene bucal do bebê, a criação de um hábito de higiene bucal, o mais cedo possível. Evitando cenas como estas que, todos os pais conhecem.

 

A gestação pode interferir com o andamento de algumas doenças bucais, podendo, por exemplo, exacerbar um quadro de gengivite e periodontite.
O tratamento destas doenças é de suma importância para a manutenção da saúde geral da gestante. Inconcebível é imaginar a negligência nestes casos que podem até comprometer sua alimentação. A visita ao dentista, pelos menos uma vez durante a gestação, seria uma conduta interessante, tendo o objetivo de se avaliar possíveis alterações. O nascimento do bebê trás muitas novas obrigações. Uma delas é a escovação dental após o nascimento do primeiro dente (por volta dos 6 meses); Para escovação dental do seu filho utilize escova macia para bebês e pasta dental sem flúor (ou mesmo água) durante todas as escovações, podendo utilizar, com muitas cautelas, a pasta fluoretada (500ppm ou 1000ppm) na última escovação, na quantidade de um grão de alpiste; Por último, leve seu filho ao dentista desde cedo, muito cedo. Odontopediatra auxiliará na formação adequada do habito da criança e lhe orientará a respeito de chupeta, mamadeira, sucção de polegar, entre outros.

 

Infância

Bons dentes começam com odontologia preventiva desde a infância

Cuidados com a dentição da criança garantem o sorriso do adulto.

Quando o assunto é saúde bucal infantil, prevenção é o melhor caminho, principalmente na fase em que acontece a troca de dentição, quando a criança perde os dentes de leite e nascem os dentes permanentes.

Por isso, é fundamental o acompanhamento com visitas periódicas ao dentista, para aplicação de flúor e proteção dos novos dentes com aplicação de selante oclusal, uma película que evita a aderência de alimentos, atuando como aliada na proteção contra as cáries.

O dentista tem ainda papel fundamental para ensinar higiene bucal às crianças. Para que os pequenos sintam-se à vontade e não vejam o momento da escovação como uma simples obrigação, mas como uma necessidade de higiene, a Ápex Odontologia preparou um espaço dedicado a eles. Na sala de espera há brinquedos e jogos para a distração da garotada e a Ápex conta com um consultório infantil bastante lúdico, com decoração divertida, bem colorida, com brinquedos e personagens.

Assim, dentro do seu próprio ambiente, a criança participa da sessão de instrução de higiene bucal, onde aprenderá a maneira correta de usar a escova, o fio ou fita dental para remover a placa bacteriana da superfície do dente. Os pequenos ainda recebem esclarecimentos sobre horários de escovação, tipos de escova e pasta ideais, além de ganhar uma lembrança a cada sessão.

 

Odontologia Preventiva

Criança com cáries e reumatismo

A adoção de cuidados com a saúde bucal desde os primeiros meses de vida, é apontada por odontopediatras como o principal fator para evitar o surgimento da cárie, quando a criança for mais velha ou mesmo na idade adulta. Entre as crianças que têm cinco a seis anos de idade e não tiveram esses cuidados precoces, 82% já têm cárie, mas quando a mãe faz essa prevenção cerca de 85% das crianças dessa idade não tem cárie. Até os três
anos são os pais, os responsáveis por escovar os dentes dos filhos. Entre três e sete anos, é preciso supervisioná-los. Os cuidados com a limpeza da boca, controle da amamentação noturna e do consumo de açúcar, são a base da prevenção em bebês e crianças pequenas. O aleitamento noturno é considerado a principal causa da chamada “cárie
da mamadeira”, já que a salivação diminui à noite, e é a saliva que limpa a boca. O ideal é não alimentar o bebê enquanto ele dorme. A criança bem alimentada antes de dormir não precisa de mamadeira à noite. O problema de freqüentar o dentista para fazer a prevenção é econômico.
D. K. Benn, professor na Faculdade de odontologia, da Universidade da Flórida, afirma que 30% da população americana, em geral, não têm assistência dentária, correspondendo a 32 milhões de pessoas que já têm problemas dentários, e precisariam de cuidados imediatos. Afirma que somente 1% do total das crianças americanas faz um exame odontológico antes de 12 meses de idade. Como nos Estados Unidos os dentistas têm grandes clínicas privadas, ele sugere que as autoridades sanitárias obriguem os dentistas a darem vagas correspondentes a 5% do total de seus pacientes atendidos por ano, para o atendimento dessa população. Já houve ocasião em que se acreditava que os dentes com cáries causavam reumatismo, e se extraía os mesmos como forma de prevenção. Hoje, sabe-se, que as infecções dentárias colaboram no aparecimento de placas de arteriosclerose dentro das artérias do coração. O reumatismo infeccioso, que causa a chamada febre reumática, ataca as válvulas do coração, que se localizam mais nas amígdalas, e é uma doença que está em declínio no Brasil e no mundo, devido a profilaxia feita com a penicilina.

Hoje é possível associar o tratamento dentário a uma atividade prazerosa. Segundo a Dra Lúcia, que atua como odontopediatra há dez anos, “é importante criar para os pequenos clientes um ambiente totalmente dedicado a eles, com jogos de montar, televisão, videogames, gibis e brinquedos”.

Medo? Este é um sentimento que o odontopediatra deve minimizar na vida de seus clientes. Para isso, deve desenvolver uma maneira toda especial de lidar com suas crianças.Firme no objetivo de contribuir para uma “geração cárie-zero”, Dra. Lúcia ressalta que a prevenção é o primeiro passo para a construção de uma saúde bucal perfeita.

“Muitas vezes, as mães são aconselhadas a encaminhar seus filhos ao dentista, somente a partir dos quatro anos de idade. Isso é um erro, já que o cuidado com os dentinhos deverá ocorrer assim que os mesmos começarem a nascer, ou seja, a primeira visita deverá ser por volta dos seis meses de idade. O que alguns pais não sabem é que, várias crianças, na faixa etária entre dois e cinco anos, já nos chegam com cáries grandes nos dentes de leite, que podem apresentar comprometimento da polpa (nervo), e com isso havendo necessidade de tratamento de canal. Esta infecção no dentinho de leite poderá prejudicar a formação dos futuros dentes permanentes”, explica.

Para se ter uma idéia da importância em preservar a saúde dos primeiros dentinhos, vale dizer que, a perda precoce dos mesmos, seja devido à cárie ou a possíveis traumas ocasionados por quedas, pode comprometer a situação da arcada dentária da criança, obrigando-a ao uso de aparelhos ortodônticos no futuro.

“Sabemos que os bons hábitos adquiridos na infância, certamente perdurarão por toda a vida. Assim sendo, é fundamental o incentivo de uma boa higiene bucal e de uma dieta pouco cariogênica”, ressalta a odontopediatra.


Combatendo as cáries


Todos sabemos que, numa dieta alimentar, onde o consumo de açúcar (balas, refrigerantes, bolachas e chocolate) seja excessivo e freqüente, poderá representar um dos principais motivos para o surgimento das cáries. O que muitos pais desconhecem é que, a aparição de cáries agudas, como por exemplo, a de mamadeira, pode ocorrer em crianças com dois e três anos, causando dor e possíveis infecções.

Para que isso não aconteça, a Odontopediatra recomenda uma boa higiene bucal, aliada a uma dieta alimentar balanceada, além da suspensão de mamadas noturnas. A aplicação tópica de flúor também é um dos recursos preventivos utilizados, bem como a indicação do selante que consiste numa resina fluída que sela pequenos pontos situados na face de mastigação dos dentes posteriores, diminuindo assim o acúmulo de alimentos nesta região e com isso evitando as cáries.

O selante, quando indicado poderá ser aplicado em crianças a partir dos quatro anos de idade.

Abordagem eficiente

Para o tratamento dentário de uma criança que já apresenta cáries, a abordagem psicológica deverá ser feita de maneira tranqüila, cuidadosa e eficiente.

Segundo a Dra. Lucia, o condicionamento psicológico é muito importante, pois prepara esta criança para o tratamento, evitando assim traumas futuros. Este condicionamento deverá ser gradativo, normalmente em três sessões, familiarizando o pequeno cliente com o consultório, seus instrumentais e os aparelhos, fazendo com que a criança confie no profissional e mantenha com ele uma relação amigável.

Traumatismo dentário

Normalmente, quando as crianças começam a dar seus primeiros passos, é comum a ocorrência de quedas, seguidas de batidas na região da boca. Tais acontecimentos poderão traumatizar os dentinhos de leite, principalmente os da frente, trazendo assim conseqüências mais sérias.

Dependendo da intensidade do trauma, tais dentinhos poderão apresentar mobilidade, sangramento gengival, escurecimento imediato ou tardio e, em casos mais graves, a completa perda do dente.

Por esta razão, o mais indicado é que, logo após a batida, os pais encaminhem a criança a um Odontopediatra, para que seja feita uma radiografia, bem como um acompanhamento clínico periódico, o que evitará o comprometimento deste dente e garantirá o desenvolvimento normal do dente sucessor permanente.


“Quando ocorre a perda total do dentinho de leite (avulsão), normalmente em quedas de crianças entre dois e cinco anos, o mesmo poderá ser reposto através de uma prótese fixa, completamente adaptada a este paciente. Isto reabilitará as funções do dentinho e não comprometerá a estética bucal da criança, dando a esta a oportunidade de sorrir novamente”, frisa a dentista.

Carinho acima de tudo

Olhando a criança como um todo, a Clínica Dra. Lúcia Coutinho Porto, orienta as mães sobre todos os fatores que culminarão numa boa saúde bucal. Esta orientação vai desde a prevenção propriamente dita, até o tratamento de cáries, uso de aparelhos ortodônticos, maus hábitos que devem ser controlados (uso do dedo e chupeta) e questões relacionadas à respiração e à fala. Todos esses tópicos serão trabalhados para que a criança possa se desenvolver dentro dos padrões de normalidade.

No entanto, a base da metodologia adotada pela Dra. Lucia está calcada, antes de tudo, no carinho e respeito para com seus pacientes.

“É primordial que o Odontopediatra faça com que as crianças sintam prazer em ir ao consultório. Deve-se criar um ambiente apropriado para elas, além é claro, de propiciar às mesmas, tratamentos sem traumas”, finaliza.

A preservação da saúde bucal das crianças deve ser levada em conta desde muito cedo, assim sendo, hoje a Odontologia para Bebês é uma feliz realidade!

Quando a criança precisa corrigir algum problema com os dentes, os odontologistas não costumam aconselhar o uso de aparelhos antes dos 11, 12 anos. É que até essa idade as raízes dos dentes não estão totalmente desenvolvidas e há risco de sofrerem alterações com a interferência de aparelhos que se fixam nos dentes. Mas aparelhos que utilizam o céu da boca e as gengivas como apoio não oferecem esse problema e podem ser usados em crianças que ainda têm dentes de leite. Essa é a vantagem da ortopedia funcional, técnica da odontologia que ganhou recentemente o título de especialidade no Conselho Federal de Odontologia. Na ortopedia funcional os aparelhos corrigem problemas como mordida cruzada ou dentes encavalados, causados por arcada dentária ou mandíbulas fora do lugar. A técnica pode ser usada em crianças pequenas porque modifica a estrutura da boca, diferente dos aparelhos empregados na ortodontia, que modificam a posição dos dentes. “Quando a arcada é pequena e os dentes se sobrepõem, por exemplo, aumentamos essa arcada com a ajuda de aparelhos, em vez de recorrer a soluções como extrair os dentes”, explica o cirurgião dentista Agnaldo Santos Bastos, especialista em ortopedia funcional.

 

Sem traumas

A paulista Célia Tahan descobriu a ortopedia funcional há poucos anos, quando notou que os dentes do filho Carlos Alberto estavam nascendo para fora. “Ele estava com 8 anos e parecia um coelhinho dentuço”, conta Célia. Ela procurou o dentista, mas teria de esperar o garoto completar 12 anos para iniciar a correção com aparelhos. “Comentei o caso com algumas pessoas e soube da ortopedia funcional. Meu filho começou o tratamento no mesmo mês e, em menos de um ano, seus dentes estavam normais”, comemora a mãe. A alternativa resolveu outro problema. Célia estava preocupada com as possíveis gozações que o filho teria de agüentar dos amigos se, com o tempo, os dentes piorassem mais. “Também fiquei muito aliviada com isso”, diz. O tratamento com a ortopedia é semelhante ao da ortodontia. Muitos profissionais associam as duas técnicas para trabalhar. Os aparelhos móveis, feitos de acrílico e metal, devem ser retirados apenas para comer e escovar os dentes. Quanto mais a criança usar, mais rápida será a correção. A cada 15 dias – ou em um período a combinar com o dentista – a criança deve ir ao consultório para fazer ajustes.

Seu filho precisa usar aparelho?Mostre a ele que arrumar os dentes é uma questão de saúde e de boa aparência. Previne problemas que podem até resultar em cirurgias mais tarde, e todo mundo gosta de ter um sorriso lindo.Explique que atos simples, como mastigar, podem ficar mais complicados se a boca não estiver em ordem.

Não force a criança a usar o aparelho toda hora. O risco é ela fazer o contrário só para chamar a atenção.

Cobre do dentista atitudes para incentivar seu filho a usar o aparelho a maior parte do tempo.

 

Odontologia para Bebês – antes do nascimento

Formação dos dentes do bebê

A dentição começa a se formar meses antes do nascimento. Os dentes de leite a partir da 6ª semana e os permanentes por volta do 5º mês de vida intra-uterina. Assim, condições desfavoráveis durante a gestação como: infecções, carência nutricional, medicamentos inadequados, etc, podem trazer problemas aos dentes em fase de formação e mineralização.

Favorecendo a saúde bucal do bebê

Hábitos saudáveis como a higiene bucal diária e a boa alimentação da gestante, são fundamentais. Uma dieta balanceada, rica em fósforo, cálcio e vitaminas A, C e D, nutre o bebê e assegura-lhe o desenvolvimento de uma boa estrutura dental. Alimentos com muito açúcar e carboidratos devem ser consumidos com moderação e, evitados entre as refeições, pois seu consumo freqüente favorece a formação de cáries.

Flúor na gravidez

A suplementação de flúor durante a gestação, através de gotas ou comprimidos, somente está indicada quando a água de abastecimento público da cidade não for fluoretada. Neste caso, o Obstetra ou o Dentista poderá prescrever a suplementação adequada.

Odontologia para Bebês – após o nascimento

Importância da amamentação para os dentes do bebê
A amamentação natural é fundamental para a saúde geral do bebê e prevenção de alterações bucais indesejadas. Além da importância afetiva e nutricional, o exercício muscular durante a sucção do seio, favorece a respiração nasal e ajuda na prevenção de problemas de posicionamento incorreto dos dentes e estruturas faciais.

Higiene bucal do Bebê

Apesar das bactérias que provocam cáries só aparecerem com a erupção dos dentes, uma higienização precoce treina o bebê a aceitar mais facilmente este hábito. Com uma gaze, ou ponta de fralda ou ainda uma dedeira de tecido, seca ou embebida em água filtrada e fervida ou soro fisiológico, os resíduos do leite materno são retirados, delicadamente, da boca do bebê. É interessante o uso do fio dental logo após o nascimento dos primeiros dentes para instituir o hábito nesta fase precoce.

Transmissibilidade da cárie

Beijos na boca do bebê, assoprar o alimento para esfriá-lo e o uso compartilhado de copos e talhares devem ser evitados desde cedo. Assim não se tornam costumes tão prejudiciais após o nascimento dos dentes, quando bactérias adquiridas por contato bucal, aderem aos dentes da criança favorecendo o aparecimento de cáries.

A primeira visita do bebê ao Odontopediatra

A Odontopediatria é uma especialidade da Odontologia que oferece aos bebês, crianças e adolescentes, um tratamento adequado a cada faixa etária. A primeira visita ao Odontopediatra deve ocorrer por volta dos seis meses, com o início da erupção dos primeiros dentinhos. Nesta visita, a mãe receberá orientações sobre: dieta, higiene, aplicação de flúor, transmissibilidade da cárie, uso adequado da mamadeira e chupeta e também, correção de maus hábitos como a sucção de dedo.


A importância dos dentes de leite

A presença dos dentes de leite é muito importante porque prepara o caminho (guia) para a erupção dos dentes permanentes, mantendo em equilíbrio harmônico o crescimento das estruturas da face (dentes, ossos e músculos); proporciona uma mastigação e deglutição adequadas dos alimentos e conseqüente digestão. Um dente de leite comprometido seriamente por um processo de cárie poderá levar a uma infecção, acarretando a má formação do dente permanente. Além disso, quando deparamos com crianças esteticamente comprometidas, percebemos que ocorrem nelas uma dificuldade de comunicação e integração social.

Nascimento dos dentes de leite

A idade média normal para o nascimento é por volta de seis meses de idade. Um atraso em torno de mais seis ou oito meses ainda poderá ser considerado dentro dos padrões da normalidade em nossa população. Também poderemos ter dentes de leite que erupcionam (nascem) antes do prazo médio, ou seja, logo após o nascimento (“dente natal”), ou por volta de dois a três meses de idade (“dente neonatal”). Se isso ocorrer, procure o odontopediatra. Ao nascimento dos dentes do bebê, poderão ocorrer alguns sintomas, como coceira e abaulamento da gengiva, com aumento da salivação, estado febril, e até as fezes podem ficar mais líquidas. Para ajudar o rompimento dos dentinhos e melhorar esse desconforto, deveremos oferecer ao bebê alimentos mais duros e mordedores de borracha para massagear a gengiva.

Higiene dos primeiros dentinhos

A escovação dos primeiros dentes deverá ser iniciada assim que estes estejam erupcionando, com escova infantil e de cerdas macias. Deve-se seguir uma ordem de seqüência para que todos os dentes sejam devidamente escovados bem como a língua da criança. É de extrema importância a escovação noturna, pois quando dormimos o fluxo salivar diminui e a proteção salivar quase não existe. Para crianças abaixo de três anos o creme dental recomendado não deve conter flúor, já a partir dos três anos recomendamos um creme dental desenvolvido para crianças e não para adultos, pois a concentração de flúor deste último é maior e com o desenvolvimento da deglutição ainda em formação a criança acaba ingerindo maior quantidade de flúor o que pode acarretar em uma doença chamada fluorose, ou seja, um excesso de flúor causando manchamento dos dentes permanentes sucessores.

Traumatismo Dental

Acidentes que provocam lesões na boca e dentes são comuns, principalmente com bebês e crianças que estão começando a andar. Em muitos casos ocorrem traumatismos que podem afetar dentes de leite ocasionando o seu “amolecimento” e graves conseqüências futuras, como o comprometimento da dentição permanente.
Muitas vezes, o dano é maior do que aparenta ser, por isso, é importante consultar o Odontopediatra tão logo seja possível. Freqüentemente há necessidade de se fazer radiografias e observar o dente durante determinado período.
É comum ocorrer, dois ou três dias após o acidente, mudança de cor ou escurecimento da coroa do dente, podendo ou não ser um indício de perda de vitalidade do dente. Neste caso, o dentista é quem irá indicar o tratamento mais adequado.
A fratura de um ou mais dentes, em conseqüência de traumatismo (tombos, quedas de bicicleta, skate, colisão, etc.), pode danificar o nervo do dente. Deve-se sempre consultar o dentista, para que ele possa avaliar a extensão do dano, tratar a fratura e prevenir eventuais problemas de vitalidade que possam ocorrer neste dente.
Quando há a quebra do dente (fratura), tanto nos dentes de leite quanto permanentes, deve-se, se possível, recolher o pedaço quebrado e levá-lo juntamente com a criança, para que o dentista possa fazer a “colagem” e assim reconstituir o dente com seu aspecto original.
Em certas circunstâncias, como impactos horizontais, é comum acontecer a perda total de um dente (avulsão). Se o dente for de leite, o reimplante não é indicado, pois a probabilidade de sucesso é mínima. No caso de dente permanente, no entanto, é aconselhável fazer o seu reimplante imediato, após delicada lavagem do mesmo com soro fisiológico e procurar o dentista, o mais rápido possível, para que seja feita sua fixação. Para que se aumentem as chances de sucesso do reimplante, é essencial que determinadas condutas sejam adotadas imediatamente após o acidente:

• Mantenha a calma e faça a criança morder uma gaze ou pano limpo, com pressão, para controlar o sangramento;
• Ache o dente;
• Pegue o dente somente pela coroa. Não toque a raiz;
• Limpe cuidadosamente o dente com soro fisiológico ou leite morno. Não esfregue;
• Coloque o dente de volta no seu lugar (no alvéolo) na boca da criança. A parte côncava do dente é voltada para a parte interna da boca. Faça a criança morder a gaze ou pano limpo, para que o dente se mantenha na posição. Procure, imediatamente, o dentista;
• Se não for possível colocar o dente em sua posição, mantenha-o, por ordem de preferência: em soro fisiológico ou leite morno, ou saliva da própria criança. A água é o meio menos indicado para armazenamento do dente avulsionado. Procure o dentista imediatamente, para que seja feita sua fixação e acompanhamento.

O resultado final do reimplante depende muito do período que o dente ficar fora do osso e da conservação do mesmo neste período. O dente deverá ficar fora do osso o menor tempo possível.
O dente reimplantado será “fixado” pelo dentista em sua posição e deverá ter o seu canal tratado; mesmo assim, com o decorrer do tempo poderá haver uma diminuição do tamanho da raiz. É necessário fazer um acompanhamento até que a oclusão se defina e novas condutas possam ser tomadas.
É possível prevenir alguns acidentes, principalmente entre crianças que usam aparelhos fixos e praticam esportes individuais ou coletivos como patins, skate, bicicleta, futebol, judô, vôlei, etc., usando protetores bucais que podem ser feitos pelo dentista.
Converse com o seu Odontopediatra a respeito. Prevenir acidentes sempre, a melhor opção!

Cárie de mamadeira

É um tipo de cárie que acomete os dentes de leite de crianças pequenas, que estão acostumadas a ter sua alimentação através de mamadeiras açucaradas, principalmente no período noturno. A criança quando adormece tem a diminuição do fluxo salivar, reduzindo a proteção natural que a saliva exerce sobre os dentes. O leite fica aderido à estrutura dentária provocando a formação de ácidos que destroem o esmalte que protege os dentes da criança. A cárie de mamadeira tem seu inicio com o aparecimento de manchas brancas quase imperceptível para os pais. Tem evolução muito rápida, e é extremamente dolorida.

Como Prevenir a Cárie de Mamadeira

- Não leve seu bebê para cama com uma mamadeira cheia de líquidos que contenham carboidratos. Isso inclui qualquer líquido com exceção da água. Mesmo suco de frutas ou leite diluídos em água podem aumentar o risco de cáries.
- Desmame seu bebê, com orientação de seu médico, quando ele tiver entre 12 e 24 meses de idade.
- Não use mamadeira durante o dia para confortar o bebê a menos que esteja cheia de água.
- Não mergulhe a chupeta do bebê em açúcar ou líquidos açucarados.
- Não adicione açúcar aos alimentos de seu filho.
- Limpe os dentes e gengivas do bebê após cada amamentação.
- Leve o bebê ao dentista assim que os primeiros dentes irromperem.
- Ensine o bebê a beber de uma caneca antes do primeiro aniversário.
- Certifique-se de que seu bebê esteja recebendo a quantidade certa de flúor. Se em sua cidade a água não for fluoretada, peça orientações ao médico ou dentista sobre suplementos.
- Aplicação de técnicas de escovação adequadas para cada idade;
- Uso do fio dental
- Bochechos com substâncias anti-cariogênicas (a partir dos seis anos de idade)
- Adoção de uma dieta equilibrada e regular;
- Mamadeiras noturnas ou ingestão de bebidas e alimentos açucarados sempre seguidos de higienização;
- Utilizar selantes de fóssulas e fissuras

Flúor

A aplicação de flúor no consultório dentário deverá ser iniciada já na dentição de leite (dentição decídua), assim que esta esteja completa por volta de dois anos e meio a três anos de idade. O flúor é um dos agentes importantes na redução da cárie dentária (que é uma doença infecto-contagiosa), em conjunto com outros métodos de prevenção, tais como a escovação e a dieta equilibrada, além do consumo de água fluoretada.

Uso de Chupeta

A chupeta ou a sucção do dedo, leva a um desequilíbrio das arcadas dentárias e à má posição dos dentes. O hábito da chupeta deverá ser interrompido por volta dos dois anos de idade, quando a criança já está consciente de suas vontades e não requer mais a compensação de sugar. Portanto, devemos encorajá-la a deixar o hábito, sendo, às vezes, uma troca agradável e consciente. A retirada do hábito de sucção do dedo requer mais consciência por parte da criança, força de vontade e sua colaboração, que poderá acontecer um pouco mais tarde. Nos casos mais severos, a avaliação de um psicólogo é recomendável.

Uso de Antibióticos

O antibiótico que mais poderá levar a manchas nos dentes de leite é a tetraciclina, quando administrada durante a gestação em grande quantidade e longa duração. O mesmo pode acontecer para os dentes permanentes quando administrado à criança logo após o nascimento.

Respirador Bucal

A criança que respira pela boca poderá apresentar sérias alterações na arcada dentária, por isso, o odontopediatra tem um papel primordial neste caso.
Devemos estar atentos na primeira consulta, para avaliar a arcada dentária, a estrutura muscular da face e suas funções como mastigação, respiração, deglutição e a fala. É preciso perguntar às mães tópicos primordiais como: se a criança respira bem, dorme de boca aberta, ronca à noite, baba no travesseiro, tem dificuldade num esporte que exija esforço físico intenso, sonolência e falta de concentração na escola.
Quando essas características estiverem presentes, provavelmente estaremos diante de uma criança que respira pela boca, fato que costuma contribuir para uma alteração, com falta de crescimento da arcada dentária. Neste caso, deve-se encaminhá-la para uma avaliação, com um otorrinolaringologista, que determinará as causas da respiração bucal e orientará qual o melhor tratamento para que ela volte a respirar pelo nariz.
Geralmente, os aparelhos ortodônticos propostos, quando existe a mordida cruzada, com falta de crescimento da arcada superior, são aparelhos removíveis, chamados de Placas Expansoras, que poderão ser utilizados em crianças a partir dos cinco ou seis anos de idade. A criança troca os dentes e não a arcada, por isso, essa deverá ser corrigida antes de surgirem os primeiros dentes permanentes.
No consultório, os senhores pais recebem orientações sobre medidas preventivas em diversos aspectos, entre eles: Higiene bucal, tipos de escovas e cremes dentais, uso de mamadeira e chupeta, dieta cariogênica, aplicação de flúor e selantes, enfim, tudo que possa contribuir para a formação de uma Geração “Cárie Zero”; pois sabemos que todo bom profissional deve ensinar às mães a manter a boa saúde bucal de seus filhos, desde a prevenção propriamente dita, até o tratamento de cáries, uso de aparelhos ortodônticos, maus hábitos (uso do dedo e chupeta) e questões relacionadas à respiração e à fala. Todos esses tópicos devem ser trabalhados para que o pequeno paciente se desenvolva dentro dos padrões de normalidade.
Essa filosofia de trabalho parte da premissa de que não basta amar a criança. É preciso gostar de cuidar da criança como um todo além de fazer-se amar por ela. É possível ter uma infância livre de cáries, quando hábitos saudáveis de prevenção são adotados precocemente. A base da metodologia adotada em nosso trabalho está presente em todos os profissionais que amam o que fazem, isto é, exercer a profissão com prazer e alegria, transmitindo à garotada todo o afeto e segurança de que necessitam. Nosso objetivo é contribuir para o surgimento de uma nova geração, feliz, saudável e, principalmente, sem medo de ir ao dentista.

História da Odontologia

História da evolução dos motores odontológicos

Evolução dos Motores Odontológicos

 

Evolução histórica da cadeira odontológica

Evolução da Cadeira Odontológica

A Odontologia, como as demais ciências da área da saúde, galgou várias etapas no decorrer de sua trajetória, iniciando com o empirismo, na Idade Antiga, passando pelo Pré-cientificismo nos Séc. XVI e XVII, até o surgimento de escolas especializadas na prática odontológica, iniciando assim, a fase Científica. Na Idade Antiga a Odontologia foi praticada por diversas civilizações. Achados antropológicos confirmam tal fato; na China acreditava- se que a cárie era causada pelo “Verme Dental”, suas terapêuticas e diagnósticos eram baseados em rituais mágico-religiosos.

Durante a fase Pré-Cientificista alguns historiadores destacam a Europa como o berço da prática Odontológica, surgindo então naquela região, os primeiros escritos sobre essa Ciência.  Os primeiros Terapêuticos dentais eram médicos, mas, na Idade Média os cirurgiões e barbeiros Europeus se especializaram nos cuidados dos dentes. Esses profissionais aprendiam na base da tentativa e erro, e ainda através da observação. Por volta do século XV, já tinham conseguido mais progressos em sua nova especialidade do que os médicos em sua antiga e bem estabelecida prática médica.

Naquela época um dos expoente da Odontologia foi o Médico Francês Fouchard, que delineou os primeiros passos da nossa área que foram publicados em seu livro “Le Chirurgien Dentiste au Traité des Dents” (1678-1761), deixando para trás  a superstição e a ignorância.

A Ciência Odontológica propriamente dita surgiu com o desenvolvimento de escolas especializadas na prática dental, sendo que a primeira escola de Odontologia surgida no mundo foi em Baltimore (EUA) no ano de 1840. No Brasil o primeiro Curso Superior de Odontologia, foi criado no dia 25 de outubro de 1884 de acordo com o Decreto Lei nº 9.311.

Aquele Curso tinha a duração de 03 anos e era ministrado apenas no Rio de Janeiro e Salvador, daí o dia o dia do Cirurgião-Dentista ser 25 de outubro.

A História da odontologia dividida em cinco partes.

Índice

1º período: Da pré-história até o ano 1000

O ambiente de trabalho está intimamente ligado aos tempos e ao grau de desenvolvimento da época em que a atividade é exercida. Uma vez que o próprio homem iniciou a sua existência ao livre, e foi aí também que tiveram início as suas primeiras ocupações, seus ofícios, ou melhor, suas profissões, termo que naquele momento, seria demasiadamente pretensioso e até mesmo inexato. Isto ocorreu também na Odontologia.

Quando voltamos ao passado em busca das origens da Odontologia,não encontramos a linguagem direta e efetiva de antigos textos remontando os longínquos séculos; por dedução, quem nos fala são as pedras, as inscrições gravadas, que foram despertas pelas escavações. A escrita inventada pelos Sumérios, no início de estilo pictográfico e depois cuneiforme, feita em tábuas de argila cozida que se conservaram com o passar dos séculos, foi a fase inicial do processo de civilização que aí começava a realizar-se e mediante a qual a humanidade entrava na história. Posteriormente, a escrita cuneiforme foi substituída pela araméia, cujo alfabeto, tomado dos fenícios, escrevia-se a tinta em pergaminho ou em papiro.

Curiosidade

Segundo os antigos, o sol curava todas as enfermidades, inclusive as afecções dentárias. Também os gregos primitivos adoravam o sol, sendo Apolo, o deus Sol, sua divindade. Na igreja Católica, Polônia, ou Santa Apolônia é a imagem à qual se rende tributo para as dores dentárias. E uma analogia muito sugestiva nos chama a atenção entre o culto a Apolo e a história de Santa Apolônia, de quem se conta foram quebrados todos os dentes com pedras afiadas, na Alexandria pagãs; o dia instruído para o culto foi 09/02, e 11/02 para o de Apolo. Possivelmente a história de Santa Apolônia nada mais é de que uma forma de culto a Apolo, por ser um deus pagão, criaram uma Santa para aclamar com seu nome (Apolonia) em uma virgem cristã martirizada no século III d.C. (ano 248) em Alexandria, durante o reinado de Felipe, o Árabe .

 2º período: Odontologia da Idade média e os Árabes – 1000 a 1728

Um dentista com prata fórceps e um colar de grandes dentes, a extração dos dentes de um homem sentado. (Inglaterra (Londres), 1360-1375 Linguagem: latim.

Um dentista em 1568.

Em 1363, Guy de Chauliac, cirurgião-dentista em Avignon, introduziu a primeira vez a o termo “dentista”, e adotou a ligadura intermaxilar nas fraturas; recomendava que fossem os “dentistas” a remover os dentes. O manuscrito médico inglês mais antigo foi o “Guy de Chauliac’s surgery“, de 1460.

A figura dos “tiradentes” continua típica até 1700, trabalhando nas praças dos mercados, uma multidão de curiosos e um público que não é dificil adivinhar, ou seja, do tipo animado, caloroso, e sonoro.

Três tipos de fórceps podem ser distinguidos na história da evolução dos mesmos: um remotíssimo, que não se adaptava ao colo do dente pela ausência de adaptação anatômica de suas garras; um intermediário esquecido e suplantado por outros instrumentos; e mais recente, anatômico, coincidindo com o renascimento da Odontologia em seu todo. A verdadeira ressurreição da Odontologia identifica-se em 1700. O segundo tipo evidentemente foi inspirado na tenaz comum: as garras são abertas em anel com as pontas em justaposição, sendo utilizado durante séculos, com poucas modificações, nas obras de Walter Hermann Ryff (Strasburg, 1545), Jacques Guillemeau (França, 1594), Peter Lowe (1597); tipo idêntico ao Guillemeau, Johannes Scultetus (Alemanha, 1646), etc. O terceiro, inicialmente de forma reta, para as raízes e fragmentos dentários, cuja derivação é patente de Abulcasis, repete a comparação deste com o bico da cegonha.

Caravaggio (1571-1610).

Em torno de 1700 a exodontia enriqueceu-se de novos instrumentos, pela pouca praticidade dos botições que, desprovidos de garras anatômicas, freqüêntemente provocavam fratura das coroas dentárias. O “pelicano” foi denomindado e descrito por Giovanni d’Arcoli (1450 – 1524). Tal instrumento não correspondia de forma adequada, e enormes eram os perigos da exodontia. Ambroise Paré (1510 – 1590) afirmou que: “verdadeiramente é preciso ser muito hábil no emprego destes pelicanos, porque se não se sabe bem ajeitar-se, fácil é errar chegando a puxar fora ca boca três dentes de uma vez, deixando no lugar o cariado do doente. Segundo Weinberger, em 1542 Ambroise Paré relembrou o antigo método da compressão do tronco do nervo para produzir anestesia local e menciona transplante, obturação e fixação dos dentes com ouro. O “pelicano” foi o primeiro fórceps, definido por Casotti como “o mais formidável, emotivo instrumento da antiga cirurgia dentária, esquisito e fantástico”, que por quatro séculos, isto é, até 1800 dominou as extrações dentárias. As características morfológicas do “pelicano” são:

  • constituído por uma haste metálica principal, que de um lado funciona como cabo e no outro extremo termina em uma parte redonda e entalhada, com função de apoio.
  • O instrumento é horizontal, adquirindo a forma de “y” quando aberto.
  • A parte redonda e entalhada era apoiada vestibularmente sobre o maxilar (revestido por uma pele ou tecido), ou dois dentes mesialmente àquele a ser extraído, aplicando-se o gancho neste dente, contra o colo; com o apoio e fulcro na porção redonda aplicava-se um enérgico golpeem direção mesial sobre o cabo, impedindo o gancho para fora, levando o dente consigo.

Agricultor no dentista, Johann Liss, c. 1616-17.

Como característica principal do “pelicano” e da técnica de utilização é que o apoio – fulcro não era realizado no mesmo dente a ser extraído e por isso a movimentação do braço o obviamente era horizontal. As primeiras modificações ocorreram na parte redonda, tornando-a semi-lunar convexa, entalhada ou obtusa; posteriormente com: Francisco Martinez (Espanha, 1557) e Woodal (1617) semilunar côncava entalhada, Ferrara (1627) semilunar côncava com três pontas, René J. C. de Garengeor (França, 1725) semilunar lisa, e assim por diante.[1]

Como tentativa em relação ao aperfeiçoamento do “pelicano” procurava-se simplificá-lo para torná-lo mais prático.[1] Assim, Giovanni Andre Della Croce (1514 – 1575), ilustre cirurgião de Veneza dedicou-se particularmente ao instrumental cirúrgico, deixando-nos em sua obra “Chirugia universalis opus absolutum” (1596), considerada texto clássico, a descrição pormenorizada do instrumental contemporâneo e daquele introdutório por ele; neste tratado surge pela primeira vez um “pelicano” extremamente simplificado.[1] Este instrumento, deretamente derivado do “pelicano” é o protótipo do famoso “levriero” que foi utilizado juntamente com o “pelicano” durante vários séculos, constituindo a forma intermediária da passagem para a “chave inglesa” ou “chave de Garengeot“.[1]

 3º período: De Fauchard à descoberta do trépano a pedal – 1728 a 1871

Claude Mouton, em 1746, publicou o primeiro trabalho relacionado à prótese, descrevendo a confecção de faceta em ouro para esmalte em dentes anteriores, e o uso de grampos para próteses parciais

Em 1754, Lecluse idealizou uma alavança especial para extração dos terceiros molares inferiores.

A profissão evoluiu em vários setores, sendo que em 1756, Philip Pfaff publicou o primeiro livro da Odontologia alemã, onde ensinava o preparo de modelos de gesso, após a moldagem, para confecção da prótese dentária; esse profissional praticou o capeamento pulpar. Próximo ao final do século, surgiu uma inovação, a dos dentes em porcelana.

Em 1788 Nicolas Dubois De Chémant, removendo uma prótese construída com dentes humanos sobre uma base de hipopótamo, observou um cheiro insuportavel que contaminou todo o ambiente; assim teve a idéia de confeccionar uma prótese com material inalterável, embora embora encontrasse dificuldade pela contração da porcelana durante o cozimento.[2] Em 1794, John Greenwood começou a usar a primeira coroa de porcelana, e em 1840 apareceram as primeiras coroas de porcelana a pino, para montar sobre a raiz.

Difundindo-se costume do atendimento na residência do dentista, logo surgiram os primeiros consultórios montados com certa funcionalidade e racionalismo. [3]

A definição do consultório coincidiu com as primeiras cadeiras expressamente fabricadas para esta finalidade. A mais antiga, talvez em todo o mundo, foi a utilizada nos Estados Unidos por Josiah Flagg, de 1790 a 1812. Além de fixo e almofadado para a cabeça, possuía duas gavetas para os instrumentos, sob o assento e sob o apoio de braços do lado direito; era inteiramente de nogueira, e a iluminação provinda da janela, em cuja direção estava colocada a cadeira. Esse profissional começou a praticar a Odontologia em Boston, em 1783.

Em 1810, temos poltronas mais confortáveis com uma bandeja acoplada.

As técnicas e métodos de higienização sofreram modificações ao longo do tempo, sendo que podemos encontrar atualmente uma infinidade de escovas, dentifrícios, fios e fitas dentais. além de outros meios auxiliares de higiene bucal, com cada característica e indicações próprias a cada paciente.

 4º período: Do trépano a pedal à Alta-rotação – 1871 a 1956

Em 1872 a S. S. White Company colocou no mercado o primeiro motor elétrico, que havia sido inventado por Geoge Green, abrindo caminho para um grande desenvolvimento em todos os países. Apenas no final de 1800 C. Edmund Kells introduziu a eletricidade em seu consultório.

Embora a primeira cadeira odontológica totalmente metálica temha sido fabricada em 1871, ainda em 1884 a história nos mostra cadeira e armário em madeira.

Após a descoberta de Koller em 1884, da anestesia tópica da cocaína, a anestesia local foi pouco substituída a anestegia geral em Odontologia, dando início à anestesia local contemporânea, utilizando a procaína.

Em 1892 surgiu uma cadeira odontológica completamente inovadora, a de Wilkerson, cujos movimentos antes realizados por manivelas passaram a ser feitos por alavancas.

Devido à necessidade de manter o paciente com a boca aberta por longo períodos de tempo, especialmente nas restaurações com ouro e nos tratamentos endodônticos, devido ao emprego do dique de borracha, idealizou-se um aparelho para sucção de saliva, acionado pela passagem de corrente de água, este tornou possível o moderno sugador de saliva, que foi finalmente introduzido em 1882.

 5º período: As especialidades – Prevenção, Implante, Odontologia Social – 1956 a 2000

Em 1956, o sueco Ivor Norlén patenteou nos Estados Unidos a turbina a ar, que atingia velocidade de 70.000 rpm. A peça de mão de Page-Chayes, introduzida em 1958, foi a primeira peça angulada para funcionar com sucesso acima de 10.000 rpm. A S. S. White Company introduziu o Borden Airotor, em 1957, a primeira peça de mão a ar de sucesso clínico que atingia a velocidade de 300.000 rpm. Desde então, as peças de mão sofreram ligeiras modificações, com todos os novos modelos utilizando uma pequena turbina dirigida diretamente por ar comprimido. Um pequeno mas significante ocorreu na década de 1970 quando, através da utilização dos componentes de fibra ótica construídos no interior da peça de mão, a luz poderia ser colocada na área de trabalho (boca do paciente).

A década de 1960 introduziu a variante do trabalho sentado, com algumas modificações na cadeira odontológica, porém o paciente continuava reclinado na mesma. Em 1970 surgiram os novos conceitos de “design” dos consultórios odontológicos americanos; em função do tipo de trabalho do profissional do tipo de equipamento que pretende e necessita utilizar, como também da característica da construção.

A prática das profissões da saúde foi orientada desde o início, no sentido do diagnóstico e tratamento das enfermidades. A expressão “arte de curar”, freqüentemente atribuída à profissão médica, traduz bem a orientação “curativa” com que a profissão surgiu. Passou-se a utilizar o termo como Medicina Preventiva, em oposição à curativa. Também em Odontologia usamos as expressões preventivas e curativas. Em gênese, a Odontologia teve a orientação predominantemente curativa e reparadora. Aos poucos, as idéias e princípios básicos de Odontologia Preventiva foram incorporados e recebem ênfase nos cursos de formação profissional. Porém, existe uma só Odontologia: a melhor que puder ser praticada num dado momento da evolução da doença. Prevenção e tratamento formam um todo contínuo. O tratamento oportuno e eficiente é uma forma de prevenir complicações e seqüelas. O conceito amplo de prevenção é o único compatível com uma prática profissional de padrão elevado, seja clínica particular, seja em serviços público.

Como a placa bacteriana é responsável pela instalação da cárie e doença periodontal, torna-as imperioso conhecer os métodos de controle da mesma, promovendo-se prevenção dessas doenças. É muito importante que as pessoas leigas conheçam como essas doenças se instalam e evoluem, para que sintam-se motivadas a controlá-las. Os profissionais devem conhecer e utilizar medidas e substâncias preventivas. Assim sendo, é necessário estabelecer técnicas de higienização adequadas a cada paciente, uma dieta controlada e balanceada, e a utilização de flúor e selantes.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

 

SANTA APÔLONIA  

Santa Apolônia

 Cujo nome de nascimento era Dina, foi batizada com o nome Apollania por seu pai em Alexandria , Egito . Ela tornou-se freira e dedicou-se ao trabalho missionário. Um dia um profeta com antipatia contra o Cristianismo espalhou o boato de que haveria desastres naturais ou epidemias por causa da ira dos deuses egípcios. Em meio as perseguições sofridas pelos cristãos, Apolônia, arriscava-se ajudando a quem podia, visitando prisioneiros e providenciando-lhes o que estivesse ao seu alcance.

Por sua fé permaneceu forte, até mesmo quando o povo frenético e em fúria, esmagaram o seu maxilar, extraíram dentes, cortaram-lhe a pele e, finalmente, foi queimada até a morte. Isso ocorreu durante o reinado de Philippus Arabus. Embora alguns detalhes do incidente são incertas, foi relatado em uma carta escrita por Dionísio de Alexandria, enviada para Fabius de Antioquia.

Apolônia se tornou um santa mártir e foi adorada como santa protetora das dores de dente e considerada como a padroeira dos dentistas.
Na mão esquerda ela segura um ramo de palma que simboliza o mártir, cuja morte paradoxalmente é o seu triunfo. Na outra mão segura um “forcepes” com um dente preso, simbolizando o mártirio que sofreu.
Seu dia é celebrado em 09 de fevereiro.

Fonte: The Fondation for Sacred Arts

 

A LINHA DO SORRISO MARCADA NUM VIKING HÁ 1000 ANOS


Foto: National Geographic

Pelo que tudo indica, a odontologia cosmética não é novidade nos dias atuais. Parece que já foi moda entre os Viking há um milênio. Ao examinar 22 crânios encontrados em quatro cemitérios suecos, Caroline Arcini, do Conselho do Patrimônio Nacional da Suécia, descobriu que eles já faziam sulcos em seus dentes superiores, talvez com ferramentas de pedra ou ferro. A localização e uniformidade das marcas sugerem que os vikings não causavam dano ao limar os dentes. Provavelmente essas fendas eram coloridas com graxas e carvão e representavam uma determinada profissão, ou foram marcas de honra para os guerreiros.