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Uma Organização Não Governamental, sem fins lucrativos que presta atendimento odontológico especializado principalmente a pacientes especiais, no bairro de Vila Isabel no Rio de Janeiro / RJ.

HIV / Aids e as DST’s

 As Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST’s 

As doenças sexualmente transmissíveis(DST) ocupam um lugar de destaque emtre as doenças que acometem a população sexualmente ativa, e os meios de contaminação e propagação atingem até os que não iniciram a vida sexual,pagam por este tributo com é o casos dos recem nascidos que são acometidos intra utero, ou no momento do parto por via baixa. Tambem é uma das indicações de parto cesareo quando o canal do parto e a vulva estão acometidos. Fatores com meios de comunicação, turismo sexual, facilidade de locomoção,condutas morais, promiscuidade sexual,fantasias sexuais, aumentam a incidencia das DST, relação com multiplos parceiros, o não uso de preservativos ,etc

As doenças sexualmente transmissiveis pode acarretar na mulher, os casos de abortamento, infertilidade, partos prematuros, infecções intrautero, cervicite, crecimento intra uterino retardado, gravidez ectópica e morte do feto. O tratamento se torna complicado principalmenter se a mulher estiver em periodo gestacional.

 SÍFILIS
Transmitida pelo Treponema pallidum(espiroqueta)atraves de contato sexual.A forma de transmissão não sexual é rara e se da atraves de contatos acidentais. Tem um periodo de incubação de 1 a 3 semanas. Classifica-se em primária, secundária e terciária, de acordo com o periodo de evolução clínica. O diagnóstico pode ser clinico, complementado pelo laboratório. Clinicamente aprecimento de um cancro indolor na região perianal e genital, indolor que desapaarece apos ums 8 dias O contagio extragenital encontrado nos labios(lesões). O exame laboratorial: VDRL e FTA-ABS(imunofluorescencia) O FTA-ABS é importante para confirmação e não para acompanhamento. Tratamento a base de Penicilina ou Eritromicina para as pesoas que apresentam reações alergicas a penicilina. A recomendação é que as gestantes tratadas devem fazer acompanhamento para controle de cura. O filho de uma mãe com sifilis, pode apresentar cegueira,retardo mental etc.

GONORRÉIA
Sinonímia:
blenorragia, gota matinal Doença sexualmente transmissivel, pelo diplococo gram negativo, Neisseria gonorrhoeae.A incidencias da gonorréia no mundo é estimada em 60 milhões de casos/ano.E nos paises dio terceiro mundo está entre as cinco primeira causas de procura nos serviços de saude, segundo a OMS(Ison et. al,1998 Brasil Ministerio da Saude 1997). Tem um periodo de incubação que varia de 2 a 5 dias. Tem maior incidência dos 15 aos 40 anos A transmissão ocorre por contato aexual anal, vaginal, oral Na mulher se manifesta com um corrimento de aspecto leitoso e manifestações de disúria, geralmente confundido com infecção urinária Muitas vezes oligoassintomático9 70% assintomaticas). A endocervix é o local preferido da infecção, levando a paciente a um quadro de dispaurenia.
Laboratorio: secreção uretral, exames de cultivo metodo Thayer-Martim modificado. Quando a mulher não trata a gonorréia a infecção atinge as trompas ovarios, leva a infertilidade, obstrução das trompas as doenças inflamatória pélvica. O tratamento é a base de antibióticos.

CANDIDIASE
sinominia:
moniliase, Agente etiologico: Candida Albicans(fungo) Quadro clinico: corrimento branco, de aspecto leitoso, prurido vaginal intenso,disúria. Faz parte da flora vaginal(saprofita).Quando há um desequlibrio da flora vaginal se exarceba, dando a sintomatologia Meios de trasmissão: contato sexual, ou secreções da boca, pele e dejetos de portadores ou doentes. Fatores predisponentes para aparecimento de candidiase: gravidez
 antibioticos
 imunosupressores
 diabetes
 vestimentes apertadas, tecidos sintéticos, substancias irritativas etc.
Conduta: citologia vaginal para avaliação. Recomenda-se o tratamento do casal. T

TRICOMONIASE Agente etiológico:Trichomonas vaginalis Doença sexualmente trasmissivel, pelo Trichomonas vaginalis.(protozoário) sintomas clinicos: corrimento esverdeado de odor fétido+ prudido vaginal, disuria e dispaurenia. A sintomatologia tende a piorar apos a relação sexual e apos a menstruação
Diagnostico: pela sintomatologia clinica, acima relacionada e complementação citologia vaginal.
Tratamento: a base de metronidazol tinidazol, secnidazol. Deve ser tratado o parceiro sexual para evitar recidivas.
O metronidazol interfere com o alcool. Dai deve ser evitado, durante o tratamento.
Na mulher tratamento oral e creme vaginal.
Abstinencia sexual.
Recomenda-se não usar a medicação nos 3 primeiros meses de gravidez. É discuivel sua transmissão por contato não sexual.

CONDILOMA ACUMINADO Também denominado verugas genitais,vulgarmente conhecido como ¨crista de galo¨.
Infecção trasmitida pelo virus HPV. Os virus HPV existem mais de 70 especies. Onde encontramos os de Baixa oncogenicidade e os de alta oncogenidade.
Os de alta oncogenidade estão relacionados com o cancer de colo de utero. São lesões que dependendo da imunidade da pessoa atingidade eles atingem grandes proporções semelhante a um couve-flor.
É por demais importante o exame atraves da colposcopia para detectar as lesões subclinicas. A trasmissão se da por contato sexual.oral, e anal.

HERPES GENITAL. Provocado pelo Herpesvirus hominis tipo 2. São lesões vesiculares agrupadas em forma de bolhas, de aspecto avermelhado com dor local, as vezes febre. que aparecem na região genital.

CLAMIDIA Também é denominada uretrite não gonocócica. Tem como agente etiólogico a Chlamidia trachomatis. A paciente apresenta um corrimento vaginal com aspecto purulento e ardor vaginal. Não tratada pode evoluir para Bartholinite, DIP e infertilidade.

GARDNERELLA OU VAGINOSE BACTERIANA Agente etiólogico: Gardnerella vaginalis. A paciente apresenta um corrimento de odor de peixe, ou fétido Com aspecto cremoso ou acinzentado. Mais exaecebado no periodo pos- menstrual e depois da relação sexual. O dIagnóstico laboratorial: presença de clue-cell no esfregaço vaginal. Teste das aminas positivo: quandose coloca KOH a 10%.
Tratamento: a critério do profissional.

 

Herpes labial  

Sintomas 

O herpes labial é uma infecção virótica crónica caracterizada por vesículas (pequenas bolhas) dolorosas cheias de líquido em torno dos lábios, nariz e queixo. 

Causas

 O herpes labial é causado por um vírus conhecido como Vírus Herpes Simplex de tipo 1 ou HSV-1. O Vírus Herpes Simplex de tipo 1 não deverá ser confundido com o Vírus Herpes Simplex de tipo 2, o qual afeta maioritariamente os órgãos genitais. 

É impossível eliminar o vírus por completo. As manifestações do HSV-1 alternam com os períodos em que o vírus permanece latente (adormecido) nas células nervosas. Não se sabe exatamente qual a causa de uma manifestação do HSV-1, mas pensa-se que determinados fatores desencadeadores poderão estar na base dos episódios de herpes labial. Quando tal sucede, o vírus percorre o nervo até à superfície da pele, onde tenta replicar-se no núcleo das células. Em muitas pessoas, não surgem quaisquer sintomas, embora as células estejam infectadas. No entanto, nalguns casos, o processo de replicação do vírus destrói as células e causa pequenas bolhas ou vesículas na pele. Após a formação do herpes, o vírus regressa ao corpo. 

Propagação do vírus 

Estudos realizados demonstram que 80% da população é portadora do HSV-1. Por outro lado, quase 90% dos indivíduos maiores de 30 são portadores do vírus. 20% dos infectados sofre episódios regulares de herpes labial*. Pensa-se que o HSV-1 é contraído sobretudo durante a infância. Uma vez infectada, uma pessoa pode sofrer de episódios regulares de herpes labial durante o resto da vida.      

O vírus HSV-1é muito contagioso. Costuma propagar-se por meio do contato físico, tal como abraços e beijos, mas também pode transmitir-se através da partilha de bebidas, por exemplo. O vírus transmite-se desde a fase inicial do herpes, em que sente ardor e prurido, até à fase da cicatrização, quando a crosta desaparece. O vírus pode transmitir-se através de uma pessoa infectada, mesmo que ela não apresente os sintomas. Embora o HSV-1 tenda a atacar os lábios, nariz ou queixo, pode ser transmitido a outras partes do corpo, incluindo os olhos, os dedos e os órgãos genitais.
 

O que provoca o herpes labial? 

As manifestações do HSV-1 alternam com os períodos em que o vírus permanece adormecido em células nervosas, denominadas de gânglios. Não se sabe exactamente qual a causa de uma manifestação do HSV-1, mas entre os fatores desencadeadores poderão contar-se: 

  • Exposição ao sol
  • Stress
  • Temperaturas baixas
  • Febre
  • Constipação/Gripe
  • Fadiga
  • Alterações hormonais
  • Menstruação 

As várias fases de um episódio de herpes labial 

Este gráfico ilustra as fases típicas de um surto de herpes labial que dura 12 dias. Alguns surtos poderão ser mais ou menos longos que o demonstrado.

 

1ª Fase – Fase do prurido  

 Esta fase inicial é caracterizada por uma sensação de ardor e prurido em torno dos lábios ou nariz.

 

2ª Fase – Fase da bolha 

 Um ou dois dias depois, surge o primeiro sinal visível de um grupo de pequenas bolhas.

 

3ª Fase – Fase de ulceração 

Esta fase caracteriza-se pelo rebentamento das bolhas, deixando uma ulceração avermelhada de pouca profundidade. Trata-se da fase mais dolorosa e contagiosa. 

4ª Fase – Fase da ferida/crosta 

 Forma-se uma ferida seca com crosta castanha. Se a crosta se descolar, a ferida sangra e o doente sente prurido e ardor.

 

5ª Fase – Fase de cicatrização 

 Se se verificar a formação de uma crosta, esta desaparecerá durante o processo de cicatrização.
 

Conselhos acerca do Herpes Labial 

1. Não toque na ferida 

Se sofrer de herpes labial, evite o toque, pois existe o risco de: 

Transmissão 

O vírus HSV- 1 é muito contagioso. Pode propagar-se desde a fase inicial do herpes, em que sente formigueiro e prurido, até à fase de cicatrização, quando a crosta desaparece. 

O vírus pode transmitir-se por meio de: 

Contato físico como beijos e abraços entre a pessoa infectada e uma pessoa não infectada. 

Auto inoculação: ocorre quando o vírus se propaga de uma parte do corpo para outra por meio dos dedos, por exemplo. 

Objetos infectados: tais como copos, garrafas, roupa e escovas de dentes recém-utilizadas por uma pessoa infectada. 

Infecção secundária: Pode agravar uma manifestação da infecção, podendo resultar num problema mais grave. 

2. Lave as mãos 

Se tocar no herpes, lave as mãos imediatamente depois. Em casos raros, as pessoas infectadas com herpes podem contaminar os olhos, condição potencialmente muito perigosa. Tenha especial cuidado, se utilizar lentes de contato. 

3. Evite os beijos e partilhar bebidas 

Durante um episódio, o vírus HSV-1 pode transmitir-se facilmente de uma pessoa para outra através de beijos ou da partilha de uma bebida. 

Tratamento do herpes labial 

Não existe tratamento conhecido que elimine totalmente o vírus HSV-1. 

Os tratamentos mais comuns à venda no mercado são pomadas destinadas ao tratamento do vírus. Mesmo com a pomada antivírica mais eficaz, é difícil tratar o vírus, pois após a formação do herpes, o vírus retrocede para o seu local de origem. É impossível eliminar o vírus por completo. Assim sendo, uma abordagem diferente é controlar o herpes labial tratando os sintomas como se se tratasse de uma ferida. 

Os utilizadores de pomadas poderão debater-se com os seguintes problemas. 

1. As pomadas não ocultam os sinais visíveis de um episódio de herpes. 

2. As pomadas não previnem o risco de contágio e infecção secundária. 

3. As pomadas não previnem dos efeitos que o movimento labial tem na mesma. 

Fonte: www.compeed.com.pt 

Definição

Quando seu filho tiver Herpes labial ou bolha por febre, você pode esperar:

- um conjunto de bolinhas ou bolhas pequenas e dolorosas na parte exterior do lábio.
- chagas somente de um lado da boca.
- coceira ou ardor na parte exterior do lábio, no mesmo onde esteve a herpes labial.

O vírus da Herpes simples causa a herpes labial. Ela aparece quando se tem contato com alguém que tem herpes. Depois da primeira vez, o vírus passa a viver nos nervos da pele. Algumas pessoas têm Herpes labial mais de uma vez. Pode reaparecer devido a exposição ao sol ou febre.

Que cuidados devem ser tomados?

Siga as seguintes recomendações:

- Use uma pomada ante herpes. Seu médico vai receitá-la.
- Coloque a pomada sobre a bolha tão logo ela saia. Isto vai encurtar o tempo da herpes.
- Um protetor de lábios com filtro solar pode ajudar a evitar recaídas.
- Não toque o Herpes labial. Eles são contagiosos.

Procure ajuda médica se:

- Houver herpes ao redor do olho.
- A infecção durar 2 semanas ou mais.
- Tiver problemas com as pomadas ante herpes e outras perguntas e preocupações.

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Beijo na boca é bom e todo mundo gosta. Mas antes de sair beijando por aí, vale prestar atenção nas recomendações dos especialistas. Algumas doenças são transmitidas pelo contato labial. E uma delas, sem dúvida, é o herpes.

Ao contrário do que muita gente imagina, ninguém passa herpes labial apenas por ser portador do vírus. Ela só é transmissível quando surgem as bolhas na boca. Se uma pessoa infectada beija outra durante episódio de infecção, a transmissão torna-se possível. “É assim que geralmente as crianças adquirem a primeira infecção pelo herpes. Isso acontece quando a criança é beijada pela mãe ou qualquer outra pessoa que apresente a infecção”, esclarece a dermatologista Denise Steiner.

Caso ocorra o contágio, o vírus persiste no organismo, sendo capaz de apresentar reativações periódicas. Foi o que aconteceu com o publicitário Carlos Augusto dos Reis, que durante muitos anos sofreu de herpes labial. “Qualquer diminuição da minha resistência orgânica, decorrente de um estado gripal, por exemplo, já desencadeava esse tormento. Caso me expusesse muito ao sol ou ao frio, novamente voltava à crise do herpes. Quando me estressava por algum motivo, vinha novo ataque”, conta.

Conforme a dermatologista, o herpes labial é uma infecção que se divide em algumas etapas. “Primeiro, o lábio arde e coça. Inicia-se um pequeno inchaço, formando bolhas frequentemente dolorosas. As bolhas rompem-se e juntam-se ocasionando uma ferida com secreção”. É nessa hora que o vírus pode ser transmitido com muita facilidade. No último estágio, a ferida seca e sara. Depois disso formam-se cascas e ocorre a cicatrização.

Para Carlos Augusto, o pior estágio é quando formam as bolhas. “Os lábios ficam realmente dolorosos, mas o pior é a aparência. Todos olham com nojo para mim”, diz o publicitário.

Prevenção e Tratamento

“Ao identificar infecção, lave sempre as mãos após tocá-la. Não coloque a mão em seus olhos. É preciso evitar o contato com os lábios de outras pessoas na primeira fase do aparecimento do herpes. Deve-se manter cuidados rigorosos de assepsia na zona do lábio afetada, por meio da aplicação de produtos que garantam a sua boa desinfecção”, aconselha a dermatologista.

Durante o tratamento, Denise indica uma pomada especial com objetivo de acelerar o processo de cicatrização. Ela ainda alerta para proteger a área contra o sol e não furar as bolhas ou arrancar as crostas das feridas.

 

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O que é aids ?

A aids é uma doença que se manifesta após a infecção do organismo humano pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, mais conhecido como HIV. Esta sigla é proveniente do inglês -Human Immunodeficiency Virus. Também do inglês deriva a sigla AIDS, Acquired Immune Deficiency Syndrome, que em português quer dizer Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

Síndrome
Grupo de sinais e sintomas que, uma vez considerados em conjunto, caracterizam uma doença.

Imunodeficiência
Inabilidade do sistema de defesa do organismo humano para se proteger contra microorganismos invasores, tais como: vírus, bactérias, protozoários, etc.

Adquirida
Não é congênita como no caso de outras imunodeficiências. A aids não é causada espontaneamente, mas por um fator externo (a infecção pelo HIV).
O HIV destrói os linfócitos – células responsáveis pela defesa do nosso organismo -, tornando a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas, chamadas assim por surgirem nos momentos em que o sistema imunológico do indivíduo está enfraquecido.

Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era quase uma sentença de morte. Atualmente, porém, a aids já pode ser considerada uma doença crônica. Isto significa que uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus, por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal. Isso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que propiciam o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes. Deve-se, também, à experiência obtida ao longo dos anos por profissionais de saúde. Todos estes fatores possibilitam aos portadores do vírus ter uma sobrevida cada vez maior e de melhor qualidade.

Ciclo do HIV e aids

O período médio de incubação é estimado em 3 a 6 semanas. Compreende-se por período de incubação o intervalo de tempo entre a exposição ao vírus até o surgimento de alguns sintomas, como febre e mal-estar (fase inicial). A produção de anticorpos inicia-se de 8 a 12 semanas após a infecção.

Denomina-se fase assintomática o estágio em que a pessoa infectada não apresenta qualquer sintoma. Esse período de latência do vírus é marcado pela forte interação entre o sistema imune e as constantes e rápidas mutações do vírus. Durante essa fase, os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada .

A fase final corresponde à redução crítica de células T, tipo CD4, que chegam abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Adultos saudáveis possuem de 800 a 1200 unidades. Nessa fase, surgem os sintomas típicos da aids, tais como: diarréia persistente, dores de cabeça, contrações abdominais, febre, falta de coordenação, náuseas, vômitos, fadiga extrema, perda de peso, câncer.

Sintomas

A aids não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais são geralmente semelhantes e, além disso, comuns a várias outras doenças. São eles: febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo para desaparecer. Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema imunológico do indivíduo, começam a surgir doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, alguns tipos de câncer, candidíase e infecções do sistema nervoso (toxoplasmose e as meningites, por exemplo).

Formas de Contágio

O HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e pelo leite materno.

ASSIM PEGA ASSIM NÃO PEGA 
- sexo vaginal sem camisinha
- sexo anal sem camisinha
- sexo oral sem camisinha
- uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa
- transfusão de sangue contaminado
- mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação
- Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados 
- sexo, desde que se use corretamente a camisinha – masturbação a dois – beijo no rosto ou na boca
- suor e lágrima
- picada de inseto
- aperto de mão ou abraço
- talheres / copos
- assento de ônibus
- piscina, banheiros, pelo ar
- doação de sangue
- sabonete / toalha / lençóis

Gengiva

GENGIVITE, Saiba o que é?

A gengivite é uma inflamação dos tecidos gengivais que circundam o dente. Geralmente é precedida pela placa bacteriana no sulco gengival.

A falta de higienização adequada também pode comprometer a saúde da gengiva. Um dos primeiros sintomas de que ela está com algum problema é a presença de inchaços, cor avermelhada e sangramento durante a escovação. Esses são sinais de gengivite, ou seja, inflamação nessa região. “A gengiva é tão importante quanto o dente; para mantê-la saudável é fundamental, após a escovação, passar o fio dental corretamente entre as curvas dos dentes.” Se a gengivite não for tratada, a infecção pode se “espalhar” e comprometer a estrutura que sustenta os dentes, a gengiva começa a se soltar e a se retrair dos dentes (esta fase é chamada de periodontite). Isto permite que a placa bacteriana se mova em direção às raízes, às fibras de sustentação e ao osso. Para evitar maiores problemas no futuro, além da higiene bucal, o ideal é visitar o dentista de 6 em 6 meses.
Fonte:odontologika.uol.com.br

PROBLEMAS NA GENGIVA 

       

O tártaro é uma formação do depósito de placas bacterianas que reagem quimicamente com fosfato de cálcio da saliva, originando uma camada endurecida sobre os dentes. Deve ser removida pelo dentista e pode ser prevenido pela escovação e uso do fio dental.

A periodontite é a inflamação que atinge os tecidos periodontais, provocando a destruição desses, e do osso alveolar, responsável pela fixação do dente. Com sua evolução há o amolecimento do dente devido a perda óssea e ocasionando a perda do dente, (provocada pela presença do tártaro).

A gengivite é uma inflamação dos tecidos gengivais que circundam o dente. Geralmente é precedida pela placa bacteriana no sulco gengival.

Fonte: odontologika.uol.com.br

 

Ômega 3 ajuda a prevenir inflamações na gengiva

Pesquisadores acreditam que ácido graxo possa reduzir periodontite em 22% 

(Stockbyte/Thinkstock)

“Pessoas que consomem ômega 3 regularmente estão mais protegidas contra a periodontite – inflamação na gengiva causada pelo acúmulo de bactérias e que pode acabar em perda do dente e até mesmo de parte do osso do maxilar. De acordo com uma pesquisa publicada no periódico National Health and Nutrition Examination Survey, o consumo rotineiro do ácido graxo pode reduzir em 22% os riscos da doença.

“Ao que parece, a bactéria que causa a periodontite precisa de um ambiente típico da inflamação para conseguir crescer”, explica Kenneth Mukamal, de Harvard Medical School. Segundo o pesquisador, inflamações na gengiva que poderiam resultar em problemas mais severos conseguiram ser contidas com tratamentos feitos a base do ácido graxo ômega 3.

Para chegar aos resultados, a equipe coordenada por Mukamal analisou dados de mais de 9.000 voluntários adultos, entre 1999 e 2004. Cerca de 8% deles tinham algum tipo de doença na gengiva. Entretanto, aqueles que consumiam quantidades medianas ou elevadas de peixes com alta concentração de ômega 3 ficavam menos propícios a desenvolver a doença.

“É sabido que o ômega 3 tem uma série de efeitos benéficos em diversos órgãos do organismo. Talvez a gengiva também seja um desses locais beneficiados”, destaca Mukamal, ressalvando que mais pesquisas são necessárias para se confirmar com segurança (e mais exatidão) os efeitos do ácido graxo na boca. Apesar da Associação Americana do Coração indicar duas refeições semanais de peixes “gordos”, como salmões, arenque e atum, a equipe de Harvard ainda não conseguiu mensurar qual a quantidade necessária para prevenir as inflamações na gengiva

 

DOENÇA PERIODONTAL E OBESIDADE 

Muitos médicos consideram que a obesidade é uma doença crônica. Sabe-se que os números relativos à obesidade estão aumentando nos Estados Unidos e que mais e mais jovens estão se tornando obesos devido à má-nutrição e hábitos pouco saudáveis. As pesquisas demonstram que obesidade aumenta o risco de hipertensão, diabetes tipo 2, artrite, doenças cardiovasculares, problemas respiratórios e câncer do endométrio, seios, próstata e cólon.1 Um estudo recente também demonstrou que a obesidade eleva o risco de doenças periodontais e que talvez seja a resistência à insulina que regula a relação entre a obesidade e as doenças periodontais.1 Descobriu-se também que os indivíduos com índice de massa corporal elevado produzem um nível mais alto de proteínas inflamatórias.1

Mais de 60% dos adultos americanos podem ser classificados como? acima do peso? ou obesos?. Entre algumas populações de risco, como as mulheres afro-americanas, essa porcentagem é ainda maior, colocando essas pessoas entre aquelas com risco mais elevado em relação ao diabetes e doença cardiovascular. Algumas autoridades estimam que, de cada três americanos, dois estão acima do peso ou são obesos e mostram que as projeções futuras indicam um aumento na incidência da obesidade entre a população em geral.1

É muito importante que as pessoas entendam a epidemia de obesidade e tomem as medidas necessárias para tratar do problema, tanto em relação a si próprias e quanto em relação aos membros de sua família. Não é demais enfatizar a importância de uma boa nutrição e de exercícios físicos e esclarecer às pessoas o papel que a obesidade pode ter no desenvolvimento do diabetes, das doenças cardiovasculares e do câncer.
Os dentistas devem elaborar um histórico de saúde completo dos pacientes, examinar os problemas que indiquem as causas da obesidade e encaminhar o paciente a um médico para avaliação. Os dentistas devem também avaliar o estado da saúde bucal do paciente e propor um tratamento baseado no diagnóstico. É preciso também enfatizar a importância de reduzir a presença da placa bacteriana e a inflamação que ela provoca acima e abaixo da linha da gengiva. Além disso, é essencial reforçar os cuidados a serem tomados em casa e incentivar o paciente a usar regulamente o fio dental e a escovar os dentes duas vezes por dia com um creme dental com flúor que ofereça proteção antibacteriana.

© Copyright 2009 Colgate-Palmolive Company
Referência:
1. Grand Rounds in Oral and Systemic Medicine Vol.1, No 2, 2006, pp. 36 – 47


DOENÇAS PERIODONTAIS-Causas e Tratamentos

 

Gengiva saudável

 Gengivite / Tártaro

Periodontite

 Periodontite grave

 Qual a causa da doença periodontal?
A placa bacteriana aderida ao dente é a única causa, porém algumas alterações na gengiva podem estar associadas a causas hormonais, uso de alguns medicamentos, queda de resistência etc.

Existem medicamentos indicados para o tratamento?
Não é possível o tratamento desta doença somente com medicamentos, sejam estes locais ou sistêmicos. A placa bacteriana aderida ao dente tem que ser removida mecanicamente.

Como o tratamento é realizado pelo cirurgião-dentista?
É feito com a remoção da placa bacteriana aderida através de raspagem e alisamento das raízes dos dentes. Quando os instrumentos de raspagem não atingem toda área da raiz comprometida, as cirurgias são indicadas; para facilitar o acesso.

Uma vez tratada a doença, os tecidos recuperam-se integralmente?
Não, sempre ficam sequelas, com exceção das gengivites. A doença periodontal deixa como sequelas alterações esteticas como: deslocamento na posição do dente, retração gengival com consequente aumento no comprimento do dente etc. Existem procedimentos cirúrgicos e protéticos que podem minimizar esses defeitos.

De quando em quando se fazem os retornos para a manutenção após o tratamento?
As visitas para manutenção devem assegurar a estabilidade da condição de saúde alcançada com o tratamento e, assim, evitar tanto a progressão da doença como a sua recidiva. Nos casos mais avançados, recomenda-se uma periodicidade de 3/3 meses e de 4/6 meses para a maioria das pessoas.

É possível prevenir esta doença?
A sua prevenção pode ser feita unicamente removendo a placa bacteriana através de limpeza bucal doméstica com fio dental e escova, mais limpezas periódicas feitas pelo dentista.

Fonte: odontologika.uol.com.br

 

DOENÇAS PERIODONTAIS 

As Doenças Periodontais são diagnosticadas pelo cirurgião-dentista.
A placa bacteriana, com o tempo, poderá se mineralizar formando o tártaro ou cálculo gengival. Juntos, a placa e o tártaro deslocam as gengivas através da destruição das fibras que prendem o dente à gengiva. Se essa alteração não for tratada, a estrutura óssea que sustenta o dente poderá se comprometer e, a longo prazo, poderá ocorrer a perda do elemento dental. Esse abalo na estrutura óssea é denominado Periodontite (doença periodontal).

O que é doença periodontal?
É uma infecção, causada por bactérias, que afeta os tecidos que rodeiam os dentes; caracteriza-se pela formação de um espaço indesejável entre a gengiva e o dente, chamado de bolsa periodontal, a qual favorece o acúmulo de resíduos alimentares e bactérias. A doença periodontal é a principal causadora da perda de dentes em adultos.

Como posso saber se já tenho doença periodontal?
0 sinal mais característico é o sangramento, mas devemos estar atentos também para: alterações na posição dos dentes, mobilidade, retrações gengivais, retenções de alimento, inchaço etc.

Ao perceber sangramento durante o uso do fio dental, devo suspender esse procedimento de limpeza?
Não, desde que esteja passando o fio corretamente. 0 sangramento denota a presença de bactérias nessa região e, dessa forma, é conveniente continuar com o uso do fio na tentativa de removê-las.

Fonte: odontologika.uol.com.br

 

Flúor

O que é Flúor?

O flúor é um mineral natural encontrado em toda a crosta terrestre e largamente distribuído pela natureza. Alguns alimentos contêm flúor, assim como a água fornecida por algumas empresas de serviço público.

O flúor é geralmente adicionado à água potável para ajudar a reduzir a incidência de cáries nos dentes. Na década de 30, pesquisadores encontraram pessoas que cresceram bebendo água naturalmente fluoretadas. Desde então, os estudos têm mostrado repetidamente que quando o flúor é adicionado ao suprimento de água da comunidade, a incidência de cárie diminui. A Associação Brasileira de Odontologia, a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde, dentre muitas outras organizações têm endossado o uso de flúor nos suprimentos de água, devido ao seu efeito preventivo contra a cárie.

 

Como o flúor atua?

O flúor ajuda a prevenir as cáries de duas maneiras distintas:

  • O flúor se concentra nos ossos em crescimento e nos dentes em desenvolvimento das crianças, ajudando a endurecer o esmalte dos dentes de leite e permanentes que ainda não nasceram.
  • O flúor ajuda a endurecer o esmalte dos dentes permanentes que já se formaram.

O flúor trabalha durante os processos de desmineralização e remineralização que ocorrem naturalmente em sua boca.

  • Sua saliva contém ácidos que causam a desmineralização nos dentes. Estes ácidos são liberados após a alimentação.
  • Em outros momentos – quando sua saliva está menos ácida – ocorre justamente o oposto, a reposição do cálcio e do fósforo que mantém seus dentes resistentes. Este processo é chamado de remineralização. Quando o flúor está presente durante a remineralização, os minerais depositados são mais duros do que seriam sem o flúor, ajudando a fortalecer seus dentes e a prevenir a dissolução durante a próxima fase de desmineralização.

 

Como saber se estou recebendo quantidade suficiente de flúor?

Se a água que você bebe contiver flúor, então somente a escovação regular utilizando um creme dental com flúor será suficiente para adultos e crianças com dentes saudáveis, com um baixo risco de cáries. Se a água de sua comunidade não for fluoretada, nem contiver uma quantidade suficiente de flúor natural (uma parte em um milhão é considerada ideal), então seu dentista ou pediatra deve receitar suplementos de flúor para suas crianças tomarem diariamente. Seu dentista ou pediatra poderá dizer a quantidade correta de flúor para sua família, por isso não deixe de pedir sua orientação. Se a água que você consome vier de uma rede pública de abastecimento, você poderá saber se ela contém flúor ligando para a empresa de água local. Se a sua água vier de um poço particular, você poderá analisá-la em um laboratório de teste ambiental independente e que ofereça este tipo de serviço.

 

 O flúor é benéfico à nossa saúde, reduzindo a cárie dentária, um grande problema de saúde que atinge mais de 95% da população; todavia este deverá ser ingerido na dosagem correta, para uma boa prevenção sem os efeitos da hiperdosagem.

Para fortalecer os dentes, o flúor deverá estar presente na saliva, para assim ter um contato direto com os dentes, interferindo nos microrganismos produtores da cárie e alterando os cristais de esmalte, tornando-os mais resistentes à agressão da cárie.

O flúor pode ser ingerido através da água de consumo público e do sal de cozinha podendo ser adicionado também ao leite (geralmente nos programas alimentares das escolas do ensino básico) sob a forma de comprimidos ou gotas; Essas formas são chamadas de sistémicas, pois têm um metabolismo próprio no organismo humano; o flúor pode também ser usado localmente nos dentes por meio de cremes dentários (pastas de dentes), bochechando na boca, aplicações tópicas realizadas por dentistas ou ainda, por vernizes fluoretados.

Relativamente ao benefício da criança, e na fase da gravidez da mãe, não há grande interesse em administrar o flúor à grávida, pois se esta recebe normalmente o flúor sistémico, através da água de consumo público por exemplo, só uma pequena parte do flúor chega até o feto; mesmo assim, se a grávida não receber flúor sistémico e iniciá-lo apenas na gravidez, será necessário cerca de 6 meses para haver preenchimento e saturação do flúor no corpo da mãe, para seguidamente ser transmitido ao filho; adicionando estes 6 meses, muitas vezes, para o diagnóstico da gravidez, o tempo útil fica reduzido.

Em relação à aplicação periódica de flúor nas crianças, os resultados são evidentes e óptimos, reduzindo o risco da cárie; a frequência maior neste tipo de administração, será mais benéfica. Já a aplicação tópica em adultos reduz a incidência de cárie, embora com resultados menos evidentes que nas crianças. Todavia, a interrupção do uso do flúor poderá aumentar um pouco o aparecimento de novas cáries.

A primeira aplicação de flúor na criança deverá ser efetuada o mais precocemente possível, logo após o nascimento dos dentes de leite.

Na doença gengival, o flúor atua apenas de forma indireta, pelo mecanismo de redução da cárie.

Não existe o problema em usar pastas ou bochechos com flúor nas cidades em que existe o programa de fluoretação das águas, desde que não se processe a ingestão da pasta ou da solução do bochecho.

Também não é recomendável a criança engolir a pasta com flúor; se tal acontece sistematicamente (e sempre que escovar os dentes) por vários anos, tal poderá causar a fluoretose dentária; o volume da pasta a ser colocado na escova deve ser limitado a 0,5cm, ou menos, em função da idade da criança; a ingestão ocasional não traz problemas.

 

O uso do flúor

O flúor é um elemento muito importante para a formação do biofilme, ou seja, a proteção dos dentes. Ele, em contato com a saliva, que contém cálcio, fortalece o dentinho. Por isso, devemos usar flúor sempre.

“Os cremes dentais contém a proporção exata de flúor que devemos usar diariamente”, diz a odontopediatra Bruna Montecchi. Além disso, todas as pessoas, adultos, crianças, bebês e gestantes devem ingerir diariamente uma baixíssima concentração de flúor sistêmico, encontrada na água de abastecimento da sua cidade.

“Por isso é importante ingerirmos sempre água filtrada, pois as águas minerais engarrafadas nem sempre apresentam essa concentração de flúor. O flúor sistêmico, além da importância para a formação dos germes dentários, é responsável pela manutenção do ph da nossa saliva, diminuindo os riscos de cárie e doenças gengivais”, ensina a dentista.

Além desse tratamento diário, os especialistas recomendam, de 6 em 6 meses, uma visita ao dentista, onde ele fará a remoção mecânica da placa bacteriana e aplicará o flúor numa concentração maior.

O flúor da pasta de dente, pode causar vômitos, diarréias entre outras complicações, se ingeridos em grandes quantidades”.

Excesso de flúor prejudica os dentes 

Crianças são as principais vítimas da fluorese. Saiba por que o problema ocorre e como evitar
enxaguatórios bucais e dos consultórios não pode ser ingerido. “O excesso de flúor pode causar uma fluorose, onde os dentes que irão erupcionar nascem com manchas brancas, além de causar dores de estomago, O maior aliado no combate às cáries está na mira dos dentistas. Nos últimos anos os especialistas da boca constataram um fenômeno: o aumento do número de casos de fluorese, doença provocada pelo excesso de flúor.

O problema é resultado de ações e campanhas que alardearam os benefícios da substância. O mineral fortifica o esmalte do dente, que forma uma espécie de capa protetora de toda a estrutura, impedindo que bactérias e germes proliferem pela boca e causem a famigerada cárie.

Pensando no bem na população, muitas companhias municipais de saneamento acrescentaram o mineral à água e marcas de creme dental fizeram o mesmo para garantir a dose diária recomendada pelos especialistas. Resultado: nos últimos 30 anos o índice de cárie entre os brasileiros caiu cerca de 70%.

No entanto, as crianças tornaram-se uma das principais vítimas do consumo excessivo de flúor e não é difícil entender o porquê. Vários estudos comprovaram que os pequenos até 7 anos de idade engolem pasta ao escovar os dentes, às vezes, sem querer, e outras para “experimentar” o produto.

A consequência, no grau mais leve, é o aparecimento de manchas brancas em diferentes partes do dentes. Se não diagnosticada, a doença evolui até o desgaste do esmalte, levando a rachaduras e quebras.

A melhor maneira de prevenir é ensinar os pequenos como fazer adequadamente a higiene bucal e visitar, pelo menos duas vezes ao ano o dentista. Os pais devem ficar atentos e comprar pastas especiais, ou seja, sem flúor, para crianças até 7 anos.

Depois desta idade pode-se usar cremes dentais comuns, porém, em quantidades pequenas. Nunca preencha totalmente as cerdas da escova com o produto. Esta é uma dica bem simples, mas eficaz na prevenção.

 

A importância do flúor  

A idade ideal para iniciar as aplicações tópicas de flúor é por volta dos dois anos e meio a três anos de idade, no momento em que a criança está completando a dentição decídua. Essa aplicação deve ser realizada pelo odontopediatra.

Os pais das crianças sabem que uma dentição bonita é fundamental para o convívioem sociedade. Oflúor é um dos agentes importantes na redução da cárie dentária que é uma doença infecto contagiosa, associados a outros métodos de prevenção, tais como: a dieta equilibrada, a escovação, o fio dental, aplicação de selante, e muito importante à água fluoretada.

O fluoreto tem efeito preventivo de cárie não só em crianças, mas também nos adultos. As lesões cariosas podem ser paralisadas pela aplicação local de flúor, além de aumentar a tendência de remineralização de cáries iniciais. Os fluoretos fortalecem o esmalte e dentina, reduzindo a solubilidade dos mesmos em meio ácido; diminuem a capacidade de adesão aos dentes pelos microrganismos; e têm efeito antimicrobiano, reduzindo a capacidade da placa bacteriana para produzir ácido.

 

Fio Dental

DEVE-SE PASSAR O FIO DENTAL PRIMEIRO OU ESCOVAR ANTES?

Deve-se passar o fio dental primeiro ou escovar antes?
Uma pergunta comum que os pacientes fazem aos dentistas é “O que devo fazer primeiro: escovar ou passar o fio dental?”. A sequência não faz diferença, desde que você faça os procedimentos corretamente. Escovar e passar o fio são a melhor maneira de remover a placa bacteriana, causadora de cárie dentária nos dentes, e ajudar a manter uma ótima saúde bucal.
Escolha uma escova que seja confortável para as mãos e para a boca e use-a no mínimo duas vezes por dia. Coloque sua escova inclinada num ângulo de 45º em direção à gengiva. Faça movimentos curtos e delicados da escova para frente e para trás escovando as superfícies externas, internas e de mastigação dos dentes, bem como as superfícies internas dos dentes anteriores.
Embora a escovação dental remova a placa bacteriana das superfícies dos dentes, ela sozinha não remove toda a placa. A limpeza entre os dentes todos os dias com fio dental, remove restos alimentares da região entre os dentes onde sua escova não consegue alcançar. Pessoas com dificuldade de manusear o fio dental podem preferir usar outro tipo de limpador interdental. Se você usa limpadores interdentais, pergunte ao seu dentista como usá-los corretamente para evitar lesões nas gengivas.
Como saber se você está fazendo um bom trabalho? Seu dentista pode recomendar o uso de pastilhas evidenciadoras de placa, vendidas sem prescrição em farmácias e outras lojas que vendem produtos de higiene bucal. As pastilhas evidenciadoras de placa são mastigadas depois que você higieniza a boca. Um pigmento vermelho mancha a placa que não foi removida, mostrando os pontos que necessitam de limpeza adicional.

Fonte: Associação Dental Americana.

MÉTODO PARA USAR O FIO DENTAL

 

Use aproximadamente 40 centímetros de fio, deixando um pedaço livre entre os dedos.

 


Siga, com cuidado, as curvas dos dentes.

 

 

 

Assegure-se de limpar além da linha da gengiva, mas não force demasiado o fio contra a gengiva.

 

Colgate_ Como usar o fio dental no Yahoo! Vídeo

 

COMO USAR O FIO DENTAL

Qual a maneira correta de usar o fio dental?

Quando usado corretamente, o fio dental remove a placa bacteriana e os resíduos de alimentos das áreas onde a escova dental não tem acesso fácil, como, por exemplo, a linha da gengiva e as áreas entre os dentes. O uso diário do fio dental é altamente recomendável uma vez que a placa bacteriana pode levar ao aparecimento de cáries e doenças gengivais.

Para usar o fio dental de maneira correta faça o seguinte:

  • Enrole aproximadamente 40 centímetros do fio ao redor de cada dedo médio, deixando uns dez centímetros entre os dedos.
  • Segurando o fio dental entre o polegar e indicador das duas mãos, deslize-o levemente para cima e para baixo entre os dentes.
  • Passe cuidadosamente o fio ao redor da base de cada dente, ultrapassando a linha de junção do dente com a gengiva. Nunca force o fio contra a gengiva, pois ele pode cortar ou machucar o frágil tecido gengival.
  • Utilize uma parte nova do pedaço de fio dental para cada dente a ser limpo.
  • Para remover o fio, use movimentos de trás para frente, retirando-o do meio dos dentes.

Que tipo de fio dental devo usar?

Há dois tipos de fio dental:

  • Fio de nylon (ou multifilamento)
  • Fio PTFE (monofilamento)

Existem no mercado fios dentais de nylon, encerados ou não, com uma grande variedade de sabores. Como esse tipo de fio é composto de muitas fibras de nylon, ele pode, às vezes, rasgar-se ou desfiar, especialmente se os dentes estiverem muito juntos. Embora mais caro, o fio de filamento único (PTFE) desliza facilmente entre os dentes, mesmo com pouco espaço, e não se rompe. Usados de maneira adequada os dois tipos de fio removem a placa bacteriana e os resíduos de alimentos.

Fonte: Saúde-Colgate

FIO DENTAL: Saiba como surgiu

Durante a história, os seres humanos sempre lançaram mão da criatividade para remover pedaços de comida entre os dentes. Para tanto, usavam palitos, gravetos e uma série de objetos que removessem a comida entre os dentes.

Em 1815, o dentista americano Levy Spear Parmly, fez um fio de seda

O desenvolvimento de um fio com esse propósito específico só veio em 1815, com o cirurgião-dentista norte- americano Levi Spear Parmly. Sentindo o problema dos seus paciente, passou a recomendar que usassem o seu próprio fio dental, feito de seda, que ele dava aos pacientes.

A produção em escala industrial só veio em 1888, com a empresa Codman & Shurtlef. Em 1898, a Johnson & Johnson passou a ter a primeira patente. Após a Segunda Guerra Mundial, o uso do fio dental se disseminou pelo mundo. Foi nessa época que Charles C. Bass desenvolveu o fio de nylon, mais resistente e elástico. Hoje, há no mercado uma grande variedade de tipos, marcas e sabores. No Brasil, o consumo de fio dental já passa de um bilhão de metros por ano.

 

Escovação

MÉTODO DE ESCOVAÇÃO DENTAL

FORÇA EXCESSIVA NA ESCOVAÇÃO CAUSA SENSIBILIDADE DENTAL
Muita força na escovação dos dentes pode deixá-los sensíveis, alertam especialistas

Escovar os dentes com muita força e o consumo excessivo de alimentos e bebidas ácidas são os principais fatores que levam à sensibilidade dos dentes, segundo dentistas da Academy of General Dentistry dos Estados Unidos. Uma pesquisa com 700 especialistas apontou que um terço dos dentistas indica que o consumo de alimentos ácidos é a principal causa dos dentes sensíveis, seguido da técnica de escovação.

Resultado da irritação do nervo do dente, a sensibilidade dos dentes é caracterizada pelo desconforto ou dor súbita e acentuada em um ou mais dentes, principalmente quando se consome alimentos ou bebidas quentes ou frias demais, quando se inspira ar frio, ou com a pressão sobre o dente. Segundo a Academia, ela afeta pelo menos 40 milhões de americanos adultos.

Segundo o especialista Van B. Hayward, da Escola de Odontologia do Medical College of Georgia, a escovação agressiva e as substâncias ácidas podem desgastar o esmalte dos dentes e afetar também as gengivas. “Quando a camada protetora do esmalte é corroída ou as linhas da gengiva recuam, um tecido mais sensível no seu dente – chamado dentina – pode ficar exposto”, explicou o dentista. “A dentina se conecta ao centro do nervo interno do dente, então, quando ela está desprotegida, o centro nervoso pode ser deixado sem escudo e vulnerável a sensações, incluindo a dor”.

Além dessas duas causas principais citadas na pesquisa, os dentistas relataram que alguns cremes dentais, enxaguantes bucais e produtos para branquear os dentes, além de dentes quebrados ou rachados, bulimia e refluxo, podem contribuir para a sensibilidade dos dentes.

Para aliviar o problema, os especialistas recomendam: usar um creme dental especial para dentes sensíveis; usar uma escova de cerdas macias; ter boa prática de higiene oral, usando fio dental regularmente e escovando os dentes pelo menos duas vezes por dia durante dois ou três minutos; manter a escova em ângulo de 45 graus, escovando delicadamente em movimentos circulares, com a escova na ponta dos dedos, e não na palma da mão; e evitar alimentos e bebidas ácidas, como refrigerantes e alimentos cítricos.

Fonte: Academy of General Dentistry. Press release. Novembro de 2009.

 

CUIDADOS COM A ESCOVA DENTAL E SUA SUBSTITUIÇÃO
Como posso cuidar da minha escova dental?
Para preservar a sua escova dental e a sua saúde, certifique-se de deixá-la secar completamente entre um uso e outro. As escovas podem ser meios de cultura para germes, fungos e bactérias, que depois de um tempo podem se multiplicar em níveis significantes. Depois de usar sua escova, agite-a vigorosamente sob água corrente e guarde-a em pé, de forma que possa secar.
Para evitar que os vírus da gripe e resfriado se propaguem de uma escova para outra, tente evitar que sua escova se encoste em outras quando guardada. Um porta-escovas tradicional com fendas para manter diversas escovas em pé é um investimento valioso para a saúde de sua família.
Com que frequência devo trocar minha escova dental?
A maioria dos dentistas concorda que você deve trocar sua escova dental a cada três meses. Estudos mostram que após três meses de uso normal, as escovas são muito menos eficientes na remoção da placa dos dentes e gengivas em comparação com escovas novas. As cerdas se deformam e perdem a eficiência para limpar todos aqueles cantinhos capciosos ao redor dos dentes.
Também é importante trocar de escova após resfriado, gripe, infecção na boca ou dor de garganta. Isso porque os germes podem se alojar nas cerdas da escova e levar à reinfecção. Mesmo se você não esteve doente, fungos e bactérias podem se desenvolver nas cerdas da sua escova – outra razão para trocar sua escova regularmente.
Como posso proteger minha escova durante viagens?
Uma caixa plástica para escova evitará que as cerdas fiquem espremidas ou achatadas no seu kit de viagem. Após a escovação, no entanto, você deve deixar a escova secar exposta ao ar, para ajudar a reduzir a proliferação de germes.

 

A ESCOLHA DA ESCOVA DENTAL CORRETA

Que tipo de escova devo usar?

Não é fácil decidir qual o tipo de escova usar, já que o mercado oferece inúmeros tipos, formas e tamanhos. Contudo, lembre-se de que:

  • A maior parte dos dentistas concorda que as escovas macias são mais eficientes para remover a placa bacteriana e os resíduos de alimentos. De preferência, a escova deve também ter cabeça pequena para poder mais facilmente alcançar todas áreas da boca, como, por exemplo, os dentes posteriores.
  • Com relação ao tipo de cabo (por exemplo, flexível ou não), formato da cabeça da escova (retangular, cônica, etc.) e estilo de cerdas (com pontas planas, arredondadas, em diferentes níveis, etc.), escolha o que for mais confortável para você. O importante mesmo é usar uma escova que se ajuste bem à sua boca e alcance todos os dentes.
  • Para muitas pessoas, especialmente aquelas que têm dificuldades para escovar ou destreza manual limitada, a escova elétrica é uma boa alternativa, porque limpa melhor os dentes.

Quando devo trocar minha escova dental?

Troque sua escova de dentes a cada três meses ou quando perceber que ela começa a ficar desgastada. Além disso, é muito importante trocar de escova depois de uma gripe ou resfriado para diminuir o risco de nova infecção por meio dos germes que aderem às cerdas.

Quando gasta (na foto, a escova de cima), a escova pode danificar a gengiva. Use uma escova dental nova a cada três meses ou troque quando perceber que as cerdas estão deformadas ou gastas.

 

SAIBA COMO SURGIU A ESCOVA DENTAL? 

Manuscritos encontrados nas escavações de Ur, na Babilônia, em 3.500 a.C., o meio utilizado para a limpeza dos dentes eram palitos de ouro. Entretanto, os auxiliares mais primitivos na limpeza dos dentes foram pedaços de ramos ou gravetos, que eram esfregados ou atritados sobre os dentes.

Em 3.000 a.C., Heri-Ré, tido como o primeiro cirurgião-dentista conhecido na história recomendava os dedos para a limpeza dos dentes. A literatura chinesa menciona, em 1.600 a.C., o “datuna”, que era uma haste de madeira macia que as pessoas mastigavam para higienizar os dentes.

No início da Era Cristã, os romanos demonstravam preocupação com a higiene da boca e, por volta de 100 d.C, Plínio, o Jovem, estabeleceu alguns conceitos sobre o tipo de material utilizado para a confecção da primeira escova dental. Ele alertava que escovas confeccionadas com penas de urubu não eram aconselháveis, por causar mau hálito, sendo o ideal escovas com cerdas de porco-espinho.

Em 1488, no Reino Unido, James IV adquiriu duas escovas de ouro com uma corrente para usar ao redor do pescoço. Devido ao alto custo, as escovas constituíam um privilégio das classes sociais mais abastadas, sendo consideradas obras de arte, com cabos ornamentados por metais e pedras preciosas.

Por volta desta época, eram confeccionadas na China escovas que tinham por matéria-prima pelo de porco e cerdas feitas de crina ou cauda de cavalo, fixados em um osso bovino ou marfim.

A escova dental parecida com as atuais surgiu em 1780 feita por Addis em um cabo de osso com pelos naturais introduzidos em buracos feitos em uma das extremidades e presos por arame.

A primeira patente da escova foi feita em 1857 por Wadsworth e em 1880 começaram a ter seus cabos feitos de plástico.

 

Erosão Ácida

Erosão Ácida – Um Problema Significativo

A erosão ácida é um desgaste que ocorre na superfície do dente, causando uma perda do esmalte dental e muitas vezes, chegando a expor a dentina e o cemento (raiz do dente), onde ficam situados os canalículos dentinários, que são os responsáveis pelo estímulo nervoso, causando a hipersensibilidade dentinária, perda da forma e da cor do dente.

CAUSAS
A erosão ácida é causada principalmente pelo alto consumo de bebidas e alimentos ácidos como: vinhos, refrigerantes, vinagre, frutas (limão, abacaxi, laranja etc.) e o tempo e a frequência de exposição do dente a esses alimentos, que desmineralizam e amolecem a superfície do dente, tornando-o mais susceptível à abrasão, especialmente através da escovação.

ESTADOS INICIAIS
* sensibilidade no momento do consumo de comidas ou bebidas frias;
* aspecto arredondado da superfície do dente;
* os dentes tornam-se amarelados à medida que os ácidos desgastam o esmalte e a dentina subjacente vai sendo exposta;
* o desgaste gera uma aparência polida e brilhante.

“Em todas as pessoas, ocorre algum grau de desgaste dental ao longo da vida, mas em alguns indivíduos o desgaste alcança níveis patológicos”

ESTADOS AVANÇADOS
* coloração ainda mais escura dos dentes;
* transparência dos bordos incisais;
* pequenos traços de fratura nos bordos incisais;
* sensibilidade severa;
* pequenas fossas na superfície dos dentes.

PREVENÇÃO?
Os efeitos da erosão ácida podem afetar pessoas de todas as idades e, uma vez presentes, não podem ser revertidos. A proteção é a melhor política.
* Diminuição do consumo destes alimentos e bebidas;
* Evitar fazer o uso destes, em intervalos de tempo curtos, pois a saliva leva 30 min para poder fazer a remineralização do esmalte dental;
* Não bochechar refrigerantes e bebidas gasosas/ácidas;
* Não mastigar frutas por períodos prolongados de tempo;
* Evitar escovar os dentes logo após a ingestão de alimentos e bebidas ácidas, pois neste momento o dente se encontra mais vulnerável;
* Escovar os dentes com escova macia, com movimentos suaves (sem força) e creme dental de baixa abrasividade, isenta de ácidos e com alto teor de flúor biodisponível. Evite pastas clareadoras.

TRATAMENTO
Em casos avançados, a perda de estrutura e mudanças na forma dos dentes podem exigir complexa intervenção restauradora. Procurar o dentista para ver o que se pode fazer em casos de sensibilidade e, quando o desgaste já comprometeu a estética poder fazer o tratamento adequado.

A erosão ácida é um dano causado pelos ácidos – frequentemente proveniente dos alimentos , que enfraquece a superfície  do dente, provocando o escurecimento do esmalte, e grande sensibilidade a certos alimentos, devido perda de camadas externas do esmalte do dente.

Intimamente associada à dieta moderna, prevê-se que a erosão ácida venha a ser um problema emergente para saúde dental do século XXI.

DIETAS ÁCIDAS

Uma ampla variedade de alimentos que podem estar associados à dieta moderna tem PH ácido.

Certos refrigerantes, vinho, frutas cítricas, tem PH ácido. Há fortes evidências que sugerem que não devemos reter na boca  alimentos ou bebidas ácidas, pois isso prolonga a exposição da superfície dos dentes ao ataque dos ácidos contidos na dieta. Aumentando, portanto, o risco de erosão. Beber em grandes goles ou “bochechando”, pode aumentar a velocidade e a força do contato da bebida ácida com os dentes. Devemos usar canudo colocando no fundo da boca, longe dos dentes.

Os alimentos ácidos não precisam ser necessariamente evitados.

É necessário, porém, que se tome cuidado quanto à frequência e o modo como eles são consumidos para reduzir o risco de erosão ácida.

Na Europa, a erosão é geralmente considerada como a causa mais prevalente de desgaste do dente. A fonte do ácido pode ser de origem gástrica (intrínseca) ou da dieta (extrínseca).

Mecanismo: Após ingerirmos alimentos ácidos, ocorre o contato do ácido com a superfície do dente que se enfraquece temporariamente e perde parte do seu conteúdo mineral, cerca de 3-5 micra da superfície externa. Esta camada externa do esmalte fica então desorganizada, se em seguida fizermos uma  escovação forte, com uso de creme dental abrasivo, vamos remover esta camada externa de esmalte, promovendo então a Erosão do esmalte.

Dica: “Não devemos escovar os dentes logo após a ingestão de alimentos ácidos”. Devemos lavar a boca com água, esperar uns 60 minutos para então, realizarmos a escovação, dando tempo para a camada externa do esmalte se reorganizar.

Se for inevitável a escovação, devemos lavar primeiro com água, escovar com escova macia, de forma eficaz, porém suave e sem cremes abrasivos. Se não agirmos assim podemos estar ajudando, com a abrasão da escova  a promover a Erosão Ácida.

Normalmente as pessoas não percebem a erosão do esmalte até ela ter alcançado um estágio muito avançado, levando então a uma sensibilidade severa a doces, alimentos frios, e aos próprios alimentos ácidos. A erosão também leva a uma aparência amarela escura dos dentes.

Qualquer dúvida consulte o seu dentista

Para mais informações acesse:   www.erosaoacida.com.br

Doença, que afeta a sensibilidade e o formato dos dentes, é causada pelo excesso de acidez na alimentação

A erosão ácida já é considerada a doença odontológica do século XXI. Sua principal característica é o desgaste dos dentes, o que está diretamente ligado aos atuais hábitos de consumo. Bebidas e alimentos ácidos estão sendo ingeridos em excesso. “Esses produtos retiram minerais e amolecem a superfície dos dentes, o que pode causar a deterioração dental”, afirma a odontóloga Roseane Borges de Lima, do Centro de Excelência em Reabilitação e Estética Oral (CIR).

Na medida em que progride, a erosão ácida causa hipersensibilidade, perda de forma e de cor nos dentes. O processo em geral é lento. “Sem saber que possuem o problema, as pessoas não procuram tratamento, tampouco sabem como prevenir o problema. A erosão ácida é cada vez mais comum entre os jovens”, alerta Dra. Roseane.

A prevenção passa pelo controle da alimentação e pela correta higienização dos dentes. Entre os alimentos e bebidas, que devem ser consumidos com moderação, estão as frutas cítricas, sucos, refrigerantes e vinhos, que possuem PH abaixo de 7 (veja lista). O ácido enfraquece temporariamente a superfície do esmalte. Com a escovação, o dente acaba se desgastando. Nesses casos, é importante usar escovas suaves, além de cremes dentais pouco abrasivos, com pouca acidez e com boa disponibilidade de flúor.

Se a erosão ácida já foi diagnosticada, para devolver ao dente a forma perdida, podem ser usadas resinas fotopolimerizadas. “Recupera-se a textura, o brilho e o formato do dente. Dependendo do caso, a correção é feita em uma única consulta”, afirma a protesista. Com o tratamento, o dente volta a ter o esmalte que protege a dentina, camada que prolonga os nervos da região bucal. É ela que, quando exposta, causa sensibilidade.

Alimentos e Bebidas Ácidas :: PH*
Suco de Limão :: 2 – 3,6
Uva / Suco de Uva :: 2,9 – 4,5
Vinagre :: 3,2
Maçã :: 3,3 – 3,9
Laranja :: 3,3 – 4,5
Damasco :: 3,3 – 4,8
Vinho Tinto :: 3,4
Molho para Salada :: 3,6
Tomate :: 4,3 – 4,9

*Quanto mais distante o PH é de 7, mais ácido é o alimento.

 

Dentes Vulneráveis: Saiba evitar os efeitos da erosão ácida   

Especialistas alertam para mais um problema relacionado à alimentação inadequada. O consumo de alimentos ácidos em excesso e sem cuidados tem acelerado o desgaste natural dos dentes. Mais devastadora que a cárie, a erosão ácida deixa a dentição sem brilho e amarelada ao longo do tempo. Além de extremidades transparentes, os dentes apresentam, ainda, sensibilidade à ingestão de bebidas e alimentos quentes ou frios, a frutas cítricas, refrigerantes e saladas com vinagre.

Diferentemente da cárie, a erosão dental não é causada pelo processamento do açúcar feito por bactérias, mas pela ação da substância ácida presente em bebidas energéticas, sucos industrializados e vinho, por exemplo. É o consumo constante de alimentos com baixo PH (potencial hidrogeniônico) que leva o esmalte do dente a amolecer. Qualquer pessoa é susceptível ao problema, principalmente quem costuma substituir a água por outras bebidas, inclusive as crianças. O hábito de bochechar refrigerantes ou sucos cítricos, por exemplo, torna o dente mais vulnerável aos efeitos da abrasão.

O esmalte é a primeira camada, mais externa, responsável pela proteção da polpa. Abaixo dessa estrutura fica a dentina, onde se localiza a cavidade pulpar. O esmalte e a dentina vão se deteriorando ao longo do tempo, até comprometer o nervo. Atualmente, há muitos alimentos ácidos compondo nossa dieta, o que leva ao desgaste do esmalte, uma barreira natural contra agentes externos, que protege a estrutura e evita a sensibilidade dentária.

Dor aguda

A hipersensibilidade do dente é um reflexo da exposição da dentina, decorrente do desgaste do esmalte e/ou do cemento. A sensação de dor aguda durante a ingestão de bebidas e alimentos frios ou ácidos é um sintoma do desgaste dental. Além de atrapalhar a alimentação, o problema pode impedir a manutenção dos hábitos de higiene bucal, pois o simples toque durante a escovação já é suficiente para causar dor.

Na fase inicial, o desgaste dental parece inofensivo. No entanto, a evolução do quadro pode levar à danificação de todos os dentes. Há outras causas para o problema, além do hábito de bochechar bebidas gasosas ou consumir produtos ácidos constantemente, a escovação forte e refluxo gastroesofágico, em que ácidos do estômago são liberados, também têm influência no desenvolvimento da erosão dental.

A comunidade científica começou a ficar alarmada com o problema depois que os resultados de uma pesquisa com esportistas norte-americanos revelaram que 85% dos ciclistas e em 36% dos nadadores apresentavam erosão ácida. O quadro foi associado ao excesso de bebidas energéticas (isotônicas), consumidas para repor a água e os eletrólitos perdidos durante as atividades. Estima-se que, atualmente, 60% da população mundial tenha ao menos um dente com erosão.

Saiba mais

• Tomar refrigerantes ou sucos cítricos no canudo e sem bochechar reduz o contato da substância ácida com os dentes.

• Mascar chiclete ou pastilha sem açúcar depois da refeição ajuda a estimular a saliva, que neutraliza a acidez e remineraliza o esmalte.

• Esperar uma hora, em média, para escovar os dentes depois da refeição, dando tempo para que o esmalte seja fortalecido pela ação da saliva.

• Usar escovas macias e creme dental fluoretado e pouco abrasivo.

Patologia Bucal

 

Doenças da boca

Na boca do povo
Da incômoda afta ao temido câncer, saiba quais são as doenças que afetam o seu sorriso e sua saúde bucal. E aprenda por que é tão importante incluir as visitas ao dentista entre os exames obrigatórios do check-up anual

POR EULINA OLIVEIRA
FOTO FERNANDO GARDINALI

Segundo dados de 2003 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 30 milhões de brasileiros (ou seja, 16% da população) nunca estiveram em um consultório odontológico. Talvez, por essa razão, muita gente ainda acredite que os problemas bucais estejam limitados apenas às cáries. A boca é o órgão do corpo humano mais exposto a processos infecciosos e traumáticos. “É uma cavidade úmida, escura, bastante vascularizada, sensível a alterações orgânicas internas e a variações de temperatura e repleta de microrganismos. Portanto, muito vulnerável a doenças”, explica Artur Cerri, presidente da Sociedade Paulista de Estomatologia e Câncer Bucal (Sope) e professor da Universidade de Santo Amaro (Unisa), em São Paulo.

São inúmeros os males capazes de afetar o sorriso de uma pessoa, especialmente dos mais desleixados. A falta de higiene e de cuidados essenciais com a limpeza dos dentes e de toda a cavidade bucal é a principal responsável por doenças que vão desde uma simples gengivite até tumores. Traumas e outros agentes externos também causam complicações. Dentes quebrados ou mal posicionados, restauração dentária em excesso e próteses e dentaduras que machucam provocam lesões e infecções crônicas.

Há ainda a possibilidade de medicamentos favorecerem o aparecimento de inflamações, como o que ocorre com o uso contínuo de drogas destinadas ao controle da pressão arterial e das crises de epilepsia.

A cavidade bucal não funciona apenas como alvo. Ela também serve de porta de entrada para levar encrenca a outras partes do corpo. Infecções crônicas da gengiva, por exemplo, podem danificar fígado e rins. Mas o grande perigo mesmo leva o nome de endocardite bacteriana, uma infecção das válvulas do coração que acomete com maior freqüência quem já apresenta danos no órgão. Por meio de abcessos na boca (acúmulo de pus causado por inflamações), agentes nocivos podem se alojar no coração e piorar o quadro, provocando até a morte. É por isso que pacientes cardíacos são orientados a tomar antibióticos antes de cada procedimento dentário. Esta atitude preventiva ajuda a diminuir os riscos dessa complicação.

Veja os principais sintomas, distúrbios e doenças que afetam a boca

AFTA
Também conhecida como estomatite aftosa, uma das doenças mais comuns da mucosa bucal, atinge cerca de 20% da população mundial, sobretudo jovens. São lesões dolorosas, múltiplas ou solitárias, que costumam incomodar por cerca de 18 dias. As aftas podem ser precedidas por ardência, coceira ou formigamento. As causas ainda não estão totalmente esclarecidas, mas suspeita-se que sejam relacionadas a predisposição genética, trauma, alergia, hormônios, estresse e doenças auto-imunes. O tratamento depende de cada caso. Não há cura, mas medicamentos específicos diminuem a sua freqüência e gravidade.BOCA SECA OU XEROSTOMIA
Com o avanço da idade, as glândulas salivares diminuem a produção, o que pode provocar secura na boca e, conseqüentemente, dificuldades para falar, mastigar e engolir alimentos. A saliva fica mais viscosa, espessa e espumosa e a língua arde – um quadro que também afeta a sensibilidade do paladar. De acordo com o estomatologista Artur Cerri, o hábito de fumar e de ingerir bebidas alcoólicas, além do uso de determinados medicamentos, como antidepressivos e anti-hipertensivos, também contribuem para a redução da salivação. Além do incômodo, este problema pode trazer conseqüências mais graves. “A saliva possui anticorpos com ação antibacteriana e antimicrobiana, por isso a redução de sua produção deixa a pessoa exposta a uma série de doenças”, alerta Artur Cerri. Remédios e até saliva artificial são alguns cuidados que ajudam a amenizar o distúrbio.

GENGIVITE E PERIODONTITE
A inflamação da gengiva (gengivite) é desencadeada pelo acúmulo da placa bacteriana, que se forma principalmente pela má higiene dos dentes. A região fica avermelhada, inchada e costuma sangrar. A simples remoção da placa bacteriana resolve o caso, mas se não for feita o quadro pode evoluir para periodontite. Isso ocorre a partir do momento em que as fibras e os tecidos que suportam a arcada dentária ficam comprometidos. Neste momento, sem intervenção de um especialista, há risco de perda de dentes. Vale lembrar que a predisposição genética é um fator relevante para o aparecimento.

HERPES
O herpes é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível, causada pelo vírus herpes simples (VHS), que fica latente no organismo. Pode ser contraída pelo beijo e se manifesta em situações de baixa imunidade, exposição solar e, no caso das mulheres, durante a menstruação. São pequenas bolhas, que surgem geralmente nos lábios e duram, em média, duas semanas. “Todos têm contato com o VHS na infância, mas a maioria desenvolve resistência a ele”, diz o estomatologista Carlos Eduardo Ribeiro da Silva. “Não existe cura para o herpes. Porém, medicamentos antivirais conseguem amenizar os sintomas e acelerar o desaparecimento das bolhas”, garante.MUCOCELE
Comum em crianças, trata-se de uma lesão em forma de bolha, localizada geralmente no lábio inferior, causada pelo entupimento das glândulas salivares. “Muitas crianças têm o hábito de mordiscar o lábio, o que acaba causando a mucocele”, explica o estomatologista Francisco Pacca, da USP, Unisa e Unicastelo. “Normalmente, é necessária cirurgia para a remoção deste tipo de lesão.”

HALITOSE
Termo da medicina para o conhecido mau hálito, pode ter mais de 50 causas. No entanto, segundo o estomatologista Carlos Eduardo Ribeiro da Silva, 90% delas estão relacionadas ao estado em que se encontra a boca. Diferentemente do que a maioria das pessoas acredita, pouquíssimos casos têm origem no estômago. “Basicamente, a halitose é provocada por falta de higienização ou limpeza inadequada, sobretudo da língua”, afirma o especialista. O acúmulo de alimentos forma placas brancas de origem bacteriana na superfície da língua – a chamada saburra lingual. Ali, mais de 700 microrganismos passam a produzir compostos sulfurados voláteis que liberam enxofre, gás responsável pelo odor desagradável. “Para prevenir este mal, é preciso manter uma higiene completa. A escova de dentes pode ser usada para limpar a língua, embora também existam à disposição raspadores linguais, vendidos em farmácias”, orienta o especialista.

Atenção ao câncer bucal
O Brasil é o quinto país do mundo em incidência de câncer de boca, o que inclui os tumores malignos de lábios e da cavidade oral. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, este é o oitavo tipo de câncer mais freqüente nos homens e o nono entre as mulheres. E, segundo as projeções para 2005, até o final do ano serão registrados no país mais 9.985 novos casos envolvendo o sexo masculino e 3.895 o feminino.O estomatologista Jayro Guimarães Jr. explica que 95% desses tumores se desenvolvem na forma de carcinoma epidermóide. “Ou seja, aparecem como uma ferida que nunca cicatriza e cresce progressiva e rapidamente, infiltrando-se nos tecidos vizinhos”, explica. O tratamento é feito por meio de cirurgia para retirada do tumor, podendo ser empregadas radioterapia e quimioterapia. Como em outros tipos de lesões cancerígenas, quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de sobrevida. O grande problema, segundo o estomatologista Artur Cerri, é que há poucas campanhas de prevenção contra o câncer de boca e as pessoas costumam procurar ajuda muito tarde. “Cerca de 85% dos casos são descobertos em estágio avançado, o que dificulta o tratamento e cura. Resultado: 50% dos pacientes morrem em um ano após o diagnóstico”, lamenta o especialista.

O principal agente causador do câncer na cavidade bucal é o cigarro, mas o álcool tem efeito potencializador. Nos lábios, o tumor maligno também pode ser desencadeado pela exposição ao sol sem o uso de protetores contra os raios ultravioleta, especialmente em pessoas de pele e olhos claros.

As principais formas de prevenção, portanto, são parar de fumar, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e usar filtro solar labial. Outra recomendação é ficar atento às feridas na região que demorem mais de 15 dias para cicatrizar. Não quer dizer que necessariamente sejam câncer, mas é preciso investigar. Ao notar qualquer lesão suspeita, procure um médico ou estomatologista.

CANDIDÍASE
Conhecida como ‘sapinho’, esta doença é causada por fungos e manifestada pela formação de manchas brancas e avermelhadas pela cavidade bucal (como no palato) ou feridas no canto da boca. Estes sinais atingem qualquer lugar da cavidade oral e normalmente não causam dor. A candidíase geralmente é desencadeada em situações em que há queda na resistência do organismo. O tratamento é simples e requer apenas aplicação de remédios antifúngicos.MONONUCLEOSE
A mononucleose, causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB), é mais conhecida como ‘doença do beijo’, pois esta seria a principal forma de transmissão. Depois de um período de incubação de 30 a 45 dias, o vírus tende a permanecer para sempre no organismo da pessoa. Pode ser assintomática ou apresentar sintomas que incluem fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço. Na boca, freqüentemente aparecem pequenos pontos avermelhados na região do palato (céu da boca). Não há tratamento para a doença. Para amenizar os sintomas, utilizam-se analgésicos, antitérmicos e, se necessário, medicamentos contra enjôo.

GRANULOMA GRAVÍDICO
Durante a gestação, por causa da ação dos hormônios femininos, a gengiva feminina se torna mais suscetível a inflamações, podendo sangrar e provocar mau hálito. Esse tipo de gengivite é chamado de granuloma gravídico e requer tratamento odontológico.

SÍNDROME DA ARDÊNCIA BUCAL
Ou simplesmente SAB, é uma alteração da sensibilidade da mucosa da boca, caracterizada por ardência, dor ou sensação de coceira. A língua, principalmente em sua região anterior, é o local mais atingido. “Normalmente, a síndrome atinge pessoas acima de 50 anos. As causas ainda não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que o seu aparecimento esteja associado à depressão”, explica Francisco Pacca.

O espelho do organismo
Além de ser afetada por muitas doenças, a boca também pode denunciar a presença delas. “Não é à toa que os chineses têm o costume de examinar a língua das pessoas para detectar possíveis males. A cavidade bucal funciona como um espelho do organismo, capaz de denunciar desde sinais e sintomas de desnutrição e distúrbios alimentares até aids e câncer sangüíneo”, conta o estomatologista Carlos Eduardo Ribeiro da Silva, professor da Unisa e da Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo), de São Paulo.

A importância dessa região é tanta que, pouca gente sabe, existem atualmente especialistas em saúde bucal chamados de estomatologistas. Apesar da semelhança do nome, a estomatologia é uma área da odontologia que nada tem a ver com o estômago. O termo vem do grego estoma, que significa boca, e logos, que é conhecimento. Trata-se de uma ciência que estuda a anatomia da boca e todos os seus sinais e manifestações.

O universo do tema é grande e complexo. Probleminhas aparentemente simples, como as aftas, podem estar relacionados a males mais graves e precisam de atenção especial. Acredita- se que doenças auto-imunes, caracterizadas pela formação de anticorpos que agem contra os próprios tecidos do organismo e cujas causas ainda são desconhecidas, sejam responsáveis pela formação dessas feridinhas incômodas. E não pára por aí. “Um diabetes sem controle pode provocar infecções bucais, assim como infecções nessa região são capazes de descontrolar a doença”, explica Jayro Guimarães Jr., professor de estomatologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP).

DIGA AAAAAAA!
Conheça a anatomia e a função da boca e das estruturas associadas a ela

Quando totalmente aberta, a boca tem formato oval e é dividida em duas partes pelos arcos dentais. Na região superior da cavidade oral está o palato (céu da boca); na inferior, a língua e a base (o assoalho) bucal; e, nos lados, os dentes, gengivas e paredes limitadas pelas bochechas e pelos ossos maxilares.

A língua, um músculo grosso recoberto por uma mucosa com diversas granulações e riscos finos, é o órgão responsável pelo sentido do gosto – o que é possível graças à presença das papilas gustativas localizadas em toda a superfície. Cada parte identifica um tipo de sabor: o gosto amargo é sentido na base da língua; o doce na ponta; o ácido na ponta e nas bordas; e o salgado em toda a superfície.

Todas essas estruturas juntas não formam somente a abertura superior do tubo digestivo, mas o órgão responsável pelo início da digestão.

Por meio da mastigação, os dentes cortam os alimentos em partes menores. Enquanto isso, as glândulas salivares lançam na cavidade bucal a saliva, que umedece a região e amolece a comida. Este líquido contém a enzima ptialina, que atua sobre os carboidratos complexos, transformando-os em moléculas mais simples. Em seguida, os alimentos são empurrados pela língua para o fundo da faringe. No ser humano, a língua e os dentes participam ainda da articulação das palavras, sons e da linguagem.

PIERCING NA LÍNGUA: UM PERIGO
Uma pesquisa coordenada pelo estomatologista Artur Cerri na Universidade de Santo Amaro (Unisa) revelou que o uso de piercing na língua, moda entre os jovens, causa desde infecções simples até câncer. Entre os principais problemas provocados pelo acessório estão o mau hálito, hemorragias, inflamações, feridas e a perda de paladar. Além disso, a colocação do ornamento em clínicas que não seguem os padrões de higiene pode levar o usuário a contrair hepatite e até aids. “Há relatos ainda de endocardite bacteriana, encefalite, fratura nos dentes, tétano e absorção óssea”, afirma o estomatologista Carlos Eduardo Ribeiro da Silva, que também participou do estudo.”Há um caso conhecido na Inglaterra de uma mulher que morreu por causa da perfuração de uma artéria durante a colocação do piercing”, acrescenta. Os resultados da pesquisa foram obtidos por meio de biópsias realizadas nos locais onde os adornos foram aplicados. Todos os casos analisados apresentam algum tipo de alteração celular.
 

Recomendações básicas
Se você ficou de boca aberta com tudo isso, saiba que, por outro lado, as formas de prevenir e tratar todas essas doenças que direta ou indiretamente envolvem a área bucal não devem provocar espanto ou surpresa.

As recomendações são simples, mas devem ser seguidas à risca. O primeiro passo é investir no bem-estar geral do organismo. “É importante manter uma vida saudável e incorporar ao dia-a-dia regras como controlar o colesterol e a glicose no sangue, não fumar, evitar bebidas alcoólicas e ter uma alimentação balanceada, voltada especialmente para a redução do consumo de açúcar”, aconselha o especialista Artur Cerri. Além disso, a higienização dos dentes, gengivas e inclusive da língua tem de ser completa e cuidadosa, com escovação e uso de fio dental, especialmente à noite.

Quanto à aplicação de anti-sépticos bucais, só mesmo mediante recomendação do dentista. “Sem a orientação de um especialista, esses produtos podem escurecer a arcada dentária, provocar perda da capacidade gustativa e até feridas no local. Há também chance de atacarem as bactérias boas que vivem na boca, expondo a região à ação de microrganismos nocivos e oportunistas”, alerta Cerri.

Finalmente, a orientação dos especialistas é para que todos, inclusive crianças, visitem regularmente o dentista, de preferência a cada seis meses. Só assim, lançando mão de todos esses cuidados, você terá ainda mais motivos para sorrir.

INVISTA NO AUTO-EXAME

     
1. Antes de começar: lave bem a boca e retire próteses dentárias removíveis, se for o caso. De frente para o espelho, observe a pele do rosto e do pescoço. Veja se encontra algum sinal que não tenha notado antes. Toque suavemente com as pontas dos dedos toda a face. 2. Com os dedos, puxe o lábio inferior para baixo, expondo a sua parte interna (mucosa). Em seguida, apalpe-o. Agora, repita o exame com a parte labial superior. 3. Com a ponta do dedo indicador, afaste a bochecha para examinar a sua parte interna. Faça essa observação dos dois lados.
4. Ainda com a ponta do dedo indicador, percorra todos os pontos da extensão da gengiva. 5. Introduza o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do queixo. Em seguida, procure tocar todo o assoalho (a base) da boca. 6. Incline a cabeça para trás e, abrindo a boca o máximo possível, examine atentamente a região do palato (céu da boca). Explore-o com o dedo indicador. Em seguida, diga AAAA e observe o fundo da garganta.
7. Ponha a língua para fora e observe a parte de cima dela. Repita a observação com a língua levantada até o céu da boca. Em seguida, puxe a língua para esquerda e depois para a direita. 8. Estique a língua para fora, segurando-a com um pedaço de gaze ou pano. Com os dedos indicador e polegar da outra mão, toque-a em toda a sua extensão. 9. Examine o pescoço. Compare os lados direito e esquerdo e veja se há diferenças entre eles. Depois, apalpe o lado esquerdo do pescoço com a mão direita. Repita o procedimento para o lado direito, com a mão esquerda. Veja se existem caroços ou áreas endurecidas. E, finalmente, introduza o polegar por debaixo do queixo e apalpe suavemente todo o seu contorno inferior.

FONTE: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA), DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

BEIJO, SEXO, BOCA…
Essa combinação, sem cuidados de higiene e proteção, pode ser uma via de transmissão de inúmeras doenças. Afinal, as mucosas da boca e dos órgãos sexuais têm uma incrível capacidade de absorção e, se estiverem em contato com secreções, salivas, esperma e líquido vaginal contaminados, não é necessário nem a presença de feridas ou sangramento para que os microrganismos comecem a agir e desencadear os sintomas.A troca de beijos, por exemplo, pode favorecer o desenvolvimento de hepatite C, gengivite e até, acredite, de cárie e de algumas doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis e infecção pelo vírus HPV (o papilomavírus, um dos principais responsáveis pelo câncer de colo de útero). Já o sexo oral também pode transmitir, além de sífilis e HPV, também gonorréia e herpes. Quanto ao vírus HIV, causador da aids, ainda não existem provas de que ele possa ser transmitido pelo sexo oral ou pelo beijo, mesmo no caso em que existam feridas na boca. “Em tese, isso seria possível, mas na prática é discutível. Normalmente, as pessoas não fazem apenas sexo oral”, comenta o especialista Artur Cerri.

A sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, se manifesta na boca sob a forma de feridas, que aparecem cerca de três semanas após a transmissão e podem ser confundidas com herpes. A língua também costuma aumentar de tamanho e mudar o formato. O HPV, por sua vez, provoca verrugas e, em determinados casos, pode estar relacionado ao câncer de boca. Já a gonorréia é originada pela bactéria Neisseria gonorrhea, que provoca inflamações bucais.

 

HABITANTES DA CAVIDADE BUCAL
A boca serve de moradia para mais de 700 tipos de microrganismos diferentes. Para se ter uma idéia do tamanho da comunidade, em apenas um mililitro de saliva existem em torno de um a cinco bilhões de bactérias. Esses seres estranhos foram observados pela primeira vez no final do século 17, na Holanda, por Antony van Leeuwenhoek, um dono de armarinho que, por esta e outras descobertas, hoje é considerado o pai da bacteriologia. De acordo com artigo publicado pelo oncologista Dráuzio Varella, o hobby do holandês na época era explorar os recursos do recém-inventado microscópio e, após examinar a placa aderida a seus dentes da frente, ele teria ficado surpreso com a existência do que chamou de milhares de “pequenos animais”.

Hoje, os pesquisadores continuam interessados nesses minúsculos organismos e querem saber mais detalhes sobre cada um deles. O Instituto de Pesquisas Dentárias e Craniofaciais, de Rockville (EUA), por exemplo, iniciou em 2004 um estudo para catalogar, em três anos, todos os genes dos germes existentes na boca. O projeto pretende identificar 40 mil genes característicos das populações de microrganismos que se instalam e convivem nas diversas regiões da cavidade oral. O objetivo é descobrir as fragilidades dos agentes patogênicos (que causam doenças) e aqueles que oferecem proteção à mucosa oral e à dentição. A partir daí, bactérias inofensivas poderão ser modificadas geneticamente para eliminar as causadoras de cáries e outras doenças da boca.

 

Descrição de Algumas Patologias  

  • Candidíase – Lesão branca é causada pela Cândida Albicans, a manifestação bucal é variável, sendo observadas várias formas, onde a forma mais comum é a pseudomembranosa, a maioria das infecções por Cândida Albicans pode ser tratada apenas por aplicações tópicas da suspenção de nistatina. Seus pontos preferidos de localização são mucosa jugal, fundo de sacos vestibulares, orofaringe.

 

  • Sífilis – É causada  pelo Treponema pallidum, é dividida em fases, primária, secundária e terciária, a sífilis primária resulta de uma úlcera dura, indolor e de bordas elevadas, a localização em geral é na genitália, a sífilis secundária é caracterizada por erupções maculopapulosa, a sífilis terciária é caracterizada pelas Gomas e é a neurosífilis. No tratamento a droga prferêncial é a penicilina. A sífilis congênita é caracterizada pela reação inflamatória da córnea, surdez do nervo auditivo e anomalias dentárias que consistem em incisivos em forma de chave de fenda e molares em  forma de amora.

 

  • Tuberculose – É causada pelo Mycobacterium tuberculosis, a infecção se dissemina através de gotículas pelo ar, algumas características são tosses, hemoptise, dor torácica, a lesão microscópica básica é a inflamação granulomatosa, a tuberculose é dividida em duas fases: fase primária – o paciente provavelmente não apresenta sintomas, já a fase secundária – aparecem sinais e sintomas.

 

  • Herpes simples – A via típica de inoculação é o contato físico com uma pessoa infectada, na fase primária apenas uma pequena porcentagem de pessoas apresenta sinais e sintomas da doença, um fator importante no tratamento do HSV é o momento exato, a liberação assintomática de partículas virais intactas na saliva e em outras secreções de uma pequena porcentagem de pessoas infectadas previamente, a reativação do vírus pode seguir-se à exposição ao sol e ao frio.

 

  • Herpes Zoster – A reativação do VZV latente é rara, a infecção primária é conhecida como varicela, a doença secundária ou a reativação do vírus latente, é conhecida como zoster, a varicela é usualmente diagnosticada pelo quadro clínico, o zoster é basicamente uma condição que afeta a população adulta de mais idade e pessoas com respostas imunológicas alteradas.

 

  • Gengivite ulcerativa necrosante aguda (GUNA) – Apresenta um quadro clínico de dor, necrose das margens gengivais, é uma condição relativamente rara, o estresse emocional e o fumo têm sido implicados como fator predisponente na iniciação da doença, pode causar perda óssea, a infecção pode envolver a mucosa do palato mole ou tonsilas.

 

  • Lesões benignas oriundas de melanócito – Os melanócitos se deslocam para as superfícies epiteliais e se alojam entre as células basais, são encontrados em toda a mucosa da boca, mas passam  despercebidos por causa da produção relativamente reduzida de pigmento,as células que produzem a melanina, no caso,os melanócitos tem sua origem  embriológica na crista neural, a pigmentação bucal pela melanina varia entre o castanho, o negro e o azul. A célula do nevo,aparentada fisiologicamente ao melanócito,também é responsável por outras lesões neoplásicas benignas e malignas.

 

  • Pigmentação Fisiológica – è um tipo de pigmentação simétrico e persistente e não altera a arquitetura normal, como granulado gengival, pode ser encontrada em qualquer localização, embora a gengiva seja o tecido intrabucal mais comumente afetado. A pigmentação fisiológica é devida não ao aumento de do número de melanócitos, mas ao aumento de sua atividade. A melanina é encontrada à volta dos ceratinócitos e dos macrófagos subjacentes.
    Doença de Addison – pigmentação cutânea difusa, efélides bucais e insuficiência adrenocortical.

 

  • Melanose associada ao fumo – A pigmentação melânica anormal da mucosa bucal tem sido ligada ao cigarro e pode ser denominada melanose associada ao fumo ou melanose do fumante. A gengiva labial anterior é a região tipicamente mais afetada. A pigmentação do palato e da mucosa bugal tem sido associada ao uso do cachimbo. Os melanócitos apresentam aumento da produção de melanina, conforme evidenciado pela pigmentação dos ceratinócitos basais adjacentes. Com a abolição do fumo, a melhora é esperada no decurso de meses ou anos.

 

  • Efélides (sardas) – São pequenas máculas comuns de cor castanho-amarelada ou castanha. Aparecem durante a meninice e são encontradas nas áreas cutâneas expostas ao Sol. Elas escurecem com a exposição à luz ultravioleta, e tornam-se mais claras no período de não exposição. Quando as sardas, assim como máculas pigmentadas maiores são observadas em excesso e em disposição bucal e peribucal, devem ser consideradas a Síndrome de Peutz-Jeghers e a doença de Addison. Não existe tratamento para esta lesão, sua importância é insignificante, a menos que esteja associada com síndromes.

 

  • Lentigem – São máculas cutâneas castanhas, maiores do que as sardas, associadas usualmente à exposição solar e ao envelhecimento. São mais comuns em pessoas de meia idade e mais idosas. Essas lesões apresentam melanócitos em número aumentado. Os ceratinócitos basais, subseqüentemente, mostram quantidades aumentadas de melanina. As lentigens não possuem potencial maligno e sua significação é apenas estética.

 

  • Máculas de café-com-leite – São manchas cutâneas grandes e de cor castanha. Podem ocorrer como parte da síndrome de Albright ou da neurofibromatose. Essas lesões aparecem durante a meninice e tem um aspecto castanho uniforme, com margens irregulares. A presença de seis ou mais manchas de “café-com-leite” é considerada, em geral, como sinal altamente suspeito de neurofibromatose. Essas lesões não precisam de tratamento, à menos que interfiram com a estética, ou ligado à síndromes.

 

  • Mácula melanótica bucal – è uma lesão pigmentada focal que pode representar uma dentre várias condições. A ocorrência de máculas melanóticas tem sido descrita predominantemente no vermelhão dos lábios e na gengiva, embora possam aparecer em qualquer parte da mucosa. São assintomáticas e não tem potencial maligno, aparentemente. Essas pigmentações bucais devem ser diferenciadas dos melanomas superficiaisem início. Abiópsia pode ser necessária para estabelecer o diagnóstico definitivo dessa lesão.

 

  • Vitiligo – É o processo caracterizado pela despigmentação, no qual os melanócitos desaparecem dos tecidos afetados. Fatores precipitantes: estresse, trauma, agentes químicos, alterações hormonais e luz ultravioleta. É uma doença que afeta predominantemente a pele, mas podem envolver os tecidos da boca e peribucais. O curso clínico do vitiligo é protraído e imprevisível. As manchas acrômicas variam de tamanho entra alguns milímetros e vários centímetros.

 

  • Mácula melanótica oral – É uma pigmentação plana e marrom da mucosa produzida pelo aumento localizado na deposição da melanina e, possivelmente, do número de melanócitos. Ocorre em qualquer idade, tanto em homens, quanto em mulheres, mas existe uma predileção pelo sexo feminino. A lesão típica aparece como uma mácula oval ou redonda. É caracterizada por um aumento da quantidade de melanina na camada basal e parabasal de um epitélio escamoso estratificado que não apresenta outros aspectos de anormalidade. A zona do vermelhão do lábio inferior é o local mais comum de ocorrência.

 

  • Nevo melanócito adquirido – É uma proliferação benigna e localizada de células originadas da crista neural, freqüentemente chamadas de “células névicas”. Evoluem através de vários estágios clínicos. Os nevos melanocíticos benignos adquiridos começam a se desenvolver n a pele durante a infância. A maioria das lesões está distribuída acima da cintura, e a cabeça e o pescoço são os locais de envolvimento mais comuns. Os nevos melanocíticos intra orais são distintamente incomuns. A maioria surge no palato ou na gengiva, embora qualquer local da mucosa bucal possa ser afetado.

 

  • Melanoma – É um neoplasma maligno de origem melanocítica, que surge de uma lesão melanocítica benigna ou de novo de melanócitos da pele ou mucosa, que seriam, de outra forma, normais. Características clínicas: assimetria, bordas irregulares, coloração em matizes, e diâmetro maior que seis milímetros. Os danos causados por radiação ultravioleta são considerados o principal agente causador. Os melanomas podem ser divididos em quatro tipos: melanoma superficial disseminante, melanoma nodular, melanoma lentinoso maligno, melanoma lentinoso das extremidades. O melanoma é o terceiro câncer de pele mais comum, e responsável por 5% das malignidades cutâneas.

 

  • Carcinoma de células escamosas – Sua causa é multifatorial. Há fatores extrínsecos que incluem os agentes externos, como o fumo de tabaco, álcool, sífilis e raios solares; os fatores intrínsecos incluem os estados sistêmicos ou generalizados. Muitos carcinomas de células escamosas bucais têm sido documentados associados com ou precedidos por lesão pré-cancerígena, especialmente a leucoplasia. O carcinoma de células escamosas bucal tem uma apresentação clínica cariada: exofíticas, endofíticas, leucoplásicas, eritroplásicas e eritroleucoplásicas. O carcinoma do vermelhão dos lábios é normalmente encontrado em pessoas de pele clara que se expõem por muito tempo a radiação ultravioleta dos raios solares ou com dano agudo pelo Sol precocemente na vida. Está normalmente associado à queilose actínica. O carcinoma intra-oral tem sua localização mais comum na língua, geralmente nas superfícies ventral e lateral posterior. O carcinoma orofaríngeo tem em sua grande maioria a localização na área tonsilar ou no palato mole, os sintomas iniciais são normalmente dor ou dificuldade ao engolir (disfagia). A disseminação metastática do carcinoma de células escamosas bucal ocorre largamente através dos linfáticos para os linfonodos ipsilaterais cervicais. O tamanho do tumor e a extaensão da disseminação metastática do carcinoma de células escamosas bucal são os melhores indicadores do prognóstico do paciente. Os pacientes com um carcinoma na boca ou na garganta tem maior risco de desenvolver outras malignidades primárias do epitélio de superfície simultâneas ou posteriores no trato digestivo superior; esôfago, estômago, pulmões, e outros locais (carcinomas múltiplos).

 

  • Carcinoma verrucoso – É uma variante de baixo grau do carcinoma de células escamosas bucal. Muitos carcinomas verrucosos surgem na mucosa bucal de pessoas que cronicamente mascam o tabaco ou usam rapé, tipicamente em áre4as onde o tabaco costuma ser colocado. Leucoplasia ou ceratose da bolsa de tabaco podem ser observadasnas superfícies mucosas adjacentes; o carcinoma verrucoso é uma lesão que pode se desenvolver de uma lesão pré cancerígena de alto risco, a leucoplasia verrucosa proliferativa. O carcinoma verrucoso tem uma aparência microscópica enganosamente benigna. O carcinoma verrucoso constitui de1 a10 % dos carcinomas de células escamosas bucais. O carcinoma verrucoso bucal já é extenso na época do diagnóstico, não sendo incomum um tumor estar presente na boca por dois a três anos antes do diagnóstico definitivo.

 

  • Leucoplasia idiopática – É um termo clínico que indica uma mancha ou placa branca na mucosa bucal, muitos casos de leucoplasia estão relacionados etiologicamente com o uso do tabaco em suas diferentes formas: não há dúvida de que certas leucoplasias evoluem para o carcinoma espinocelular; a leucoplasia é uma condição encontrada na população de mais idade, com a grande maioria dos casos ocorrendo acima dos quarenta anos, a língua era o local mais comum da leucoplasia, embora estudos mais modernos revelem que a língua é uma das localizações menos comuns. A mucosa mandibular e a mucosa jugal representam quase a metade dos casos de leucoplasia. A leucoplasia pode variar de uma área branca indefinida, dificilmente visível, sobre uma base de tecido não inflamado de aspecto normal, a uma lesão branca, espessada, coiácea, fissurada e verrucosa. Uma forma de leucoplasia idiopática apresenta certas características que podem distingui-la da leucoplasia dos fumantes, ela é caracterizada por sulcos, fissuras ou rugas na superfície, limites nítidos e ausência de endurecimento. Para o tratamento o primeiro passo no controle da leucoplasia envolve a identificação dos fatores etiológicos.

 

  • Eritroplasia – É um termo clínico que se refere a uma área vermelha na mucosa bucal, a eritroplasia é encontrada com muito menos freqüência que a leucoplasia, entretanto deve ser considerada como lesão mais séria, é usualmente flexível a palpação, embora nas lesões invasivaspossa notar-se certo endurecimento. Na biópsia aproximadamente 90% das eritroplasias mostram pelo menos uma alteração displásica acentuada, cerca de metade das quais é de carcinomas espinocelulares invasivos, e 40% de displasias graves ou carcinomas in situ. O tratamento de escolha é a excisão cirúrgica.

 

  • Carcinoma espinocelular – Em relação à incidência de todos os cânceres, os carcinomas espinocelulares da boca e da orofaringe representam cerca de 4% do total nos homens e 2% nas mulheres. De todos os fatores que se acredita contribuírem para a etiologia do câncer da boca, o tabaco é considerado o mais importante. Algumas características clínicas: carcinoma dos lábios, os carcinomas do lábio inferior devem ser separados dos carcinomas do lábio superior. Os carcinomas do lábio inferior são muito mais comuns que os do lábio superior, os carcinomas do lábio inferior são causados, na maioria das vezes, por hábito de fumar cachimbo e raios ultravioletas. As lesões ocorrem no vermelhão do lábio e podem aparecer como úlceras crônicas que não cicatrizam. Carcinoma da língua é uma lesão maligna intrabucal mais comum, há uma predileção nítida para os homens que se encontram na sexta, sétima e oitava décadas de vida; é tipicamente assintomático, o aspecto clínico característico é o de uma úlcera que não cicatriza, endurecida de bordas elevadas. Carcinoma do assoalho de boca é a segunda localização mais comum dos carcinomas espinocelulares, o aspecto é o de uma ulcera indolor, que não cicatriza, endurecida. Ele também pode aparecer como placa branca ou vermelha. Carcinoma da mucosa jugal e da gengiva – as lesões da mucosa jugal e da gengivarepresental, cada uma, cerca de 10% dos carcinomas espinocelulares da boca. O aspecto clínico varia de uma placa branca a uma úlcera que não cicatriza e a uma lesão exofítica. Carcinoma do palato – a separação entre os cânceres do palato duro, e os do palato mole é justificada. No palato mole e nos tecidos contíguos das fauces, o carcinoma espinocelular é bastante comum, representando10 a20% das lesões intrabucais. Mistopatolia – a maioria dos carcinomas espinocelulares é de lesões bastante ou moderadamente diferenciadas. Geralmente são evidentes pérolas de ceratina e ceratinização individual das células. O tratamento é geralmente feito por cirurgia ou radiação, ou ambas. O prognóstico para os pacientes com carcinoma espinocelular da boca depende do subtipo histológico e da extensão clínica do tumor.

 

  • Carcinoma do seio maxilar – As lesões malignas dos seios paranasais ocorrem mais comumente no seio maxilar. Esta é uma doença da idade mais avançada, afetando predominantemente pacientes com mais de 40 anos. A história pregressa desses pacientes inclui freqüentemente sintomas de sinusite. Dos tumores malignos que se originam do seio maxilar, o carcinoma espinocelular é o tipo histológico mais comum. São tratados também com cirurgia e radiação.

 

  • Grânulos de Fordyce – São glândulas sebáceas que ocorrem na mucosa oral, apresentam-se como múltiplas lesões papulares amareladas ou branco-amareladas, mas comuns na mucosa jugal e na porção lateral do vermelhão do lábio superior. As lesões são assintomáticas, embora os pacientes possam sentir uma rugosidade na mucosa; os grânulos de Fordyce são muito semelhantes às glândulas sebáceas normais encontradas na pele. Como é considerado em uma variação anatômica normal e são assintomáticas, nenhum tratamento é indicado.

 

  • Leucoedema – É uma condição comum da mucosa jugal de causa desconhecida, caracteriza-se pela aparência difusa opalescente, leitosa, branco-acizentada da mucosa. Freqüentemente, a superfície aparece pregueada, resultando em estrias esbranquiçadas ou rugosas. As lesões não são removidas por raspagem, geralmente ocorre na mucosa jugal e pode estender-se para a mucosa labial. Histopatologicamente, os espécimes de biópsia do leucoedema revelam o aumento da espessura do epitélio, com edema intracelular da camada espinhosa. O leucoedema é uma condição benigna, e nenhum tratamento é necessário.

 

  • Anquiloglossia – A anquiloglossia pode apresentar manifestações clínicas variáveis, desde casos leves e de pouco significado clínico até os casos mais raros e graves de anquiloglossia completa, na qual a língua está, na verdade, fusionada ao assoalho da boca. Tem se sugerido que a língua presa possa resultar em defeitos de fonação. Como muitos casos de anquiloglossia provocam poucos ou nenhum problema clínico, o tratamento é muitas vezes desnecessário.

 

  • Língua geográfica – É uma condição benigna comum que afeta principalmente a língua. Geralmente, ele é detectado no exame clínico de rotina da cavidade bucal, sua etiopatologia continua desconhecida. As lesões características são observadas nos dois terços anteriores da superfície dorsal da língua. Elas se apresentam Como múltiplas áreas bem demarcadas de eritema, concentradas na ponta ou nas bordas laterais da língua. Atrofia das papilas filiformes, e essas áreas atróficas tipicamente são parcialmente circundadas por bordas amarelo-esbranquiçadas, recortadas ou circundadas e discretamente elevada. Freqüentemente, os pacientes com língua fissurada também são afetados pela língua geográfica. Geralmente não é indicado nenhum tratamento.

 

  • Língua fissurada – É relativamente comum. Numerosas fendas ou fissuras estão presentes na superfície dorsal da língua. Clinicamente a língua fissurada apresenta múltiplas fendas ou sulcos na superfície da língua, variando de2 a6 milímetrosde profundidade. De fato, tem sido sugerido que a língua geográfica pode causar língua fissurada, a qual também pode manifestar-se na síndrome de Melkerson-Rosenthal. A língua fissurada é uma condição benigna, não sendo indicado nenhum tratamento específico.

 

  • Língua pilosa – É caracterizada por acentuado acúmulo de ceratina nas papilas filiformes da superfície dorsal da língua, que resultam numa aparência semelhante a cabelos. Fatores associados com a língua pilosa: fumantes inveterados, higiene bucal deficiente, radioterapia, proliferação de bactérias ou fungos, A língua pilosa é mais comum na linha média anterior às papilas circunvaladas, espalhando-se para as bordas laterais e anteriores, as papilas alongadas comumente são castanhas, amarelas ou negras, como resultado do crescimento de bactérias cromogênicas, pigmentos do tabaco ou alimentos é comumente assintomático, apesar de alguns pacientes reclamarem de náuseas e gosto ruim na boca. A língua pilosa é uma condição benigna, sem seqüelas importantes. Geralmente o maior problema é a aparência.

 

  • Varicosidades – São veias anormalmente dilatadas e tortuosas, a idade parece ser um fator etiológico importante, porque as varizes são raras em crianças, porém comumem idosos. Otipo mais comum de varicosidade oral é a variz sublingual, que ocorre em 2/3 da população com mais de 60 anos de idade. Com freqüência, ocorrem as varizes solitárias em outras regiões da boca, especialmente nos lábios e na bochecha. As varicosidades sublinguais são caracteristicamente assintomáticas, e nenhum tratamento é indicado.

 

  • Líquen plano – É uma doença mucocutânea inflamatória crônica bastante comum. Foi descrito clinicamente pela primeira vez, por Wilson. As células epiteliais basais são o alvo principal no líquen plano. O líquen-plano é uma doença da meia idade que afeta homens e mulheres quase que igualmente. As crianças raramente são afetadas. A gravidade da doença é paralela ao grau de estresse do paciente. O líquen-plano em forma de placa tende a se assemelhar clinicamente à leucoplasia, com distribuição multifocal. As placas variam geralmente entre ligeiramente elevadas e lisas a levemente irregulares. A localização principal desta variante é no dorso da língua e na bochecha. A forma atrófica pode ser encontrada juntamente com a variantes reticular ou erosiva, quase sempre é sintomática, com os pacientes queixando-se de ardência na área envolvida. Na forma erosiva a superfície geralmente é irregular e acentuadamente eritematosa, e pode sangrar à menor provocação ou manipulação. A forma mais rar de líquen-plano é a variante bolhosa. Na pele o líquen-plano é caracterizado pela presença de pequenas pápulas violáceas, poligonais, planas, com predileção pelas superfícies flexoras. Nenhum tratamento local ou sistêmico específico é uniformemente eficaz no controle de líquen-plano.
  • Granuloma piogênico – É um cresciment0o comum da cavidade bucal semelhante a um tumor, considerado de natureza não-neoplásica. Considera-se que o granuloma piogênico representa uma resposta tecidual exuberante a uma irritação local ou trauma. Apesar deste nome, a lesão não é um granuloma verdadeiro. Clinicamente, apresenta-se como uma massa plana ou lobulada, usualmente pedunculada, embora algumas lesões sejam sésseis. Eles têm uma predileção pelo sexo feminino, possivelmente devido aos efeitos vasculares provocados pelos hormônios femininos. Epúlide granulomatosa é um termo usado para descrever crescimentos hiperplásicos de tecido de granulação que, algumas vezes, desenvolvem-se na cicatrização dos alvéolos após a extração. O tratamento dos pacientes com granuloma piogênico consiste em excisão cirúrgica conservadora da lesão, usualmente curativa.

 

  • Granuloma piogênico de células gigantes – É um crescimento semelhante a um tumor, relativamente comum na cavidade bucal. Ocorre exclusivamente na gengiva ou no rebordo alveolar edêntulo, apresentando-se como massa nodular vermelha ou vermelha-azulada. A maioria das lesões tem menos de dois centímetros de diâmetro, apesar de serem ocasionalmente observadas lesões maiores. Histopatologicamente o granuloma periférico de células gigantes mostra uma proliferação de células gigantes multinucleadas em meio de muitas células mesenquimais ovóides fusiformes. As células gigantes podem conter somente alguns núcleos ou até várias dúzias. O tratamento do granuloma periférico de células gigantes consiste na excisão cirúrgica local abaixo do osso subjacente.

 

  • Fibroma ossificante periférico – É um crescimento gengival relativamente comum, considerado de natureza mais reacional do que neoplásica. A patogênese destalesão é incerta. Ocorre exclusivamente na gengiva, apresentando-se como massa nodular, pedunculada ou séssil, que usualmente desenvolve-se na papila interdental. A cor varia de vermelho ao róseo e, freqüentemente, mas nem sempre, a superfície é ulcerada. A maioria das lesões tem menos que2 centímetros, embora ocasionalmente ocorram lesões maiores. O padrão microscópico básico do fibroma ossificante periférico é o de uma proliferação fibrosa, associada a formação de material mineralizado. O tratamento é a excisão cirúrgica local com encaminhamento do espécime para exame histopatológico.

 

  • Cisto dentígero – É definido como um cisto que se origina pela separação do folículo da coroa de um dente incluso. É o tipo mais comum de cisto odontogênico de desenvolvimento, compreendendo cerca de 20% de todos os cistos epiteliados dos maxilares. O cisto dentígero envolve a coroa de um dente incluso e está unido ao dente na junção amelo-cementária. Embora os cistos dentígeros possam estar associados com qualquer dente incluso, mais freqüentemente eles envolvem os terceiros molares inferiores. A relação cisto-coroa mostra variações radiográficas. Em um cisto dentígero inflamado, razoavelmente comum, a cápsula fibrosa é mais colagenizada e o infiltrado crônico de células inflamatórias é variável. O tratamento usual para o cisto dentígero é a cuidadosa enucleação do cisto e remoção do dente incluso associado.

 

  • Cisto odontogênico – É uma forma distinta de cisto odontogênico de desenvolvimento que requer considerações especiais por causa do seu comportamento clínico e aspectos histológicos específicos. Os ceratocistos odontogênicos pequenos comumente são assintomáticos, somente sendo descobertos durante um exame radiográfico. Os ceratocistos odontogênicos maiores podem estar associados a dor, tumefação ou drenagem. Entretanto, alguns cistos extremamente grandes podem ser assintomáticos. Muitos ceratocistos odontogênicos podem estar presentes, e os pacientes devem ser avaliados para outras manifestações da síndrome do carcinoma nevóide de células basais (Gorlin). Os ceratocistos odontogênicos apresentam área radiotransparente bem definida com margens regulares e, freqüentemente, corticadas. O diagnóstico do ceratocisto odontogênico é baseado nos aspectos histopatológicos. Mesmo que a presença de um ceratocisto odontogênico seja suspeitada no exame clínico u radiográfico, a confirmação histopatológica é necessária para o diagnóstico.

 

  • Síndrome do carcinoma nevóide de células basais (Gorlin) – É hereditária autossômica dominante, com alta penetrância e expressividade variável. É causada por mutações no patched, um gene supressor de tumor mapeado no cromossomo 9q22.3-q31. Os principais componentes são múltiplos carcinomas de células basais, ceratocistos odontogênicos, anomalias das costelas e vértebras bem como calcificações intracranianas. Há uma grande variabilidade na expressividade da síndromedo carcinoma nevóide de células basais, e não existe um componente que esteja presente em todos os pacientes. Os carcinomas de células basais da pele são os maiores componentes da síndrome. Geralmente eles aparecem na puberdade ou na segunda ou terceira décadas da vida, mas podem mas podem se desenvolverem crianças. Amaioria das anomalias na síndrome do carcinoma nevóide de células basais são menores e usualmente são ameaçam a vida. O prognóstico geralmente depende do comportamento da pele.

 

  • Hemangiomas – A denominação de “hemangioma” é usada aqui em sentido geral para abrangir uma variedade de neoplasias, hamartomas, mal formações vasculares que aparecem predominantemente por ocasião do nascimento ou pouco depois. O hemangioma congênito, também conhecido como nevo em morango, geralmente aparece por volta da época do nascimento, porém pode não ser evidente senão na meninice. A síndrome Sturge-Weber, ou angiomatose trigêmeo-encefálica, é uma condição que inclui malformações vasculares. A lesão faciada associada, também conhecida como mancha de vinho ou nevo flâmeo, envolve a pele inervada por um ou mais ramos do nervo trigêmeo. As manchas de vinho também podem odorrer como lesões cutâneas isoladas, sem outros estigmas de Sturge-Weber. O defeito vascular da síndrome de Sturge-Weber pode estender-se para a boca e envolver a mucosa jugal e a gengiva. Também podem aparecer leões oculares. O diagnóstico diferencial incluiria a síndrome angio-ósteo-hipertrófica, caracterizada por malformações vasculares da face (manchas de vinho) varizes e hipertrofia óssea. A síndrome Rendu-Osler-Weber é uma condição rara caracterizada por dilatações vasculares anormais dos vasos terminais da pele, das mucosas e as vezes das vísceras. A variz venosa é uma dilatação vascular anormal. Histopatologicamente os hemangiomas congênitos são classificados microscopicamente em capilares e cavernosos, dependendo do tamanho dos espaços vasculares. Geralmente são evidentes no exame clínico. O tratamento das vasculares continua na cuidadosa abordagem cirúrgica.

 

  • Microdontia – Microdontia generalizada é o termo usado para indicar que todos os dentes na dentição aparecem menores do que o normal. Na realidade, os dentes podem ser mensuravelmente menores que o normal, como no nanismo pituitário, ou podem ser relativamente pequenos em comparação com uma mandíbula e maxila grandes. A microdontia focal ou localizada se refere a apenas um dente que é menor que o normal. Os incisivos laterais superiores são os quais a microdontia mais acomete, e o segundo microdente visto mais comumente é o terceiro molar superior, seguido pelos dentes supranumerários.

 

  • Macrodontia – A macrodontia generalizada é o termo utilizado para indicar a aparição de dentes aumentados, de lado a lado da dentição. A macrodontia focal ou localizada se refere a um dente ou grupo de dentes anormalmente grandes, comparados com os lados não afetado.

 

  • Geminação – A geminação é definida como uma tentativa de formar dois dentes a partir de um único órgão do esmalte. O resultado característico é a clivagem parcial, com a aparição de duas coaroas que partilham o mesmo canal radicular. Ocasionalmente, ocorre a clivagem completa ou gemelaridade, dando em conseqüência dois dentes a partir de um único germe.

 

  • Fusão – A fusão é definida com a união de dois germes dentários em desenvolvimento, dando em resultado uma única estrutura dentária grande. O processo de fusão pode envolver o comprimento inteiro dos dentes, ou pode envolver apenas as raízes, quando o cemento e a dentina são compartilhados. Os canais radiculares podem estar separados ou unidos.

 

  • Concrescência – A concrescência è uma forma de fusão na qual os dentes vizinhos já formados são unidos pelo cemento. A concrescência pode ocorrer antes ou depois da erupção dos dentes e admite-se que pode estar relacionada ao traumatismo ou apinhamento exagerado. A concrescência é vista mais comumente em associação com o segundo e terceiro molares superiores.

 

  • Dilaceração – Refere-se a ima curvatura ou angulação insólita das raízes dentárias. A causa desta condição tem sido relacionada com o traumatismo durante a formação da raiz. O deslocamento da coroa, ou da coroa e parte da raiz, do resto da raiz em desenvolvimento pode resultar em angulação fechada depois que o dente completa o desenvolvimento.

 

  • Dente evaginado – Esta é uma condição de desenvolvimento relativamente comum, afetando predominantemente os pré-molares. Tem sido relatada quase exclusivamente em pessoas da raça mongólica. O defeito, freqüentemente bilateral, é representado por tubérculo ou cúspide anômalos, localizado no centro da superfície oclusal. O desgaste judicioso do dente antagonista ou do tubérculo acessório para estimular a formação da dentina secundária pode impedir as seqüelas periapicais associadas com este defeito.

 

  • Taurodontia – este termo refere-se a dentes que possuem coroas alongadas ou furcas deslocadas no sentido apical, dando em conseqüência câmaras pulpares com altura apical-oclusal aumentada. A taurodontia pode ser vista como um incidente isolado em famílias, em associação com síndromes tais como as de Down e Klinefelter e em populações primitivas do passado. A taurodontia é de pouco significado clínico. Não requer tratamento.

 

  • Raízes supranumerárias – As raízes acessórias são vistas mais comumente em caninos, pré-molares, molares inferiores. Raramente são encontradas em dentes anteriores superiores e incisivos inferiores. O reconhecimento radiográfico de um número extraordinário de raízes se torna importante quando se torna necessário fazer extrações ou obturações de canais radiculares.

 

  • Pérolas de esmalte – Glóbulos de esmalte ectópico ou as chamadas pérolas de esmalte podem ser encontradas ocasionalmente nas raízes dentárias. Ocorrem mais comumente na bifurcação ou trifurcação dos dentes, porém podem aparecer também em pré-molares com uma única raiz. Os molares superiores são afetados mais freqüentemente do que os molares inferiores.

 

  • Pulpite – É a resposta primária da polpa dentária à agressão não difere significativamente das observadas nos outros tecidos. Quatro tipos principais de estímulos nocivos são causas freqüentes da inflamação pulpar: dano mecânico, injúria térmica, irritação química, efeitos bacterianos. A pulpite pode ser classificada como aguda ou crônica; subtotal ou generalizada; infectada ou estéril. A pulpite reversível denota um grau de inflamação pulpar no qual o tecido é capaz de retornar ao estado normal se os estímulos nocivos forem removidos. A pulpite irreversível significa que foi desenvolvido um nível mais alto de inflamação o qual a polta dentária sofreu um dano além da possibilidade de recuperação. Clinicamente na pulpite reversível os dentes quando expostos a temperaturas extremas apresentam dor de intensidade leve a moderada, de curta duração. O contato com alimentos doces ou ácidos e com refrigerantes também pode causar dor. Os pacientes com pulpite irreversível precoce costumam sentir uma dor aguda, acentuada após estímulo térmico, e a dor continua após cessado o estímulo. Na pulpite crônica hiperplásica apresentam grandes exposições da polpa, nas quais já se perdeu toda a dentina do teto da câmara pulpar. A pulpite reversível é tratada pela remoção do irritante local. Algumas vezes é necessário o uso de analgésicos. As pulpites irreversíveis e crônicas hiperplásicas são tratadas por extração ou por tratamento endodôntico.

 

  • Cisto periapical – O epitélio do ápice de um dente necrosado presumivelmente pode ser estimulado pela inflamação para formar um cisto verdaderiamente revestido por epitélio ou cisto periapical. Cisto periapicais – os pacientes com cistos periapicais não apresentam sintomas, a menos que exista uma exacerbação inflamatória aguda. Com o crescimento do cisto, podem ocorrer mobilidade e deslocamento dos dentes adjacentes. O padrão radiográfico é idêntico ao do granuloma periapical. Os cistos podem desenvolver-se mesmo como radiotranparências periapicais pequenas, e o tamanho radiográfico da lesão não pode ser utilizado para o diagnóstico definitivo. Cisto radicular lateral – O cisto radicular lateral apresenta-se como radiotransparência discreta ao longo da porção lateral da raiz. A perda da lâmina dura e uma fonte de inflamação óbvia podem não ser detectadas sem um alto índice de suspeição. Cisto periapical residual – Apresenta-se como uma radiotranparência de forma circular a oval, de tamanho variável, no interior do processo alveolar no sítio de uma extração prévia. As características histopatológicas dos três tipos  cistos inflamatórios são semelhantes. O cisto periapical é tratado da mesma maneira que o granulama periapical. Os cistos de origem inflamatória são recidivam após um tratamento adequado.

 

  • Granuloma periapical – Refere-se a massa de tecido de granulação eronicamente inflamado, no ápice de um dente desvitalizado. A maioria dos granulomas periapicais é assintomática, mas pode desenvolver dor ou sensibilidade se ocorrer um exacerbação aguda. O tecido mole que recobre a região periapical pode ou não estar sensível. Grande parte das lesões é descoberta durante exames radiográficos de rotina. A lesão pose ser bem delimitada ou mal definida. O tamanho é variável, ocorrendo como lesões pequenas, pouco perceptíveis, até radiotransparência excedendo2 centímetrosde diâmetro. Histopatologicamente os granulomas periapicais consistem em tecido de granulação inflamado, circundado por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso. As lesões inflamatórias apicais resultam da presença de bactérias ou de seus produtos tóxicos no canal radicular, nos tecidos apicais ou em ambos.

 

  • Abcesso periapical -  É o acúmulo de células inflamatórias agudas no ápice de um dente necrosado. Devem ser classificados em sintomático e assintomático. Os abscessos periapicais tornam-se sintomáticos à medida que o material purulento se acumula no interior do alvéolo. Os estágios iniciais produzem sensibilidade do dente afetado, muitas vezes aliviada pela aplicação direta da pressão. Radiograficamente, os abscessos podem apresentar um espessamento do ligamento periodontal apical, uma radiotransparência mal definida. A secreção purulenta pode-se estender através dos espaços medulares adiante da área apical, resultandoem osteomielite. Osabscessos dentários também podem canalizar-se através da pele suprajacente e drenar por uma fístula cutânea. O tratamento do paciente com um abscesso periapical consiste na drenagem e eliminação do foco de infecção.

 

  • Celulite – É uma extensão aguda e edemaciada de um processe inflamatório agudo. Duas formas especialmente perigosas: a angina de Ludwing e a trombose do seio cavernoso. A angina de Ludwing é uma celulite agressiva que se espalha rapidamente pelo assoalho da boca, regiões sublingual e submandibular. A angina de Ludwing origina tumefação volumosa do pescoço, que em geral estende-se até a clavícula. O envolvimento do espaço sublingual resulta em elevação, alargamento posterior e protusão da língua. Embora inicialmente unilateral, a extensão para a porção contralateral do pescoço ocorre caracteristicamente. A dor no pescoço e no assoalho da boca pode ser observada, adicionada à restrição de movimento do pescoço, disfagia, difonia, disartria, sialorréia e garganta dolorida. A trombose do seio cavernoso apresenta-se como um aumento edemaciado periorbitário, com envolvimento das pálpebras e da conjuntiva. É possível a ocorrência de febre, calafrios, dor de cabeça, sudorese, taquicardia, náusea e vômito. Com a progressão desenvolvem-se sinais de envolvimento do sistema nervoso central. Tratamento: o tratamento da angina de Ludwing concentra-se em torno de quatro atitudes – manutenção das vias aéreas, incisão e drenagem, antibioticoterapia e eliminação do foco infeccioso original, sendo o mais importante deles a manutenção das vias aéreas; na trombose do seio cavernoso a pedra angular da terapêutica para a trombose do seio cavernoso secundária a infecção dentária é a drenagem cirúrgica combinada com altas doses de antibióticos, semelhante àquela administrada a pacientes com angina de Ludwing.

 

  • Osteomielite – Pode ser um processo inflamatório agudo ou crônico nos espaços medulares ou nas superfícies corticais do osso que se estende além do sítio inicial de envolvimento. A osteomielite aguda ocorre quando um processo inflamatório agudo se estende através dos espaços medulares do osso e o tempo insuficiente para o corpo reagir em presença de infiltrado inflamatório. A osteomielite crônica existe quando a resposta de defesa tecidual leva à produção de tecido de granulação, o qual subseqüentemente forma uma cicatriz densa na tentativa de remover a área infectada. Tratamento : osteomielite aguda – se é notada a formação óbvia de abscesso, o tratamento consiste em antibioticoterapia e drenagem; Osteomielite crônica – é de difícil tratamento medicamentoso, pois as cavidades de osso necrosado e os microorganismos são protegidos dos antibióticos pela cápsula de tecido conjuntivo fibroso circunjacente.